Brandãozinho

Ex-ponta do Palmeiras e futebol francês

José Carlos Silveira Braga, o ex-ponta-esquerda Brandãozinho, morreu em 5 de janeiro de 2021, aos 90 anos, de causas naturais, em Araraquara (SP). O saudoso atacante nasceu em Boa Esperança do Sul, município de São Paulo, em 24 de janeiro de 1930.

Era o último remanescente do Mundial do Palmeiras em 1951.

Em sua cidade era conhecido como "Zezé do Adolfo", por ser filho de Adolfo da Silva Braga.

Foi um jogador extremamente veloz e fez carreira no Palmeiras, Jabaquara, Santos e no futebol francês - atuou no Monaco e no Nice.

Estava aposentado e residindo em Santos, após ter trabalhado durante muito tempo na Petroquímica União, em Santo André.

No Verdão, segundo o Almanaque do Palmeiras, jogou entre 1950 e 1952. Disputou 28 jogos com 12 vitórias, 11 empates, cinco derrotas e cinco gols marcados. Conquistou o título paulista de 1950.No primeiro turno do estadual de 50,

Brandãozinho foi o destaque na vitória contra o São Paulo, anotando dois gols e colocando o Verdão novamente na trilha do título, conquistado dias depois. Também defendeu a Seleção Paulista.

Em 25 de agosto de 2016 foi um dos homenageados da diretoria palmeirense na comemoração dos 102 anos do clube, em festa realizada no Espaço das Américas, zona oeste de São Paulo.

O UOL publicou uma matéria especial sobre Brandãozinho em 04 de março de 2020, asssinada pela jornalista Roberto Salim. Clique aqui e veja na íntegra.

Por Marcelo Rozenberg Colaboraram os internautas José Ricardo Ubirajara, de Antas (BA), e Francisco Carlos Simon, de Santos.

Foto da Seleção Paulista no início da década de 1950. Em pé, da esquerda para a direita, estão Homero, Osvaldo Pizoni, Djalma Santos, Brandãozinho, Dema e Alfredo Ramos; na fila de baixo, da esquerda para a direita, estão Claúdio Pinho (em traje de passeio, já que não jogou), Renato, Rubens (o famoso Dr. "Rúbis?), Ponce de Leon, Orlando (à época, sósia de Leônidas da Silva) e Brandãozinho II.

Ainda sobre Brandãozinho, veja o e-mail enviado ao site pelo querido Francisco Carlos Simon, torcedor do meu "peixe".

