Ruy Carlos Ostermann

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por Marcos Júnior Micheletti

Ruy Carlos Ostermann, um dos mais respeitados jornalistas do Brasil, morreu em 27 de junho de 2025, aos 90 anos, devido a complicações provocadas por dengue. Ele estava internado desde o mês anterior no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e seu quadro se agravou, com infecção urinária e edema pulmonar.

Ostermann ganhou a alcunha de "Professor" não apenas pelo impecável uso da língua portuguesa e ponderação nos comentários, mas também por ser formado em Filosofia na UFRS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

Era colunista do jornal e site Zero Hora, e trabalhava na Rádio Gaúcha, emissora pela qual ancorou durante mais de três décadas o Sala de Redação, referência na crônica esportiva gaúcha.

Ostermann nasceu em 26 de setembro de 1934 na cidade gaúcha de São Leopoldo, na Grande Porto Alegre, e começou sua carreira no jornalismo em 1962, na Companhia Jornalística Caldas Júnior, passando por diversos veículos do grupo, como a Rádio Guaíba, Folha da Tarde, Folha da Manhã e Folha da Tarde Esportiva.

Em 1978 ingressou no grupo jornalístico RBS (Rede Brasil Sul), e também exerceu dois mandatos políticos como deputado estadual, em 1982 e 1986, sem concluir este último pois deixou o cargo para assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia e, depois, a Secretaria de Educação.

Em 2007 estreou como comentarista no programa "Bem Amigos", apresentado por Galvão Bueno no canal por assinatura SporTV, da Rede Globo.

Escreveu 11 livros, entre eles dois abordando os clubes de maior torcida do Rio Grande do Sul: "Meu Coração é Vermelho", em homenagem aos 90 anos do Internacional e "Até a pé nós iremos", sobre o Grêmio.

Cobriu sua primeira Copa do Mundo em 1966, na Inglaterra, e desde 2004 comanda um talk show quinzenal, o "Encontro com o Professor".

Cidadão Honorário de Porto Alegre, Ruy Carlos Ostermann era viúvo de Nilse Wink Ostermann, que morreu em 9 de janeiro de 2021, com quem teve duas filhas e um filho: Cristiane, Fernanda e Felipe, além de cinco netos.

Nilse Wink Ostermann, sua saudosa esposa, era professora de História e escritora.

ABAIXO, VÍDEO DE 2013, FALANDO SOBRE A REVISTA GOOOL", PUBLICAÇÃO GAÚCHA EM CIRCULAÇÃO DESDE 1983