Zé Massagista

Ex-massagista do Garça e auxiliar de Mário Américo na Lusa
colaborou: Wanderley "Tico" Cassolla / Marcos Júnior
 
Se na década de 70 o Garça teve um grande time, também teve um grande massagista. Quem não se lembra de José Gonçalves, ou simplesmente "seo?  Zé Massagista, o "Mão Santa", que acaba de completou 85 anos de idade em 2010, esbanjando saúde e lucidez.

Apesar de ter trabalhado no Garça por quase 10 anos, entre os anos de 1.967 a 1.975, "seo?  Zé, praticamente passava quase por despercebido. Afinal de contas, os ídolos num time de futebol são os jogadores. Isto é um realidade que se passa em todos os clubes de futebol, muito embora os massagistas  tem fundamental importância na recuperação dos jogadores, quando eles estão entregues no Departamento Médico.

O "seo?  Zé tem uma longa  folha de serviços prestada ao futebol do interior. Ele bem que tentou ser jogador de futebol, isto lá década de 40. Foi goleiro na Prudentina (Presidente Prudente), Ferroviária (Assis) e Paulista (Álvares Machado). Mas não deu certo nesta ingrata profissão. Como não tinha aptidão para ser jogador de linha, a pedido de um dirigente, resolveu encarar a profissão de massagista, e não largou mais.

O primeiro time foi a Prudentina, depois a Ferroviária de Assis e Botucatú, Londrina, Cambará, Atlético Paranaense, Corintinha de Prudente, Garça, Velo Clube Rioclarense, Taquaritinga, São Carlense, dentre outros. Na Portuguesa  de  Desportos  trabalhou como auxiliar de  Mário Américo, o mais famoso e folclórico massagista do futebol brasileiro em todos os tempos. Mário Américo integrou a seleção brasileira de 1950 a 1974 e participou de 7 Copas do Mundo.

Em sua longa carreira destaca dois clubes: o Atlético Paranaense, onde trabalhou por 10 anos, um clube organizado e bem estruturado. Agora o que mais marcou mesmo, foi a passagem pelo Garça. Segundo ele o time do "Azulão?  das temporadas de 1969 a 1971 era formidável, jogava muita bola e possuía atletas a nível de seleção. Uma equipe que deixou saudades, com grandes jogadores: Bô, Osmar Silvestre, Pedroso, Abegar, Índio, Itamar, Davi, Plínio Dias e a revelação o goleiro Waldir Perez. Foram três anos que a cidade teve um representante de primeira no futebol do interior paulista.

"Seo?  Zé guarda orgulhoso, um quadro com a foto do Garça legítimo campeão da 2ª Divisão de Profissionais do Estado de São Paulo (outro flagrante). Este é o único título de campeão do Garça devidamente reconhecido pela  Federação Paulista de Futebol.

Entre um causo e outro,  "seo? Zé  recorda que outrora a tarefa de um massagista não era moleza, diferentemente dos dias atuais. Tinha que saber "cativar? o jogador para ele fazer o tratamento correto. Mas com paciência e uma certa "malandragem? não teve um jogador que ele não recuperou. Pelas suas mãos passaram consagrados craques da bola, como por exemplo, Djalma Santos, Manga, Ado, De Sordi, Neneca e Jairo. Ainda com um memória incrível, no auge dos seus 85 anos de idade, ele tem cada "estória? de jogador e dirigente pra contar que daria para escrever um livro.

"Seo? Zé gostou tanto da profissão, que se fosse para iniciar novamente uma carreira dentro do futebol, nada de goleiro ou jogador de linha, com certeza seria massagista.
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