Valdir Joaquim de Moraes

Ex-goleiro do Palmeiras

Nascido em Porto Alegre no dia 23 de novembro de 1931, Valdir Joaquim de Moraes foi um dos maiores goleiros da história do Palmeiras. Em 2012, voltou para a sua cidade natal, onde morreu em 11 de janeiro de 2020, aos 88 anos, em decorrência de uma infecção urinária. Ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento, zona norte de Porto Alegre.

Vestiu a camisa do Verdão entre 1958 e 1968 em 482 jogos, segundo o Almanaque do Palmeiras, com 290 vitórias, 97 empates e 95 derrotas.

Começou a carreira no Renner, de Porto Alegre, em 1947. A encerrou no Cruzeiro em 1969, passando em seguida a treinar goleiros.

Nessa função, se tornou um dos melhores do mundo, com participação na comissão técnica da Seleção Brasileira na Copa de 1982, comandada por Telê Santana.

No São Paulo, acompanhou o Mestre Telê na conquista do bicampeonato da Libertadores e do Mundial. Foi o responsável pela recuperação do goleiro Zetti, tetracampeão com a seleção brasileira, e preparou Rogério Ceni no início da carreira do arqueiro que se tornaria o maior ídolo da história do Tricolor.

Em 2007, esteve no São Bento de Sorocaba ao lado de Rincón, mas não conseguiu evitar a queda da equipe para a segunda divisão. Em 2008, retornou ao Palmeiras na função de coordenador-técnico do time profissional, comandado por Vanderlei Luxemburgo.

No dia 13 de agosto de 2008, Valdir comemorou 50 anos de sua chegada ao Palmeiras. Disse o gaúcho sobre este momento especial. "Eu havia atuado por mais de 10 anos no Renner e recebi a visita do Osvaldo Brandão [ex-treinador do Palmeiras] no início de agosto de 1958. Ele foi até lá para buscar eu e o Chinesinho [atacante], cuja indicação havia sido feita pelo Ênio Andrade. Lembro que, quando cheguei em São Paulo, demorei alguns dias para acertar. Foi uma novela (risos). Mas felizmente deu tudo certo e em 13 de agosto de 1958 assinei meu contrato com o Palmeiras".

A partir de então colecionou glórias no Parque Antártica. Foi campeão paulista em 1959, 63 e 66, campeão do torneio Rio-São Paulo em 1965, do Robertão de 1967 e da Taça Brasil em 1960 e 1967.

Dirigiu o Palmeiras em 28 partidas, sempre de forma interina, entre os anos de 1973 e 1980.

Valdir (alegando motivos pessoais), anunciou seu desligamento do Palmeiras em 10 de fevereiro de 2011. Ele ocupava o cargo de consultor da equipe profissional.

Também defendeu a Seleção Brasileira. Segundo o livro "Seleção Brasileira ? 90 anos?, de Roberto Assaf e Antônio Carlos Napoleão, vestiu a camisa amarela em cinco jogos com quatro vitórias e um empate. Um desses jogos aconteceu no dia 07 de setembro de 1965 na inauguração do estádio do Mineirão, quando representado pelo Palmeiras, o Brasil venceu o Uruguai por 3 a 0.

Pelo Renner foi campeão gaúcho de 1954, atuando ao lado do saudoso Ênio Andrade.

Panamericano de 1956

O goleiro Sérgio Moacir fez parte da Seleção Brasileira, formada por um combinado de jogadores gaúchos, que conquistou o título do campeonato panamericano de 1956, disputado no México. Aquele time revelou craques para o futebol "tupiniquim", como o goleiro Valdir Joaquim de Moraes, o zagueiro Oreco (campeão do Mundo em 1958), o meio-campista Ênio Andrade e o atacante Chinesinho entre outros.
A equipe verde-e-amarela teve como principal adversária na competição, a Argentina do técnico Guilhermo Stábile. Stábile, que como jogador fez muito sucesso, pois foi vice-campeão do mundo na Copa do Mundo de 1930, além de ter sido o artilheiro da competição. Como técnico, fez valer sua competência, pois dirigiu o selecionado portenho em oito campeonatos sul-americanos, tendo conquistado seis títulos. O grande destaque dos "hermanos? na competição foi o atacante Sivori, revelado pelo River Plate, que posteriormente foi para a Juventus de Turim e quase virou um "mito".
A Taça da conquista do campeonato Panamericano de 1956 não faz mais parte do acervo da Confederação Brasileira de Futebol. O troféu foi roubado junto com a taça Jules Rimet, segundo inquérito aberto pela polícia carioca, as "relíquias? foram derretidas.

