Dorival Júnior

Ex-volante do Palmeiras e treinador
por Rogério Micheletti e Marcelo Rozenberg

Dorival Silvestre Júnior, o bom técnico e ex-jogador Dorival Júnior, nasceu em Araraquara no dia 25 de abril de 1962. Casado, tem três filhos, dois homens e uma mulher. É o atual treinador da Seleção Brasileira.
 
RETROSPECTO RECENTE
 
Foi contratado pelo São Paulo Futebol Clube em 20 de abril de 2023. Em 2022, no Flamengo, conquistou os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil, e mesmo assim não teve seu contrato renovado.
 
Em 24 de setembo de 2023, comandando o Tricolor do Morumbi, conquistou a Copa do Brasil pela terceira vez, após dois jogos contra o Flamengo, 1 a 0 no Maracanã e 1 a 1 no Morumbi.
 
Em 10 de janeiro de 2024 foi anunciado oficialmente pela CBF para o cargo de treinador da Seleção Brasileira, para o lugar de Fernando Diiniz, demitido alguns dias antes. O vínculo, assinado em sua apresentação na sede da CBF, no Rio de Janeiro, até o final da Copa de 2026.  
 
RESTROSPECTO 
 
Em 28 de março de 2022 foi anunciado como o novo técnico do Ceará, permanecendo no comanda da equipe até 9 de junho de 2022, quando se desligou do clube. Em 10 de junho foi oficializado como novo treinador do Flamengo, no lugar do português Paulo Sousa, demitido. 
 
PROBLEMA DE SAÚDE
 
Em 30 de setembro de 2019 foi submetido a uma cirurgia para retirada de um câncer de próstata. O procedimento foi realizado em um hospital de Florianópolis, cidade em que reside. Clique aqui e veja a matéria completa sobre a cirurgia a que Dorival foi submetido, publicada no Portal Terceiro Tempo.
 
Recuperado, Dorival Júnior começou a ser sondado por várias equipes e acabou acertando contrato com o Athletico-PR em 27 de dezembro de 2019, para a temporada de 2020. Diagnosticado com o novo coronavírus em 14 de agosto de 2020, Dorival foi momentaneamente afastado da função de treinador do Athletico Paranaense, sendo substiuído por seu filho, Lucas Silvestre.
 
Quando voltou ao trabalho, no entanto, o Furacão não correspondeu em campo e Dorival acabou demitido em 28 de agosto de 2020, dois dias depois de perder para o São Paulo por 1 a 0 no Morumbi, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. 
 
O jogador

Júnior começou a carreira na Ferroviária. Chegou a passar pelo Marília antes de chamar a atenção quando esteve no São José, no Paulistão de 88. O time da Águia da Vale tinha como técnico Emerson Leão, que depois o indicaria para o Coritiba (no mesmo ano) e para o Palmeiras (no ano seguinte).

Júnior não foi o único bom reforço palmeirense para o ano de 1989. Além do volante, chegaram ao Parque Antártica o meia Neto, o atacante Careca Bianchesi, o lateral-direito Édson Boaro, o ponta-esquerda Paulinho Carioca, o ponta-direita Mauricinho, o atacante Buião, o lateral-esquerdo Abelardo e o quarto-zagueiro Darío Pereyra.

Todos os reforços tinham a missão de acabar com o jejum de títulos, que durava desde 1976. O Palmeiras, do técnico Leão, fez excelente campanha na primeira fase do Paulistão, mas caiu em Bragança Paulista, antes mesmo da semifinal.

Com a camisa palmeirense, entre os anos de 1989 e 1992, Júnior, que era um bom marcador, disputou 157 partidas (74 vitórias, 52 empates e 31 derrotas) e marcou quatro gols, segundo mostra o "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

Depois do Palmeiras, o meio-campista defendeu o Guarani, o Grêmio, o Figueirense, o Sport Recife, o Botafogo de Ribeirão Preto, entre outras equipes.

O técnico

Tornou-se treinador em 2003, após ter trabalhado como auxiliar técnico de Luiz Carlos Ferreira e Muricy Ramalho. Desde então dirigiu Figueirense, Fortaleza, Criciúma, Juventude-RS, Sport, Avaí e São Caetano, onde conquistou o vice-campeonato paulista em 2007. A boa campanha o credenciou a assumir o Cruzeiro em 8 de maio daquele ano. No Brasileirão, ele levou a Raposa à zona de classificação à Libertadores. Mesmo assim, foi dispensado pelos irmãos Perrella.

