É verdade que a campanha brasileira na Copa de 1986 foi bem superior à espanhola em 2014, mas existem pontos em comum, e se o desfecho para a Espanha for o mesmo que aconteceu com o Brasil, ruim para a beleza do futebol...

A Espanha trouxe para a Copa de 2014 um bom time, mas envelhecido, uma geração que encantou no Mundial passado mas que deu demonstrações claras de cansaço.

Em 1982, embora não tenha levantado o título, o time brasileiro encantou (mais, inclusive que o espanhol campeão de 2010) e em 1986 vários jogadores ainda permaneciam no time, mas sem o mesmo vigor físico, como Sócrates, Zico, Júnior e Falcão.

Outro ponto em comum entre as seleções foi o fato de terem mantido seus respectivos treinadores, Telê Santana (1982 e 1986) e Vicente Del Bosque (2010 e 2014).

Aliás, a foto que ilustra esta matéria, mostra o duelo entre Brasil e Espanha na Copa de 1986, pela fase de grupos, com vitória brasileira por 1 a 0, gol de Sócrates. Na imagem, o volante Elzo ao lado do atacante Emilio Butragueño.

O estilo de jogo brasileiro, ofensivo e criativo nos mundiais da Espanha e México acabou dando lugar a um futebol pragmático e inflacionado de jogadores de marcação, que culminou com a campanha ruim no Mundial de 1990, no time comandado por Sebastião Lazaroni.

Resta saber qual  caminho a seleção espanhola pretende trilhar a partir de agora. Uma ampla renovação em seu elenco é necessária, mas será que vale a pena uma mudança no estilo de jogo?

Será que o "tiki taka" será apenas uma fugaz lembrança futebolística, como o "Carrossel Holandês" de 1974 ou o "WW" da Hungria em 1954?

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