Aymoré Moreira

Ex-goleiro do Palmeiras e Botafogo e técnico da seleção na Copa de 1962
por Gustavo Grohmann

Aymoré Moreira, ex-goleiro do Botafogo e Palmeiras e campeão mundial de 1962 como treinador da Seleção Brasileira, morreu em Salvador (BA), no dia 26 de julho de 1998.
 
Ele era tão querido na capital da Boa Terra que chegou a ser homenageado recebendo o título de Cidadão Soteropolitano (veja nas fotos).
 
Aymoré começou a carreira em 1932, jogando pelo América do Rio.
 
Em 1934, ao lado do seu irmão Zezé Moreira, veio para São Paulo defender as cores do Palmeiras, onde ficou até 1935. Pelo Alviverde, ainda chamado de Palestra Itália (a equipe virou "Palmeiras? apenas em 1942), foram 29 jogos (15 vitórias, 5 empates, 9 derrotas) e 39 gols sofridos. Com o time do Parque Antártica, o ex-goleiro conseguiu o título paulista de 1934 (só não foi campeão invicto naquela oportunidade porque perdeu a última partida do campeonato, por 1 a0, para o São Paulo da Floresta).
 
Em 1936, Aymoré atuou na meta do Botafogo e lá ficou até 1946, quando pendurou as chuteiras e iniciou sua vitoriosa carreira como treinador de futebol. Dirigiu muitos times do futebol brasileiro, como São Paulo, Botafogo, Portuguesa de Desportos, Palmeiras, entre outros.
Como técnico, foram duas passagens pelo Verdão, em um total de 193 jogos (95 vitórias, 44 empates, 54 derrotas). De 1954 a 1957, não obteve grande sucesso, deixando escapar alguns títulos importantes (perdeu o famoso
 
"Quarto Centenário?, em 1954, para o Corinthians e o Rio-São Paulo de 1955 para a Portuguesa de Desportos). Em 1967, já em sua segunda passagem, levou o Palmeiras ao título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão de 67.
 
No São Paulo, apesar de ter chegado como um dos melhores técnicos do Brasil, não agradou. Na primeira passagem pelo Tricolor, em 1962, a coisa começou a descambar quando Aymoré recebeu o convite para dirigir a Seleção Brasileira.
 
Após conversar com a diretoria são-paulina, ficou acordado que ele dirigiria o time no Rio-São Paulo e voltaria ao Morumbi após a participação do Brasil na Copa do Chile. Para a satisfação da diretoria tricolor, logo na primeira convocação, o craque Benê foi chamado. Mas após a análise dos exames médicos pela comissão técnica do Brasil (inclusive por Aymoré), o meia são-paulino foi cortado.
 
A diretoria do São Paulo se sentiu traída, pois de volta ao Brasil, Benê jogou sem nenhum problema. Nem é preciso lembrar o grande sucesso que Aymoré obteve na Copa do Chile. Mesmo sem Pelé, contundido, Garrincha "comeu a bola? e levou a seleção ao bicampeonato mundial, consagrando definitivamente o ex-goleiro como grande treinador. Mas na volta ao Brasil, decepcionada pela "traição? no episódio do corte de Benê, a diretoria são-paulina rescindiu seu contrato.
 
Na segunda passagem pelo São Paulo, em 1966, Aymoré novamente não correspondeu às expectativas e sem nenhum título se despediu da torcida são-paulina. No total foram 63 jogos no banco de reservas do Tricolor com 28 vitórias, 19 empates e 16 derrotas.
 
Teve duas passagens pelo Corinthians, a primeira em1968 e a segunda entre 1970 e 1971, comandando a equipe em 55 partidas.

Nascido em Miracema (RJ), no dia 24 de abril de 1912, Aymoré Moreira teve sua primeira experiência como técnico da Seleção Brasileira em 1953, por influência do irmão Zezé Moreira (treinador já respeitado). Em suas passagens como treinador do Brasil, foram 63 partidas contra seleções nacionais (38 vitórias, 9 empates, 16 derrotas) e quatro contra seleções estaduais, combinados e clubes (3 vitórias e 1 derrota). Aymoré ainda conseguiu levar o Brasil aos títulos da Taça Oswaldo Cruz (1961/62), Taça Bernardo O´Higgins, Copa Rio Branco (1967) e Copa do Mundo (1962).
 
No dia 20 de junho de 2019, o Portal Terceiro Tempo publicou texto do cirurgião dentista e historiador Leandro Paulo Bernardo, na coluna Achados & Perdidos com o título "O último mata-mata de Aymoré Moreira". Leia a íntegra clicando aqui.
 

Abaixo, dois vídeos do ótimo e inesquecível programa "Grandes Momentos do Esporte", da TV Cultura de São Paulo, com apresentação e reportagem de Helvídio Matos, que entrevistou Aymoré Moreira. São dois vídeos, gravados em 1993.

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Palmeiras - goleiro

Pelo Alviverde, ainda chamado de Palestra Itália (a equipe virou "Palmeiras? apenas em 1942), foram 29 jogos (15 vitórias, 5 empates, 9 derrotas) e 39 gols sofridos. Com o time do Parque Antártica, o ex-goleiro conseguiu o título paulista de 1934 (só não foi campeão invicto naquela oportunidade porque perdeu a última partida do campeonato, por 1 a0, para o São Paulo da Floresta).

São Paulo - técnico

Foram 63 jogos no banco de reservas do Tricolor com 28 vitórias, 19 empates e 16 derrotas (fonte: Almanaque do São Paulo - Alexandre da Costa).

Palmeiras - técnico

Como técnico, foram duas passagens pelo Verdão, em um total de 193 jogos (95 vitórias, 44 empates, 54 derrotas). De 1954 a 1957, não obteve grande sucesso, deixando escapar alguns títulos importantes (perdeu o famoso "Quarto Centenário?, em 1954, para o Corinthians e o Rio-São Paulo de 1955 para a Portuguesa de Desportos). Em 1967, já em sua segunda passagem, levou o Palmeiras ao título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão de 67 (fonte: Almanaque do Palmeiras - Celso Umzelte e Mário Sérgio Venditti).

Corinthians (técnico):

Dirigiu o time de Parque São Jorge em 1968 e entre 1970 e 1971, comandando a equipe em 55 partidas.

Seleção Brasileira  (técnico):

Em suas passagens como treinador do Brasil, foram 63 partidas contra seleções nacionais (38 vitórias, 9 empates, 16 derrotas) e quatro contra seleções estaduais, combinados e clubes (3 vitórias e 1 derrota). Aymoré ainda conseguiu levar o Brasil aos títulos da Taça Oswaldo Cruz (1961/62), Taça Bernardo O´Higgins, Copa Rio Branco (1967) e Copa do Mundo (1962).

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