por Marcos Júnior/colaborou Maurício Oscar Franco Marques, Francisco Milan e Adolpho Avoglio Hecht
Luiz Carlos dos Santos Peters, o "Carlito Peters" ou "Carlitão", como também era conhecido nasceu em Penápolis, interior de São Paulo, em 15 de novembro de 1932 e faleceu em São Paulo - capital, em 15 de fevereiro de 2003. Filho do ex-prefeito Adelino Peters e Nair Célia dos Santos Peters, foi de zagueiro a presidente do CAP, cargo que ocupou por 10 anos. Além disso, foi também, vereador e presidente da extinta Comissão Central de Esportes.
Começou sua carreira pelo CAP (Clube Atlético Penapolense) em 1946 como juvenil e depois chegou ao elenco profissional.
"Estourou" no São Paulo Futebol Clube e fez grande sucesso também no futebol mexicano.
Defendeu ainda o Bandeirante Esporte Clube de Birigui-SP e a Portuguesa Santista, ambos na década de 50.
Em 1960 foi para o México, atuar pelo Club Deportivo Oro de jalisco, de Guadalajara e entre 1961 e 1964 defendeu o Pumas UNAM (Universidad Nacional Autônoma de México), onde encerrou sua carreira como jogador.
Entre 1965 e 1981 atuou como técnico de futebol, com o seguinte currículo:
1959/1961 São Paulo Futebol Clube 1965 - Clube Atlético Penapolense - CAP (várias atuações entre 1965 e 1973) 1973 - Pumas UNAM - Club Universidad Nacional Autônoma de México 1975 - Club Deportivo Toluca - México 1976 - Operário Futebol Clube - Campo Grande/MS 1977 - Puebla Futbol Club - Plueba - México 1979 - Tigres - Universidad Autônoma de Nuevo Léon - Monterrey - México 1981 - Club Jaiba Brava Del Tampico Madero - Tampico - México Foi também presidente do Clube Atlético Penapolense, no período compreendido entre os anos de 1997 e 2002. Em 2003 foi eleito o senhor Claudio Dias Gomes, que faleceu em fevereiro do mesmo ano. Versátil, Carlito também organizou eventos de boxe e empresariou pugilistas, entre os quais Francisco Thomaz da Cruz, Campeão Mundial de Superpenas pelo WBC (Conselho Mundial de Boxe), que ganhou de Julio Cesar Chaves, em 1987. Foi também comentarista esportivo pela televisão mexicana, cobrindo as Copas do Mundo de 1978, na Argentina; 1982, na Espanha e 1986, no México. Formado em Educação Física pela Associação de Ensino Marachal Cândido Rondon, Escola Superior de Educação Física e técnicas Deportivas de Araçatuba, Carlito também se destacou na área política. Foi vereador na cidade de Penápolis, entre 1969 e 1973 e presidente da Comissão Central de Esportes da Prefeitura de Penápolis entre 1970 e 1973. Filho de Adelino Peters e Nair Célia dos Santos Peters, teve como irmãos: Dirce Peters Garcia, Dirceu Gastão dos Santos, Maria Lúcia dos Santos Peters e Carlos Alberto dos Santos Peters Deixou esposa (a advogada Ivana Ribeiro Franco), três filhos ( Adelino Peters Neto, Maria Renata Franco Peters e Maria Ivana Franco Peters) e cinco netos (Tádzio Peters Coelho, Maria Katiana Peters Coelho, Júlia Peters, Maya Peters Kostman e Naomi Peters Kostman)
Em 21 de outubro de 2009 recebemos o seguinte e-mail, de Mauricio Oscar Franco Marques: De: Mauricio Oscar Franco Marques Enviada em: quarta-feira, 21 de outubro de 2009 15:51 Para: redacao Assunto: Re: Fale Conosco - Mauricio Oscar Franco Marques Carlito Peters dedicou toda sua vida à paixão que tinha pelos esportes. Filho de um grande aficcionado e atleta amador Adelino Peters, foi junto dos irmãos Dirceu e Nena desde muito pequeno moldando sua vida e daqueles a sua volta de acordo com os esportes que estava praticando, articulando, promovendo ou apenas admirando. De futebol a beisebol, passando por golfe, handebol, boxe, voleibol, basquetebol, corridas, lutas marciais, salto em distância, arremesso de dardos, tênis, natação... Não havia esporte que não fosse digno de sua atenção. Uma de suas grandes paixões foi o CAP, o Clube Atlético Penapolense, do qual participou desde a sua fundação em 1.944. Na época não existia uma equipe juvenil, mas ia com seu irmão mais novo Nena, aos treinos da equipe principal, da qual era goleiro seu irmão mais velho Dirceu. Iam todos os dias, e começaram jogando no cantinho do campo. Porém, à medida que começaram a mostrar seu valor, sua área de jogo ia aumentando, até que foi necessário criar a versão juvenil do CAP. Essa equipe jogava as partidas preliminares do CAP, muitas vezes roubando da equipe principal seu brilho de protagonista. Foi assim, junto com a família e com os amigos, de maneira espontânea e apaixonada, avançando em sua carreira profissional como jogador diretor técnico empresário e promoter. Teve uma carreira internacional de grandes êxitos, mas sempre retornava a paixão antiga, o CAP, ao qual se dedicou até os últimos dias de sua vida. Para Carlito, a prática de esportes adicionava beleza e paixão à vida. Porém, ele tinha também convicção que o esporte era um elemento importante na educação e na formação da juventude: essencial para uma vida saudável e na prevenção ao uso de drogas, mas também para a formação do caráter e da civilidade através da valorização de atitudes éticas e justas, do incentivo à coesão social, à solidariedade, à força de vontade. Carlito acreditava que o esporte podia atuar como agente importante na construção de uma sociedade mais justa e bela. Mauricio Oscar Franco Marques