Arqueiro que se destacou no São Paulo nos anos 80, Antônio Barbirotto Júnior, o Barbirotto, foi dono do restaurante "Bar Birotto´s" (que trabalhava com produtos da FEMSA, isto é, "Sol", "Kaiser", Coca-Cola...), na praia das Astúrias, no Guarujá (SP) e é preparador de arqueiros do Sub-23 do Santos Futebol Clube.
Ele já fez parte da comissão técnica de Dorival Júnior que trabalhou no Santos em 2010, no Atlético-MG em 2011, e atuou também no Internacional até o final daquela temporada.
Barbirotto, ao lado do técnico Muricy Ramalho, trabalhou também no São Caetano, campeão paulista de 2004.
"Foi um trabalho muito bom. E que teve resultado no final?, conta Barbirotto. Barbirotto, que na infância era fã de Emerson Leão, começou a carreira de jogador no dente-de-leite do São Paulo Futebol Clube. Antes mesmo que se profissionalizasse no Morumbi, ele foi emprestado para o Goiás. "Fiz o meu primeiro contrato profissional no Goiás, em 78. Voltei para o São Paulo e fui mais duas vezes emprestado. Defendi a Catanduvense, na Segundona. Cheguei a ser apontado como um dos grandes goleiros do interior. Depois, eu ainda joguei no Ferroviário, do Ceará?, conta Barbirotto.
Como um dos reservas de Waldir Peres (o outro suplente era Toinho), Barbirotto foi campeão paulista pelo São Paulo em 81. A oportunidade real como titular do Tricolor paulista apareceria dois anos depois, quando Waldir Peres deixou o clube para defender o América do Rio. "Na época, o São Paulo também tinha o Abelha (ex-Ferroviária). O Cilinho (técnico) gostava de fazer revezamento no gol?, conta Barbirotto, que jogou a maioria dos jogos com a camisa 1 em 84.
Ainda jovem, com 22 anos, ele foi emprestado mais uma vez. Defendeu o América de Rio Preto e voltou ao São Paulo. "Não queria mais ser emprestado.
Era muito jovem e entendia que não estava sendo valorizado. Antes que fosse para o Juventus, eu comprei o meu passe?, conta Barbirotto, que a partir daí passou por diversas equipes do futebol brasileiro, entre elas o próprio Juventus.
Ao lado de vários jogadores experientes, entre eles Alfinete e Paulo Egídio (ambos ex-Corinthians), Nardella (ex-Portuguesa e XV de Piracicaba), Toninho Cajuru (ex-Botafogo de Ribeirão) e Geraldo (ex-Botafogo e São Paulo), Barbirotto foi campeão estadual pelo Joinville. Lá, após um romance de verão, ele teve uma filha, assumida e registrada em cartório, que ainda vive em Santa Catarina.
Depois do JEC, o goleiro atuou pelo Bragantino, Bangu, Ponte Preta, XV de Piracicaba, Caxias e Noroeste, onde encerrou a carreira em 92. Barbirotto conta que sua carreira foi abreviada porque ele não sentia mais tanto prazer em jogar, principalmente depois de ter sofrido um grande susto quando ainda jogava pelo Caxias.
"Eu sofri fratura de crânio e tive parada cardíaca, semelhante ao que aconteceu com o Serginho. O procedimento, na época, foi o mesmo. Eu recebi respiração boca a boca e massagem. Consegui voltar. Entendo que o que aconteceu com o Serginho foi mesmo uma fatalidade. O São Caetano jamais faria qualquer coisa para prejudicar algum jogador, até porque é um clube muito sério?, conta o ex-arqueiro.
Como preparador de goleiros, além do São Caetano, Barbirotto trabalhou no Santos, futebol japonês, América do Rio, Guarani, Juventude e futebol coreano.
"Gostaria muito de um dia ter oportunidade de trabalhar ao lado do Leão. Tenho grande admiração pelo profissional Emerson Leão?, diz Barbirotto, que procurou seguir as lições de Valdir Joaquim de Moraes e Marco Antônio Mococa. "Foram os dois melhores preparadores de goleiros que eu vi?, elogia.
Na opinião dele, o Brasil tem muitos goleiros com condições de jogar pela seleção brasileira. "A geração é muito boa. Os que costumam ser chamados (Dida, Marcos, Júlio César e Rogério Ceni) são excelentes. Mas também temos o Fábio (ex-Vasco), o Diego (ex-Atlético Paranaense), o Silvio Luis, entre outros. Destaco o Silvio, porque é um goleiro de boa estatura e rápido?, fala Barbirotto, que é casado com Táta, ex-jogadora da volêi do BCN e tem duas filhas (Karoline e Katherine).