Abaixo veja a campanha do Brasil no Campeonato Panamericano de futebol de 1956 :
24/1/1956
Brasil 1x4 Chile
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Sul-Americano
Local: Estádio Centenário
Cidade: Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: C. de Nicola (Paraguai)
Técnico: Osvaldo Brandão
Brasil: Gilmar, Djalma Santos, Mauro Oliveira e Alfredo Ramos; Zito e Julião; Maurinho (Nestor), Del Vecchio (Baltazar), Álvaro, Jair da Rosa Pinto e Canhoteiro.
Gol: Maurinho.

29/1/1956
Brasil 0x0 Paraguai
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Sul-Americano
Local: Estádio Centenário
Cidade: Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: S. Bustamante (Chile)
Técnico: Osvaldo Brandão
Brasil: Gilmar, Djalma Santos, De Sordi e Alfredo Ramos; Formiga e Roberto Belangero; Nestor, Álvaro, Del Vecchio (Baltazar), Jair da Rosa Pinto (Luizinho) e Maurinho.

1/2/1956
Brasil 2x1 Peru
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Sul-Americano
Local: Estádio Centenário
Cidade: Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: W. Rodriguez (Uruguai)
Técnico: Osvaldo Brandão
Brasil: Gilmar, Djalma Santos, De Sordi e Alfredo Ramos; Formiga e Roberto Belangero; Nestor (Maurinho), Álvaro (Zezinho), Baltazar, Luizinho e Canhoteiro.
Gols: Álvaro e Zezinho.

5/2/1956
Brasil 1x0 Argentina
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Sul-Americano
Local: Estádio Centenário
Cidade: Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: W. Rodriguez (Uruguai)
Técnico: Osvaldo Brandão
Brasil: Gilmar, Djalma Santos, De Sordi e Alfredo Ramos; Formiga e Roberto Belangero; Maurinho, Luizinho, Del Vecchio (Álvaro), Zezinho e Canhoteiro.
Gol: Luizinho.

10/2/1956
Brasil 0x0 Uruguai
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Sul-Americano
Local: Estádio Centenário
Cidade: Montevidéu (Uruguai)
Árbitro: J. Brozzi (Argentina)
Técnico: Osvaldo Brandão
Brasil: Gilmar, Djalma Santos, De Sordi e Alfredo Ramos; Formiga e Roberto Belangero; Maurinho, Del Vecchio (Baltazar), Zezinho, Luizinho e Canhoteiro.

1/3/1956
Brasil 2x1 Chile
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Pan-Americano
Local: Estádio Olímpico
Cidade: Cidade do México (México)
Árbitro: A. Rossi (Argentina)
Técnico: Teté
Brasil: Sérgio, Florindo e Duarte; Odorico, Oreco e Ênio Rodrigues; Luizinho RS, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul.
Gols: Luizinho RS e Raul. 

6/3/1956
Brasil 1x0 Peru
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Pan-Americano
Local: Estádio Olímpico
Cidade: Cidade do México (México)
Árbitro: A. Rossi (Argentina)
Técnico: Teté
Brasil: Sérgio, Florindo e Duarte; Odorico, Oreco e Ênio Rodrigues (Figueiró); Luizinho RS, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Raul.
Gol: Larry.

8/3/1956
Brasil 2x1 México
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Pan-Americano
Local: Estádio Olímpico
Cidade: Cidade do México (México)
Árbitro: C. Vicuña (Chile)
Técnico: Teté
Brasil: Sérgio, Florindo e Duarte; Odorico, Oreco e Figueiró; Luizinho RS, Bodinho, Larry (Juarez), Ênio Andrade e Raul (Chinesinho).
Gols: Bodinho e Bravo (contra).

