por Felipe Alva
O holandês Marcel "Marco" Van Basten nasceu em 31 de outubro de 1964 na cidade de Utrecht, onde também reside com a esposa e duas filhas. Ele foi centroavante do Ajax, do Milan e da Holanda e hoje é treinador.
Em 18 de abril de 2014 foi anunciado como treinador do time holandês do AZ Alkmaar. Porém, no dia 21 de outubro do msmo ano, alegando problemas de saúde, ele decidiu sair do comando do clube e assumiu a função de auxiliar técnico.
Em seguida, trabalhou como auxiliar técnico da Seleção da Holanda, deixando o cargo m 2016 para assumir um cargo na Fifa.
A carreira
Quando o jovem atacante Marco Van Basten entrou em campo no dia 3 de abril de 1982, para substituir o ídolo Johan Cruyff, os torcedores do Ajax não imaginavam estar diante de um dos maiores centroavantes da história do futebol mundial.
Logo nos primeiro anos, o jovem craque holandês mostrou um senso de posicionamento fora do comum. Isso, somado a habilidade com a bola nos pés e o faro de gol, só poderia resultar em sucesso. Mas havia um grande problema: Apesar dos 1,88m de altura, Van Basten não era tão forte fisicamente. Os zagueiros adversários, sem recursos para conter o ímpeto do atacante, apelavam para a violência. Porém as pancadas ainda não paravam o holandês e ele faturou a chuteira de ouro em 1986, marcando 37 gols em 26 jogos.
Os campos da Holanda ficaram pequenos para qualidade do matador. Após o título da Copa de UEFA de 1987, o poderoso Milan contratou o atacante junto com o compatriota Rudd Gullit, do PSV, grande rival do Ajax. Logo na primeira temporada a dupla ajudou o rubro-negro de Milão a conquistar o Campeonato Italiano de 1988.
Na temporada seguinte, 1988/1989, outro holandês chegou ao Milan. O meio-campista Frank Rijkaard era o complemento que faltava aos atacantes Gullit e Van Basten. Já com o trio, os milanistas conquistaram o bicampeonato da Liga dos Campeões da Europa em 1989 e 1990.
A Copa do Mundo de 1990, na Itália, foi a primeira e única de Van Basten. O sucesso no futebol italiano e a conquista da Eurocopa de 1988, credenciavam a Holanda, duas vezes vice-campeã do mundo, a fazer uma excelente campanha no mundial. O destino fez com que Holanda e Alemanha se encontrassem nas oitavas-de-final. E o destino foi caprichoso mesmo. A partida foi no estádio San Siro, na cidade Milão. Os holandeses tinham Van Basnten, Gullit e Rijkaard, do Milan. A Alemanha contava com os ídolos Lottar Mattheus e Jürgen Klinsmanm que jogavam na rival Inter de Milão. A vitória foi dos alemães (2 a 0) que mais tarde seriam campeões.
Van Basten fez 4 jogos e não marcou nenhum gol. Após o torneio, as lesões no tornozelo direito se tornaram freqüentes, mas o artilheiro resistia bravamente as dores e as pancadas dos adversários.
O ano de 92 foi um dos melhores de sua carreira. Com 29 gols em 38 jogos, ele foi essencial na conquista de mais um título nacional. A temporada espetacular deu ao centroavante o título de melhor jogador do mundo pela FIFA. Era o ápice de uma carreira que acabaria de repente.
Em 1993, as dores no tornozelo se tornaram insuportáveis. Mesmo arrebentando, Van Basten conseguiu fazer 13 gols nos 15 jogos que disputou naquele ano. Apesar da ausência durante boa parte da temporada, ajudou na conquista do bi italiano. Ele ainda teve forças para estar em campo na final da Liga dos Campeões, contra o Olympique de Marselha, mas pouco pôde fazer. Além do título o Milan e futebol perdiam um de seus melhores artilheiros.
A cartilagem do tornozelo direito, infelizmente, não resistiu a tantas entradas violentas. No final da temporada de 1993, Van Basten teve que parar. A luta para continuar jogando ainda durou dois anos. Segundo o jornalista Cassiano Gobbet, um torcedor do Milan se ofereceu para doar a própria cartilagem ao craque, um crirurgia impossível. Há uma outra história também, essa com mais cara de lenda, que o holandês veio ao Brasil tratar com curandeiros da Bahia. Verdade ou não, o fato é que não adiantou.
No dia 18 de agosto de 1995, sem poder sequer fazer um jogo de despedida, Marco Van Basten se despediu do futebol aos 32 anos. O estádio San Siro com mais 70.000 pessoas viu o fim de uma carreira curta e brilhante.
Em 2006, Van Basten foi treinador da Holanda na Copa do Mundo, da Alemanha. Ele deixou o comando da Laranja após a Eurocopa de 2008.
ABAIXO, VÍDEO DO GOLAÇO DE VAN BASTEN NA FINAL DA EUROCOPA DE 1998, O SEGUNDO GOL DA VITÓRIA HOLANDESA SOBRE A UNIÃO SOVIÉTICA
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