Neymar foi flagrado pelas câmeras de televisão balbuciando que precisava só de uma chance (uma bola) para fazer um gol contra o Fluminense, domingo, na Vila Belmiro.

O jogo terminou 0 a 0.

Neymar teve atuação apagada.

Mais uma.

Neymar, no início de sua carreira, não precisava de um lance fortuito para brilhar. Mais do que isso: Era o próprio Neymar que criava as suas jogadas.

Partiam dele as iniciativas para, em arrancadas memoráveis levar a bola até o gol do adversário, e marcar gols inesquecíveis.

No Santos, contra o Internacional, duas vezes, Cruzeiro, Flamengo, só para lembrar alguns de seus inúmeros momentos de brilho, Neymar construiu verdadeiras obras de arte.

Agora, depende de uma bola parada, escanteios, faltas, para ser notado no gramado.

Ouso dizer que até decidir pendurar as chuteiras, Neymar será isso aí.

Sem mobilidade, perdendo a bola de maneira fácil e bisonha quando tenta o drible no meio de campo, ele dá inúmeras chances aos adversários para contra-atacar.

Neymar não ajuda a marcar, discute o tempo todo com os árbitros e adversários.

Está emocionalmente fragilizado.

Esportivamente e financeiramente ele é um retumbante fracasso para o Santos.

O time beira a zona de rebaixamento.

Pode voltar à Série B, o que seria catastrófico para as finanças do clube.

Marcelo Teixeira, o presidente, apostou alto na volta do craque e paga caro por isso.

Neymar fica com 75 por cento dos patrocínios que o Santos consegue.

O Santos já deve R$ 105 milhões para ele.

Não tem como pagar.

O último balanço do clube apontou que o prejuízo do Santos no último bimestre ultrapassou os R$ 90 milhões.

O ano está perdido para o Santos.

Agora, é lutar para não ser rebaixado.

O contrato de Neymar com o clube acaba em dezembro próximo.

O salário de Neymar ultrapassa os R$ 5 milhões mensais.

O vínculo não pode ser renovado.

Se for, estará decretada a falência do Santos.