13/3/1956
Brasil 7x1 Costa Rica
Tipo: Oficial de competição
Competição: Campeonato Pan-Americano
Local: Estádio Olímpico
Cidade: Cidade do México (México)
Árbitro: C. Vicuña (Chile)
Técnico: Teté
Brasil: Valdir, Florindo e Duarte; Odorico, Oreco e Ênio Rodrigues (Figueiró); Luizinho RS, Bodinho, Larry, Ênio Andrade e Chinesinho.
Gols: Bodinho, Chinesinho (3) e Larry (3).

Brasil 2 x 2 Argentina
Data: 18 de março de 1956
Campeonato Pan-Americano
Local: Estádio Universitário da Cidade do México
Público: 50.000 pagantes
Árbitro: Claudio Vicuña Larrain (Chile)
Gols: Chinesinho 25, José Yudica 36, Ênio Andrade 58 e Enrique Sivori
Brasil: Valdir (Renner); Florindo (Internacional), Figueró (Grêmio)- DUarte (Internacional),Odorico (Internacional) e Oreco (Internacional);Ênio Rodrigues (Grêmio), Ênio Andrade (Renner-RS);Luizinho (Internacional), Bodinho (Internacional), Larry (Internacional) e Chinesinho (Internacional)
Técnico: José Francisco Duarte Júnior, o "Teté".
Argentina: Antônio Dominguez; Luis Cardoso, Juan Filgueiras; Nicolas Daponte, Héctor Guidi, Natalio Sivo; Luis Pentrelli, Francisco Loiácono (Oscar Di Stéfano), Benito Cejas, Enrique Sivori e José Yudica. Técnico: Guilhermo Stábile


O grande mestre*

*Entrevista aos alunos da Uninove em 2008 
Com anos de experiência e muitas historias pra contar, Valdir Joaquim de Moraes é o braço direito de Vanderlei Luxemburgo.
Goleiro do Palmeiras na época da Academia de Futebol, depois preparador de grandes arqueiros, e hoje, consultor técnico de Wanderley Luxemburgo. Com 76 anos de idade e 61 no futebol, Valdir Joaquim de Moraes mostra que ainda tem muita lenha pra queimar. Em uma entrevista exclusiva ele fala sobre família, ídolos de hoje e do passado, e que mesmo com 38 títulos na carreira ainda se emociona.

Uninove: Você tem saudade de alguma coisa no futebol?

Valdir Joaquim de Moraes: Estou no futebol ainda, logicamente quando se joga é uma coisa e agora é outra, mas honestamente eu não tenho saudade de nada, não parei com o futebol, estou nele desde 1947. Já tive momentos bons e os momentos ruins me serviram como lição, hoje tento esquecê-los, o futebol continua me dando muitas alegrias.

Uninove: Com 76 anos você ainda continua na ativa, isso não é comum nos dias de hoje.

Valdir Joaquim de Moraes: O Zagallo tem a mesma idade que a minha, mas ele parou, é raro alguém da nossa idade ainda estar no futebol. Sempre trabalhei com o Wanderley Luxemburgo, temos uma grande amizade, eu sou um amigo que ele costuma conversar e falar coisas que não fala pra qualquer um. Foi um pedido do próprio Wanderley pra eu vir trabalhar aqui no Palmeiras e eu fico muito agradecido com isso.

Uninove: O que você e o Wanderley costumam conversar? Ele pede conselhos?

Valdir Joaquim de Moraes: Conselho não, a gente conversa sobre futebol, conversa sobre a vida particular. O Wanderley já tem uma certa idade, sou mais velho, mas ele tem bastante experiência de vida e às vezes acaba ele me dando conselhos.

Uninove: E com 76 anos, a família pede pro senhor ficar mais em casa?

Valdir Joaquim de Moraes: Eles me apóiam em tudo, e preciso registrar algo aqui, se eu tenho alguma coisa na minha vida profissional eu agradeço a minha família, minha esposa, meus filhos, meus netos. Sou casado há 54 anos, e devo ter vivido uns trinta em casa, o resto passei viajando com o futebol, só posso agradecê-los. Quem criou meus filhos foi a minha esposa, vivi muito tempo longe e quando voltava pra casa eu só queria fazer festa e coisas errada com as crianças.

Uninove: O Palmeiras foi campeão Paulista, você ainda se emociona com títulos?

