Um clássico na Vila Belmiro é algo bastante raro desde que o presidente José Carlos Peres assumiu o Santos, no início do ano passado. O duelo contra o Corinthians, marcado para amanhã, às 21h30, no estádio, é apenas o segundo da gestão que será realizado na cidade e o motivo principal do confronto dessa vez ser no estádio santista se deve aos pedidos do técnico Jorge Sampaoli.
O mandatário alvinegro prefere mandar os clássicos sempre no Pacaembu em busca de renda. Peres venceu a eleição prometendo que o Peixe jogaria 50% das partidas em cada estádio e vem tentando chegar perto dessa meta. Foram 21 jogos na Vila e 12 no Pacaembu no ano passado.
Dos sete clássicos em que o Santos foi mandante desde o ano passado, seis ocorreram no Pacaembu. O retrospecto é bom: foram três vitórias, dois empates e apenas uma derrota. No único confronto na Vila, contra o São Paulo, empate por 0 a 0.
Desde que chegou ao Santos, o técnico Jorge Sampaoli vem deixando claro que prefere atuar na Vila Belmiro e já salientou que o estádio é a "casa" efetiva do Peixe. Ainda assim, o argentino não vê qualquer um dos dois estádios como determinante para o resultado, como disse após a vitória sobre o Atlético-MG no último domingo.
"O resultado não tem a ver com o lugar onde jogamos. Fizemos bons 20 minutos, depois deixamos de jogar e o rival se aproveitou. Foi o jogo que mais finalizamos e não tivemos eficácia", opinou lembrando da derrota para o mesmo Galo no Pacaembu poucos dias antes, que resultou na eliminação do time da Copa do Brasil.
Para atender aos pedidos do treinador, o Peixe irá atuar na Vila Belmiro diante do Corinthians, mesmo sabendo que o maior público do ano foi justamente diante do rival na semifinal do Paulistão: 37.731 pagantes para uma renda de quase R$ 1,5 mi.
O duelo com o Corinthians marcará o sétimo jogo na Vila Belmiro neste ano, contra 11 no Pacaembu. Boa das partidas que mandou na capital paulista aconteceram durante o período em que o estádio de Santos esteve fechado para reformas. Com mais 14 jogos como mandante neste ano, a tendência é que Peres consiga ficar bem próximo aos 50% prometidos para cada local.
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