Silva Batuta

Ex-atacante do Corinthians, São Paulo, Santos e Vasco
por Rogério Micheletti e Gustavo Grohmann

Walter Machado da Silva, o Silva, que ficou conhecido no Rio de Janeiro pelo apelido de Batuta, morreu na noite de 29 de setembro de 2020, aos 80 anos, na capital fluminense. Semanas antes de sua morte, Silva foi diagnosticado com Covid-19, mas os médicos do Hospital Pró-Cardíaco, do bairro carioca de Botafogo, não confirmaram a relação do falecimento do ex-atacante com a doença provocada pelo novo coronavírus. 
 
Nos últimos anos de sua vida, Silva trabalhou no Flamengo e sempre marcava presença nos jogos dos masters do rubro-negro. Também atuou no time de veteranos do Eden, no Humaitá. Em 2006, formou-se em Direito e passou a exercer a profissão de advogado.
 
Silva, que nasceu em Ribeirão Preto (SP) no dia 2 de janeiro de 1940, começou a carreira no São Paulo FC (segundo o "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa, fez apenas oito partidas e não marcou nenhum gol), foi para o Botafogo de Ribeirão e logo despertou o interesse do Corinthians, que o contratou em 1962.
 
Pelo time do Parque São Jorge, Silva realizou 140 jogos e marcou 89 gols, como consta no "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte. Ele fez grande dupla com Flávio Minuano, mas não conseguiu levantar nenhum título pelo alvinegro, que vivia um jejum desde 1954.
 
Deixou o Corinthians em 1964 para jogar no futebol carioca. Passou pelo primeiro pelo Flamengo (onde atuou em 132 partidas e marcou 68 gols, números que estão no "Almanaque do Flamengo", de Clóvis Martins e Roberto Assaf) e depois pelo Vasco da Gama e pelo Botafogo, por empréstimo.
 
Em 1967, Silva jogava com a camisa do Santos ao lado dos jogadores Pelé, Clodoaldo, Carlos Alberto Torres entre outros.
Times pelos quais passou: São, Paulo, Batatais, Botafogo SP, Corinthians, Flamengo, Barcelona (ESP), Santos, Flamengo, Racing, Vasco, Rio Negro, Atlético Júnior (COL), Tiqueres Flores (VEM) e Seleção Brasileira.

Silva foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.

Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio - São Paulo, Gylmar - Santos, Manga - Botafogo, Ubirajara Mota - Bangu e Valdir - Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres - Santos, Djalma Santos - Palmeiras, Fidélis - Bangu, Murilo - Flamengo, Édson Cegonha - Corinthians, Paulo Henrique - Flamengo e Rildo - Botafogo (laterais); Altair - Fluminense, Bellini - São Paulo, Brito - Vasco, Ditão - Flamengo, Djalma Dias - Palmeiras, Fontana - Vasco, Leônidas - América/RJ, Orlando Peçanha - Santos e Roberto Dias - São Paulo (zagueiros); Denílson - Fluminense, Dino Sani - Corinthians, Dudu - Palmeiras, Edu - Santos, Fefeu - São Paulo, Gérson - Botafogo, Lima - Santos, Oldair - Vasco e Zito - Santos (apoiadores); Alcindo - Grêmio, Amarildo - Milan, Célio - Vasco, Flávio - Corinthians, Garrincha - Corinthians, Ivair - Portuguesa de Desportos, Jair da Costa - Inter de Milão, Jairzinho - Botafogo, Nado-Náutico, Parada - Botafogo, Paraná - São Paulo, Paulo Borges - Bangu, Pelé - Santos, Servílio - Palmeiras, Rinaldo - Palmeiras, Silva - Flamengo e Tostão - Cruzeiro (atacantes).
Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gilmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).
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