Valdir Joaquim de Moraes: No dia que o Palmeiras foi campeão eu tive duas grandes emoções, pois meu Neto, Danny Moraes, foi campeão com o Internacional no campeonato gaúcho. Fico feliz em ver um menino se projetando, subindo na carreira, lembro do meu tempo de jogador. O futebol me emociona muito, embora não transpareça, mas eu me emociono quando ganho um título, já são 38 na carreira. Já ganhei campeonatos importantíssimos, mundiais de clubes, Libertadores da América, ganhar é sempre uma emoção.

Uninove: E na vida, o que emociona o Valdir Joaquim de Moraes?

Valdir Joaquim de Moraes: Os fatos tristes me emocionam, a televisão ultimamente está mostrando muita coisa triste, mas é melhor se emocionar pelas coisas afetivas, amorosas, e isso eu tenho tido muito com meus amigos e família.

Uninove: Nos dias de hoje, você é a favor de um pai incentivar o filho para ser jogador de futebol nos dias de hoje?

Valdir Joaquim de Moraes: Como eu disse, meu neto é jogador de futebol, desde os 13 anos ele joga no Internacional de Porto Alegre, e conversamos muito. Se a criança quiser jogar futebol, tiver entusiasmo e disposição tem que deixar.

Uninove: E os ídolos do passado podem ser comparados aos ídolos da atualidade?

Valdir Joaquim de Moraes: É uma comparação difícil, estou no futebol até hoje porque vivo o presente, já vivi o passado, mas minha mente está no momento atual. Não gosto de falar meu tempo era assim ou assado. Hoje em dia a chuteira é melhor, a bola, o campo, tudo é melhor, antigamente o futebol era diferente pela marcação, o preparo físico era menor. Hoje em dia mesmo alguns jogadores não tendo uma técnica apurada, eles podem até ter uma boa performance.

Uninove: Isso quer dizer que nos dias de hoje o perna-de-pau pode esconder suas falhas?

Valdir Joaquim de Moraes: Não diria perna-de-pau, pois é um termo pejorativo, mas por exemplo, um jogador do Palmeiras pode não ter um nível técnico que outros craques têm, mas nem por isso ele não é bom, apenas é limitado. O jogador é bom quando sabe das suas limitações, não pode fugir das suas características, ele deve melhorar aquilo que ele tem de bom, mas não pode achar que é um Gerson, não pode achar que é mais do que é.

Uninove: Você já foi um grande preparador de goleiros, o que está achando dos goleiros atuais?

Valdir Joaquim de Moraes: Eu acompanho com muita alegria a preparação dos goleiros, antigamente tínhamos grandes profissionais, mas jamais clubes da Europa contratariam goleiros brasileiros, existia uma lenda que goleiro no Brasil não era bom, isso era uma injustiça. Hoje, já temos goleiros em vários clubes fora do país, antes não tinha mercado nenhum para este profissional.
 
Uninove: E a preparação dos goleiros está correta ou tem alguma falha?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Sempre tem um aprimoramento, quando eu era preparador de goleiros fazia certas coisas que hoje em dia não se faz mais, os goleiros estão melhorando com o tempo, o importante é aprimorar as técnicas que mais se usam no jogo, melhorar também a velocidade e a agilidade, e claro, tem que saber pegar a bola.
 
Uninove: E os goleiros que batem faltas, o que o senhor acha?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Aqui no Brasil começou com o Rogério Ceni, não vejo porque impedi-los de fazer isso, se tem qualidade é só ir e chutar, o próprio Rogério Ceni já salvou o São Paulo várias vezes usando este recurso.
 
Uninove: Hoje em dia é mais fácil ser goleiro?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Os goleiros reclamam muito da bola, e tem razão. A bola é ótima, muito boa, mas sempre pro atacante, estão fabricando bolas que complicam cada dia mais a vida do goleiro. O principal momento do futebol é o gol, a função do goleiro é impedir, mas o fabricante quer ver bola na rede, pois aí sua marca vai aparecer mais.
Uninove: Falando em reclamação, muita gente reclama quando sai à convocação da seleção brasileira, nunca estão felizes com o goleiro chamado. Goleiro é um cargo de confiança?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Goleiro não é cargo de confiança, ele é convocado pelo que apresenta em seu clube, se fosse cargo de confiança o treinador convocaria o filho dele. Nem sempre o público aceita a convocação, mas sempre é convocado o melhor.
 
