Adilson

Ex-atacante do Santos, Dom Bosco-MT e Operário-MS
por Rogério Micheletti
 
Adilson, o Adilson Davi, atacante do Santos nos anos 70, hoje mora na sua cidade natal, Santos (SP), no Itararé. Casado, pai de quatro filhas, Adilson trabalha como auxiliar técnico de Fito Neves, outro ex-jogador do Peixe. "Comecei há pouco tempo. Está sendo muito interessante trabalhar ao lado do Fito", conta.

Nascido no dia 29 de abril de 1952, Adilson começou a carreira nas categorias de base do Santos Futebol Clube no começo dos anos 60. Ainda juvenil, o atacante aceitou um convite para jogar no Fluminense. "Fui eu e o Marco Antônio (lateral-esquerdo que jogou a Copa do Mundo). Nós fomos indicados pelo Carlos Alberto Torres e pelo Samarone", revela.

Após ter sido campeão juvenil carioca pelo Tricolor das Laranjeiras, Adilson retornou às origens. Vestiu mais uma vez a camisa do Santos e foi promovido ao time profissional em 1970. "Tive como técnicos o Pepe e o Mauro Ramos, mas quem me efetivou mesmo foi o Chico Formiga", lembra o ex-atacante, que fez muita amizade com Edu, Pelé e Cláudio Adão.

"O Edu sempre foi um dos meus melhores amigos. O Pelé é era um conselheiro. Também me entendia muito bem com o Cláudio Adão, que estava começando. Era um ambiente muito bom", comenta Adilson, que viu de perto a despedida do Rei Pelé do Peixe em 1974.

"O engraçado é que eu estava no banco de reservas. Uma partida antes, no jogo contra o Corinthians, eu tinha jogado. Contra a Ponte Preta, o Tim (Elba de Pádua Lima), falou que o Da Silva iria jogar. Aceitei. Depois fiquei sabendo que era a partida de despedida do Pelé. Foi um momento marcante, maravilhoso", conta.

Em 1977, Adilson deixou o Santos para jogar no Dom Bosco (MT). O centroavante não se arrependeu da troca, muito pelo contrário: "Foi a melhor fase da minha vida. Até hoje sou lembrado por isso lá no Mato Grosso", lembra orgulhoso.

Depois de passagem de um ano e meio pelo Palestino, do Chile, equipe que também tinha o zagueiro Figueroa, grande ídolo da torcida do Internacional de Porto Alegre, Adilson defendeu o Operário de Campo Grande.

Alguns companheiros dele no time alvinegro do Mato Grosso do Sul eram o meia Arturzinho, o volante Gilberto Costa, o goleiro Joel Mendes, o centroavante Lima (defendeu depois o Corinthians e o Grêmio) e o lateral-direito Cocada (famoso pelo gol na final do Carioca contra o Flamengo). Antes de encerrar a carreira, em 1990, Adison ainda teve uma passagem por um dos maiores rivais do Operário, o Comercial de Campo Grande.

Gol inesquecível

Adilson sempre teve faro de gol e um deles é especial. "Acho que foi em 1972. Nós vencemos o São Paulo com um gol meu", lembra Adilson. O jogo a qual Adilson se refere aconteceu no dia 28 de setembro de 1972. O Santos venceu o São Paulo, do goleiro Vanderlei, por 1 a 0.

Irmãos também foram jogadores

Além de Adilson, outros jogadores famosos saíram da família Davi: Osmar, beque que defendeu a Santista, o Palmeiras e o Sport Club do Recife, e o zagueiro Juarez, que foi campeão paulista pela Internacional de Limeira em 1986. Juarez, que também vestiu a camisa do Palmeiras, morreu em acidente de moto. "Tinha um carinho muito grande pelo Juarez. Ele chegou a jogar no Chile também, só que foi pelo time do Iaquique", conta Adilson.
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