De: Clélia Costa Simon
Enviada em: quarta-feira, 24 de setembro de 2008 10:15
Para: miltonneves
Assunto: Brandãozinho
Prezado Milton Neves,
Até hoje, estou aguardando um chamado do "Morgadinho" Orlando Tavares, do Último Gole, aqui em Santos, para poder encontrá-lo. Já decorreram mais ou menos dez anos desde que o Orlando me disse que, na primeira oportunidade de sua visita ao estabelecimento, ele me chamaria. Até agora, n a d a ... Será que você nunca mais veio a Santos desde aquela época?
O que me leva a lhe escrever agora é para fazer uma observação.
Na seção "Que fim levou?", referente ao Brandãozinho das Portuguesas (a de cá e a de lá), há um foto da seleção paulista no início da década de 50, cujo ataque era composto de Renato, Rubens, Ponce de León, Leônidas e "jogador não identificado". Pois, este último é justamente "o outro" Brandãozinho (José Carlos da Silveira Braga), quie foi ponta do Jabaquara e do Palmeiras. Nas informações sobre este jogador, em sua respectiva seção, ele é citado como meia mas era mesmo ponta esquerda.
Eu morava em São Paulo em 1950 e assisti ao jogo entre Palmeiras e São Paulo em que o alvi-verde ganhou por 2 x 0, com dois gols exatamente de Brandãozinho, com dois passes magistrais de Jair Rosa Pinto. Eles só fizeram isso (risos) durante o jogo.
Mais tarde Brandãozinho foi para o Mônaco e tornou-se amigo do príncipe, sendo lá conhecido como "Monsieur Bragá".
Talvez você queira fazer um aditamento à informação sobre essse jogador lá no "Que fim levou".
Um grande abraço
Francisco Carlos Simon
Sócio nº 708 do Santos Futebol Clube, do qual meu pai foi um dos Fundadores.
Ainda sobre Brandãozinho, veja o e-mail enviado pelo querido Fábio Braga, afilhado de Brandãozinho, no dia 10 de dezembro de 2008.
"MILTON: espero ser atendido desta vez, pois talvez seja a 20ª tentando contatá-lo. Obrigado e um abraço.
Com a sua licença, gostaria de acrescentar algumas informações e correções sobre o ex-jogador Brandãozinho, que é meu padrinho de batismo e com quem falo frequentemente. Gostaria de agredecer toda sua equipe pela homagem e dizer que ele é nosso eterno ídolo. Após a visita no site, telefonei imediatamente para ele, que ficou muito feliz pela notícia. Estou residindo em Araraquara, que dista 27 km de Boa Esperança do Sul - SP, cidade onde também nasci. Sou servidor público estadual. Desculpe-me pela petulância, mas quero apenas colaborar com essa grande e pioneira iniciativa. Parabéns a todos. Desde já, muito obrigado.
1- Brandãozinho foi ponta esquerda e não meia esquerda, como informado. Se possível, gostaria que fosse corrigida essa informação.
2- Jogou, além do Palmeiras, no Jabaquara e no Santos, na mesma geração do goleiro Lalá, de quem é amigo até hoje.
3- Brandãozinho é conhecido na sua cidade natal, Boa Esperança do Sul-SP, como "Zezé do Adolfo", carinhoso apelido. Adolfo da Silva Braga foi pai de Brandãozinho.
4- Brandãozinho jogou também na inauguração do Estádio do Maracanã, em 1950, pela seleção paulista, que venceu os cariocas por 3 a 1, de virada, "fora o baile", como diz ele mesmo. O primeiro gol feito no maracanã foi de Didi, o "folha seca". Aí os paulista viraram. Lá no maracanã tem uma placa com o nome dos jogadores que atuaram naquela partida histórica e seu nome está lá.
5- Brandãozinho atuou muitos anos na Europa e jogou no Mônaco e no Nice, da França, onde conheceu sua esposa, André Suzane Braga. Casaram-se na europa e vivem em Santos até hoje.
6- Brandãozinho fez parte do time do Palmeiras campeão da Copa de 51, que o palestrinos reivindicam junto à Fifa como título Mundial. Cada jogador do Palmeiras, à época, ganhou um relógio de ouro, que até hoje ele guarda com carinho e orgulho, usando-o em ocasiões especiais.
7- Brandãozinho era notável também pela potência do seu chute, de canhota.
OBS.: essas informações, guardo de memória em conversas que tenho com ele, quando nos encontramos, tanto em Santos quanto em Boa Esperança do Sul. Outras mais, vou conseguir pessoalmente. Ocorre que ele é avesso a entrevistas e demais detalhes da carreira. Minha madrinha Suzane é quem guardou todo o acervo dele no futebol. Se não fosse ela, tudo estaria perdido, pois ele não gosta muito de falar de si mesmo. É a pessoa mais humilde e digna que conheço na minha vida. Espero em breve ver os dados no site, bem como uma resposta de todos vocês. Voltarei em breve com mais informações, se for do interesse de vocês. Muito obrigado e um grande abraço. Fábio."

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Pelo Palmeiras:

No Verdão, segundo o Almanaque do Palmeiras, jogou entre 1950 e 1952. Disputou 28 jogos com 12 vitórias, 11 empates, cinco derrotas e cinco gols marcados. Conquistou o título paulista de 1950.

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