Uninove: Alguns nomes como Émerson Leão e Zetti foram grandes goleiros e hoje são bons treinadores, ter sido goleiro ajuda em algo na hora de ser treinador?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Não vejo relação entre as profissões, dizem muito que o goleiro tem um maior comando do elenco, ele orienta a equipe por estar atrás e consegue ver todo o jogo. Mas ele não pode deixar o seu limite que é a grande área, ele tem que zelar pelo seu templo que é o gol. Pra ser treinador não é preciso ter sido um grande jogador, tem que ter comando, tem que passar uma mensagem boa para os atletas, é preciso personalidade.
 
Uninove: O Wanderley Luxemburgo é o melhor treinador do Brasil?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Ele está em um patamar acima dos outros. Existem bons treinadores, mas quem convive com o Wanderley no dia-a-dia, vê as preleções dele, o conhecimento que ele tem do futebol sabe do que estou falando. Um diferencial do Wanderley é a motivação que ele passa pros atletas. Já trabalhei com 47 treinadores, nenhum deles tem a eloqüência do Wanderley, a maneira dele de passar a mensagem.
 
Uninove: Como você está acompanhando a evolução do futebol com o passar dos anos, ainda pode melhorar em alguma coisa?
 
Valdir Joaquim de Moraes: Sempre tem algo pra melhor, mas o futebol já mudou muito. Antes não tinha tanta disputa no campo, o atleta jogava com o talento que Deus lhe deu e mais nada. O preparo físico foi a grande mudança que tivemos na história do futebol.
 
Uninove: Para encerrar, como você está vendo a rivalidade nos gramados, principalmente entre Palmeiras e São Paulo?
 
Valdir Joaquim de Moraes: A rivalidade entre Palmeiras e São Paulo não é de campo. É uma rivalidade muita antiga, muito tempo atrás o São Paulo quis tomar o estádio do Palmeiras, na época da guerra, e isso ficou marcado. Já a rivalidade do Palmeiras dentro de campo é com o Corinthians."
 
Abaixo, veja vídeo espetacular de 1960, um dia antes de Palmeiras 2 x 1 Santos, pela decisão do Super Paulistão de 1959:

No player abaixo, ouça a narração de Fiori Gigliotti do pênalti perdido por Garrincha no clássico entre Corinthians e Palmeiras em 1966. Valdir Joaquim de Moraes praticou a defesa e José Paulo de Andrade era o repórter:

No dia 12 de janeiro de 2020, o ex-goleiro Emerson Leão falou sobre Valdir Joaquim de Moraes em entrevista ao Domingo Esportivo Bandeirantes. Ouça a íntegra: 

No dia 12 de janeiro de 2020, o ex-goleiro Velloso falou sobre Valdir Joaquim de Moraes em entrevista ao Domingo Esportivo Bandeirantes. Ouça a íntegra:

No dia 12 de janeiro de 2020, o goleiro Fernando Prass falou sobre Valdir Joaquim de Moraes em entrevista ao Domingo Esportivo Bandeirantes. Ouça a íntegra:

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Pelo Palmeiras:

Vestiu a camisa do Verdão entre 1958 e 1968 em 482 jogos, segundo o Almanaque do Palmeiras, com 290 vitórias, 97 empates e 95 derrotas. Ele dirigiu o Palmeiras em 28 partidas, sempre de forma interina, entre os anos de 1973 e 1980.

Também defendeu a Seleção Brasileira. Segundo o livro "Seleção Brasileira ? 90 anos?, de Roberto Assaf e Antônio Carlos Napoleão, vestiu a camisa amarela em cinco jogos com quatro vitórias e um empate. Um desses jogos aconteceu no dia 07 de setembro de 1965 na inauguração do estádio do Mineirão, quando representado pelo Palmeiras, o Brasil venceu o Uruguai por 3 a 0.

 

Pela Seleção Brasileira:

Atuou em cinco partidas, sendo quatro vitórias e um empate. Sofreu cinco gols.

Fonte: Seleção Brasileira - 90 Anos, de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf

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