Por Rafael Serra
Nascido em Imotski, na República Socialista Federativa da Iugoslávia, no dia 8 de outubro de 1968, Zvonimir Boban, o "Zorro", foi dos melhores meias-ofensivos da história da Croácia. Teve passagens de destaque pelo Dinamo Zagreb, Milan e pelas seleções nacionais croata e iugoslava.
Dinamo Zagreb e Iugoslávia
Estreou pelo Dinamo de Zagreb ainda em 1985, com 16 anos de idade. Sua visão de jogo acima da média e seus passes apurados logo chamaram a atenção, fazendo com que o jogador fosse convocado para o Mundial Sub-20 de 1987, no Chile. Ao lado de Jarni, Stimac, Prosinecki e Suker, que anos mais tarde formariam a base da debutante seleção croata, Boban conquistou o título mundial em cima da forte Alemanha Ocidental, não sem antes eliminar o atual campeão Brasil nas quartas de final.
Ainda no Dinamo Zagreb, Boban protagonizou um incidente que mudou a história de seu país. No dia 13 de maio de 1990, um tumulto generalizado tomou conta do gramado e das arquibancadas do Estádio Maksimir, em Zagreb, no clássico entre Dinamo Zagreb e Estrela Vermelha, de Belgrado. A briga entre as torcidas aconteceu poucas semanas após um plebiscito que estabelecia a independência da Croácia, depois de uma intensa queda de braço com o parlamento iugoslavo.
Após testemunhar agressões policiais aos compatriotas nas arquibancadas e em campo, Boban não pestanejou e desferiu uma "voadora" contra um policial. O ato foi coberto por inúmeros veículos de imprensa do país, sendo utilizado pelos croatas como um símbolo de resistência durante a guerra de independência do país, que se iniciaria em março de 1991. Sobre o ocorrido o ex-jogador declararia: "aqui estava eu, um cara público, preparado para arriscar minha vida, minha carreira, e tudo o que a fama poderia ter trazido, por causa de um ideal".
Por conta do incidente, o meia acabou punido por seis meses e ficou de fora da Copa do Mundo de 1990.
Milan e Croácia
Em meio a uma enorme turbulência política em sua terra natal, Boban se transferiu ao Milan em 1991, mas foi imediatamente emprestado ao Bari, também da Itália. O pequeno clube do sul da bota acabou rebaixado, mas apesar disso, o meia conseguiu demonstrar seu talento e retornou ao clube rossonero, à pedido do técnico Fabio Capello. Ganhou espaço após a saída do trio de holandeses Rijkaard, van Basten e Gullit.
Permaneceu na equipe de Milão por nove temporadas, onde ajudou o clube a conquistar nove títulos. Entre as inúmeras conquistas, destaca-se a Liga dos Campeões da Europa de 1994, quando os Rossoneri golearam na final o Barcelona, de Romário, Stoichkov e cia, por 4 a 0.
Consagrado como um dos meias de futebol mais refinado do futebol mundial, Boban capitaneou a recém-criada seleção croata na Eurocopa de 1996, quando a equipe foi eliminada pela Alemanha, nas quartas de final, seleção que se sagraria campeã do torneio.
Dois anos mais tarde, o meia teve a oportunidade de disputar sua primeira Copa do Mundo. Capitaneando novamente a seleção xadrez, a então desconhecida equipe surpreendia o mundo ao alcançar a terceira colocação naquele Mundial.
Se despediu da seleção no ano seguinte, mas, em 2002, um amistoso festivo que contou com a presença de Rivaldo, Marco van Basten e Lothar Matthäus selou sua despedida oficial com a camisa xadrez.
Transferiu-se em 2001 ao Celta de Vigo, da Espanha, após demonstrar insatisfação com a reserva em Milão. Pendurou as chuteiras ao final da temporada 2001/2002, tendo disputado poucas partidas pela equipe viguesa.
Aposentadoria
Após o fim de sua carreira, Boban se graduou em História pela Universidade de Zagreb. Também é comentarista de uma emissora croata e colunista do jornal La Gazzetta Dello Sport, da Itália. Por fim, administra um bar em Zagreb, chamado "Boban".
É casado com a estilista Leonarda Boban desde 1994, com quem tem cinco filhos: Marija, Gabrijel, Marta, Rafael e Ruza.
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