"De certa maneira, fiquei surpreso. Algumas equipes tinham me procurado, mas respeitei o Cruzeiro, porque a situação se encaminhava para a renovação", falou Júnior, o Dorival Júnior.

Em seguida, o Coritiba o contratou para dirigir a equipe na temporada 2008. No Coxa, o sobrinho do lendário Dudu levou o título paranaense. Em dezembro do mesmo ano, o ex-volante deixou o clube do Alto da Glória apesar de uma campanha regular no Brasileirão. Logo depois, assumiu o Vasco da Gama com a missão de reconduzir o tradicional time carioca à elite do futebol brasileiro em 2009.

Dorival cumpriu o objetivo traçado em São Januário e, em dezembro, fechou com o Santos, de onde foi demitido nove meses depois, após barrar o atacante Neymar de um clássico com o Corinthians. No Peixe, foi campeão da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista de 2010.

Em 25 de setembro de 2010 foi anunciado como novo treinador do Atlético-MG, em substituição a Vanderlei Luxemburgo, demitido pela diretoria do Galo. Após 50 jogos no comando do Alvi-negro das alterosas e péssima campanha no Campeonato Brasileiro de 2011, foi demitido pelo presidente Alexandre Kalil em 07 de agosto de 2011. Ele teve um aproveitamento de 57% dos pontos  dirigindo o Atlético-MG em 50 jogos, com 25 vitórias, dez empates e 15 derrotas.
 
No dia 12 de agosto de 2011, acertou sua ida para o Sport Club Internacional, que havia demitido Paulo Roberto Falcão no mês anterior. Conquistou seu primeiro título pelo Inter em 13 de maio de 2012, após derrotar o Caxias por 2 a 1, no Beira-Rio. No entanto, contando com um belo elenco em suas mãos, os resultados de Dorival Júnior no comando técnico do Inter não convenciam nem a torcida e nem a diretoria colorada. E, após uma derrota no Brasileirão diante do Atlético-MG, por 3 a 1, foi desligado do cargo, no dia 20 de julho de 2012.

Ficou desempregado apenas cinco dias, quando, em 25 de julho de 2012, foi anunciado como técnico do Clube de Regatas Flamengo. Fez um bom trabalho, mas insatisfatório para o então diretor de futebol Paulo Pelaipe, que o demitiu após derrota para o Resende por 3 a 2, no dia 16 de março de 2013, na estreia da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.

Após alguns meses longe da beira dos gramados, acertou seu retorno para o Vasco da Gama, no dia 10 de julho de 2013, com o intuito de recuperar o bom futebol do Cruzmaltino no Campeonato Brasileiro, onde permaneceu até o dia 28 de outubro de 2013, um dia após derrota de virada por 2 a 1 para a Ponte Preta, deixando o clube carioca com 33 pontos no Campeonato Brasileiro, na zona do rebaixamento, na 18ª colocação.
 
Sem clube, aceitou outro desafio no dia 11 de novembro de 2013, ao ser contratado pelo então desesperado Fluminense, que ocupava a 17ª colocação do Campeonato Brasileiro e tentava escapar do descenso. Os cinco jogos que disputou não foram suficientes para uma reação e sem sucesso à frente da equipe o levaram a cair com o Tricolor. Porém, por uma determinação do STJD, o Flu permaneceu na primeira divisão devido a perda de alguns pontos da Portuguesa, que caiu para a Série B.
 
No dia 3 de setembro de 2014, Dorival Júnior foi anunciado como técnico do Palmeiras, permanecendo no clube até 08 de dezembro de 2014, dia em que foi demitido. Foi então que, após sete meses, em dia 9 de julho de 2015, acertou seu retorno ao Santos, clube pelo qual teve uma passagem de muito sucesso em 2010. E depois de longo tempo e grandes campanhas, no dia 4 de junho de 2017, não resistiu a pressão de uma série de resultados insatisfatórios e foi demitido.
 
No dia 5 de julho de 2017, acertou com o São Paulo, após a polêmica demissão de Rogério Ceni. Dorival chegou com a missão de tirar o Tricolor da zona do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Conseguiu livrar o time do Morumbi do rebaixamento, mas acabou demitido em 9 de março de 2018, após derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, no Allianz Parque.
 
No dia 28 de setembro de 2018 foi confirmado como técnico do Flamengo, após a saída de Maurício Barbieri. Ele acertou um contrato até o final do ano, para os últimos doze jogos do time no Brasileirão.
 
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Pelo Palmeiras (como jogador):
 
Defendeu a equipe alviverde em 157 partidas, sendo 74 vitórias, 32 empates e 31 derrotas. Marcou quatro gols.
Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

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