Cigarro e futebol nunca foi uma boa combinação, não é mesmo?
Aliás, cigarro e qualquer atividade que se faça, não apenas no esporte, onde isso acaba se potencializando.
Os malefícios são tantos, e tão exaustivamente mostrados nos últimos tempos, que seria até repetitivo falar sobre eles.
E hoje, período em que enfrentamos a terrível pandemia do novo coronavírus, que está vitimando milhares de pessoas em todo o mundo, é mais um momento para que se faça uma reflexão e o cigarro seja realmente deixado de lado, pois um pulmão saudável ajuda muito para quem desafortunadamente contrair o vírus.
Abandonar o vício não é tarefa fácil. Muitas vezes é preciso um grave problema de saúde para que o tabagista consiga superá-lo.
Milton Neves costuma reproduzir uma frase reiteradas vezes, falando sobre o tabagismo:
"Cigarro é um cilindro de papel cheio de fumo com uma brasa numa ponta e um trouxa na outra", diz Milton.
A foto acima, que abre a matéria, mostra os saudosos corintianos Oreco (1932-1985) e Valmir (1933-2014), lateral e zagueiro, respectivamente, na concentração alvinegra na década de 1950. Oreco tem o seu cigarro sendo acesso (com um palito de fósforo) por Valmir. A imagem, aliás, é do arquivo da família de Valmir.
MAGRÃO
Sócrates (1954-2011), por exemplo, no auge de sua carreira, em 1982, deixou o tabagismo de lado durante a Copa da Espanha e só não levantou a taça naquele Mundial porque um certo Paolo Rossi, da querida Itália, país que hoje sofre com tantas perdas humanas, apareceu no caminho do time brasileiro...
De qualquer forma, o esforço que Sócrates fez naquela Copa, mostrou com tintas ainda mais carregadas todo o talento de que dispunha.
CASÃO
Companheiro de Sócrates no Corinthians, atuante no movimento das "Diretas Já" e da Democracia Corintiana, Casagrande não escondia o cigarro, nem mesmo quando posava para fotos. O ex-jogador, hoje comentarista na Globo, enfrentou problemas sérios com drogas, mas felizmente se recuperou.
O "CANHOTINHA DE OURO"
Assim como Sócrates e Casagrande, Gérson, o "Canhotinha de Ouro", foi outro craque que jogou pela seleção brasileira e abusou do cigarro, e até foi garoto-propaganda da marca de cigarros Vila Rica, em um bordão que acabou pegando muito mal, o "Eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?".
ATÉ O DIVINO?
Uma foto de nossos arquivos, da seção "Que Fim Levou?", mostra um momento pouco conhecido, de Ademir da Guia com um cigarro na mão. Ele aparece junto ao repórter Nelson Elias (1931-2013) e de Toninho Guerreiro (1942-1990), também fumando.
CAMISA 5 DO PEIXE
O genial Zito também parecia fumar "socialmente". Pelo menos é o que denota sua imagem em um jantar garboso nos anos 60, com a delegação do Santos Futebol Clube.
O PRIMEIRO LULA FAMOSO
Falando em Santos Futebol Clube, vale o também vale registrar Luíz Alonso Peres, o Lula, treinador que marcou época à frente do time da Vila Belmiro por 12 anos, entre 1954 e 1966. No banco de reservas, embora o time santista não provocasse grandes sustos, ele relaxava tragando seu cigarro...
O "FOLHA SECA"
Um dos mais habilidosos meias brasileiros, Didi (1929-2001) também fumava seu cigarro, hábito que mostrou-se mais frequente em seus tempos de treinador. Aliás, como treinador, Didi ocupou este cargo na Copa de 70, à frente da seleção peruana.
PERSONAGEM DE FILME
O polêmico Heleno de Freitas (1920-1959), que tornou-se personagem de filme em 2012, estrelado por Rodrigo Santoro, teve muitos problemas ao longo de sua carreira. O talentoso atacante do Botafogo-RJ fazia muito sucesso junto ao público feminino e, na época, o cigarro era um elemento de charme.
ESTRANGEIROS
O brilhante meia holandês Johan Cruyff (1947-2016), principal astro do chamado "Carrossel Holandês" na Copa de 1974, vencida pela Alemanha, com o time laranja sendo vice-campeão, fumou muito ao longo de sua vida, o que acabou lhe custando um sofrido câncer de pulmão, que o levou aos 68 anos.
O argentino Diego Armando Maradona, que assim como Casagrande enfrentou muitos problemas com drogas, costumeiramente mostrou seu gosto pelos charutos. Amigo do ex-presidente cubano Fidel Castro (1926-2016), Maradona apareceu muitas vezes fumando seu charuto cubano até mesmo à beira de campo.
DISCRETOS
Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos, que foram companheiros de clube no Real Madrid e conquistaram a Copa de 2002, não eram habitualmente vistos fumando. Mas, os chamados paparazzi não perdoavam, e algumas vezes eles foram flagrados. Aliás, naquela seleção de 2002, o goleiro Marcos também era outro do time dos fumantes.
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