Clay Regazzoni

Ex-piloto de Fórmula 1
por Marcos Júnior Micheletti
 
Gianclaudio Regazzoni, o Clay Regazzoni, ex-piloto de Fórmula 1, faleceu em 15 de dezembro de 2006, aos 67 anos, vítima de um acidente automobilístico, quando sua Chrysler Voyager chocou-se frontalmente com um caminhão na estrada A1, próxima a Parma, na Itália.

Nascido em 5 de setembro de 1939, na Suíça, foi campeão da Fórmula 2 antes de se tornar conhecido na Fórmula 1, categoria em que estreou na temporada de 1970, com um brilhante quarto lugar no Grande Prêmio da Holanda, com Ferrari.

Venceu sua primeira corrida no ano seguinte, em 1971, justamente no GP da Itália, também competindo pela Ferrari.

Entre 1972 e 1973 defendeu a equipe BRM, e retornou à Ferrari em 1974, equipe pela qual venceu mais três provas: na Alemanha (1974); Itália (1975) e Estados Unidos (1976).

Ainda conseguiu triunfar mais uma vez na categoria máxima do automobilismo mundiial, em 1979, pela Williams. Também foi piloto da Shadow e Ensign.

"Rega", como era chamado, se notabilizou por ser um piloto extremamente combativo, agressivo, daqueles que não era ultrapassado com facilidade, mesmo se estivesse com um carro inferior.

Além das cinco vitórias, em 132 GPs disputados, Regazzoni conseguiu o mesmo número de poles e chegou perto de conquistar o Mundial da F1 em 1974, terminando como vice-campeão, atrás de Emerson Fittipaldi (McLaren-Ford).

Em 1980, guiando um carro da Ensign no Grande Prêmio dos Estados Unidos, em Long Beach, teve problemas de freios e bateu com violência na Brabham do italiano Ricardo Zunino, que estava encostado na área de escape após acidente.

O grave choque do suíço lesionou sua coluna vertebral, deixando-o paralisado da cintura para baixo. Ele passou por várias cirurgias para tentar recuperar os moviimentos, mas os resultados foram negativos.

Tornou-se comentarista de corridas e passou a guiar carros adaptados em provas de rali, incluindo o Paris-Dakar, até o acidente fatal em seu carro de passeio.
 
O jornalista Milton Neves tem uma história curiosa de Clay Regazzoni em São Paulo.
 
"Em 1974, a Ford forneceu um modelo para cada um dos pilotos e chefes de equipe que vieram disputar o Grande Prêmio do Brasil em Interlagos andar pela cidade. Eu estava acompanhado do amigo Dulcinei Marras, fazendo a cobertura da corrida para a Jovem Pan. Fomos de ônibus até o centro da cidade, no Hotel Hilton, na Avenida Ipiranga, onde estavam os pilotos. Era uma manhã calma de sábado, silenciosa, quando de repente ouvimos um "cantar de pneus" e um barulho feio de batida. Fomos ver o que tinha acontecido. Era o Clay Regazzoni em seu Ford-Maverick, que bateu em uma árvore, mas felizmente  ele saiu  tranquilamente do carro, deu uma limpada na roupa e foi a pé mesmo para o Hilton. Pena que eu não tinha uma máquina fotográfica naquele momento, mas é uma imagem que ficou em minhas retinas, de um tempo romântico do automobiismo, com os pilotos muito mais acessíveis do que hoje em dia", recorda Milton Neves.
 
E vale uma informação: Clay Regazzoni, com sua Ferrari, terminou o GP do Brasil daquele ano em segundo lugar. A prova foi vencida por Emerson Fittipaldi, com McLaren-Ford. O pódio foi completado pelo belga Jack Ickx, que chegou em terceiro com Lotus-Ford. O saudoso José Carlos Pace foi o quarto colocado, com Surtees-Ford.

ABAIXO, COM APRESENTAÇÃO DE MARCOS JÚNIOR MICHELETTI, O BELLA MACCHINA ESPECIAL COM MILTON NEVES, GRAVADO EM 23 DE MAIO DE 2011. NA OCASIÃO, MILTON RELEMBROU A HISTÓRIA DO ACIDENTE DE REGAZZONI COM UM MAVERICK NA RUA DA CONSOLAÇÃO, EM SÃO PAULO

ABAIXO, MATÉRIA SOBRE A PRÉ-TEMPORADA DE 1987, COM PARTICIPAÇÃO DE CLAY REGAZZONI. AS REPORTAGENS SÃO DE REGINALDO LEME E APRESENTAÇÃO DE LÉO BATISTA (TV GLOBO)

 

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PELA FÓRMULA 1

Disputou 132 GPs e conseguiu cinco vitórias e cinco poles.

As vitórias foram pela Ferrari (quatro) e uma pela Williams.

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