por Rogério Micheletti e Gustavo Grohmann/colaborou Mário Costa Junior
Tertuliano Severiano dos Santos, o Terto, ex-ponta-direita do São Paulo, entre 1969 e 1976, morreu em 9 de abril de 2024, aos 77 anos.
Ele era professor de uma Escolinha de Futebol do São Paulo, no Jardim Umarizal, numa escolinha de futebol no bairro de Jardim Umarizal, zona sul da capital paulista, e também era funcionário do São Paulo Futebol Clube, como professor de futebol dos sócios do clube.
Terto foi um dos destaques da linha de ataque tricolor formada por ele, Paulo Nani, Pedro Rocha, Toninho Guerreiro e Paraná.
"Era fantástico aquele ataque pela diferença de atitudes. Terto era um jogador raçudo que sempre procurava a vitória. Quando eu jogava pela meia-esquerda sempre colocava a bola em seu pé. Daí, o zagueiro vinha por trás, trombava com ele e rebatia. Um belo dia, ele encostou em mim e disse: - Olha, gringo, não me dê mais a bola no pé. Você joga em cima do zagueiro que eu atropelo e vou para o gol", contava o também saudoso Pedro Rocha (1942-2013).
Pernambucano do Recife, nascido no dia 29 de dezembro de 1946, Terto foi bicampeão paulista de 1970 e 1971 e também esteve na conquista estadual de 1975. Fez 498 jogos pelo São Paulo (241 vitórias, 151 empates e 106 derrotas) e marcou 84 gols, números do "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa.
Terto jogou ainda Santa Cruz, no Botafogo de Ribeirão Preto (SP)e Ferroviário de Fortaleza-CE, onde foi campeão cearense em 1979. O jornalista Sérgio Quintella, cujo filho e o sobrinho foram alunos de Terto, lembra uma história sobre o ex-jogador.
"Ele deu aula por muitas décadas às crianças sócias do São Paulo Futebol Clube. Uma vez eu conversava com o delegado Cesar Saad, que atua na delegacia especializada em ocorrências ligadas ao esporte, e ele me contou que também teve aula com o Terto, enquanto criança, no clube, assim como meu filho tem até hoje. A partir da conversa com Saad fui entender que o Terto era um patrimônio do clube", lembra Quintella.
