Rosan

Ex-goleiro da Ferroviária e Comercial
Rosan, o Florisvaldo Rosan, natural de São Jose do Rio Preto, nascido no dia 17 de maio de 1937, grande goleiro do Rio Preto Esporte Clube, da Ferroviária de Araraquara, do Santos, do Palmeiras, do Comercial de Ribeirão Preto, do América do Rio e do União Bandeirante de Bandeirantes-PR (seu último time em 1973, aos 36 anos), faleceu no dia 23 de março de 2015, aos 77 anos de idade, em Nova Aliança-SP.
 
Ele sofria de câncer no intestino, diagnosticado em setembro de 2014.
 
Após dexiar os gramados, Rosan foi empresário do ramo de material de construção, tendo encerradas as atividades da Cerâmica Nossa Senhora Aparecida, que ficava na cidade de Avanhandava (SP).

Lá, ele produzia telhas, tijolos, pisos e azulejos. A fábrica do ex-goleiro ficava, portanto, na cidade onde reside: Avanhandava (SP), próxima a Lins (SP), interior paulista. Rosan, que se casou duas vezes, deixou cinco filhos: três do primeiro casamento e dois do segundo. E era avô de um neto.
 
Rosan morava em Guaratuba, no Paraná, e administrava os aluguéis de diversos imóveis que adquiriu ao longo de sua marcante carreira. O empresário Rosan também era fazendeiro e tinha um posto de gasolina em Avanhandava.

A cronologia completa de sua carreira obedece: Rio Preto Esporte Clube (onde começou em 1955), Ferroviária de Araraquara, Palmeiras, Santos (onde só jogou duas vezes, sendo uma no exterior e outra contra a Portuguesa, em São Paulo), Prudentina, Comercial de Ribeirão Preto, América do Rio e União Bandeirante, de Bandeirantes (PR).

Rosan jogou na melhor Ferroviária de Araraquara de todos os tempos, na metade dos anos 60, ao lado de maravilhosos jogadores como Dudu, Bazani, Beni, Baiano, Pimentel e etc.

No Palmeiras, ele não teve muitas oportunidades e, um dia, recebeu um chute no rosto e fraturou o maxilar. No Santos, igualmente não foi devidamente aproveitado, mas no Comercial de Ribeirão Preto integrou o simplesmente sensacional time do Leão do Norte que tinha, dentre outros, Ferreira, Jorge, Piter, Nonô, Esmeraldo, Hélio Giglioli, Amauri, Jair Bala, Luis, Paulo Bin, Carlos César, Noriva e Peixinho. Foram os anos de 1965 e 1966 os melhores da vida do Comercial de Ribeirão Preto e Rosã foi sempre o titular.

por Milton Neves
 
O Portal Terceiro Tempo recebeu no dia 12 de fevereiro de 2012 de Marcos Barrero (barrero@uol.com.br), o e-mails abaixo sobre o ex-goleiro Rosan:

A história de Rosan, o goleiro que não tomava gols
 
Por Marcelo Cirino, médico formado pela USP e autor do livro de história da Ferroviária "Fonte Luminosa?

Se existe uma coisa que as crianças gostam é passar as férias na casa dos avós. Comigo não foi diferente. Me sentia acolhido e seguro na residência dos meus avós maternos em Borborema.Meu avô Francisco Inaco, palestrino e "udenista" fanático, tinha um armazém de cereais na frente de sua casa e um enorme quintal, nos fundos. Todos os dias íamos a um armazém de beneficiamento da família Zanchetta para onde os sitiantes levavam o arroz colhido e este era descascado, saindo da máquina (enorme, de madeira) limpo. A palha e a "quirela", pedacinhos de arroz quebrados, de pouco valor comercial, saiam por outros lados. Eu me esbaldava brincando no monte de palha de arroz.

 

Com ouvidos inocentes e imaturos ouvi, certa vez, meu avô comentar que existia um goleiro em Araraquara que não tomava gols. Fiquei curioso. Como era possível um goleiro que não toma gols? De tão bom goleiro que era, segundo noticiários da "Gazeta Esportiva", teria despertado interesse no Palmeiras em contrata-lo. Acreditei que seu nome fosse "Arrozan", marca de um arroz beneficiado no armazém de Borborema.
 
Passei, então, a executar defesas imaginárias, me jogando contra o seguro monte de palha de arroz e dizendo: "Defendeu, Arrozan!". Fui esclarecido pelos adultos, para minha infantil decepção, que seu nome verdadeiro era Rosan.

 

Florisvaldo Rosan fez, juntamente com Fia, Sérgio Bergantim, Abelha, Tino e Sandro, dentre outros, parte da encantada constelação de goleiros espetaculares que a Ferroviária sempre teve ao longo de sua história. Chegou a Araraquara vindo de São José do Rio Preto, sua cidade natal, contratado junto ao Rio Preto Esporte Clube.
 
Convocado para a Seleção Paulista para a disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções, em 1960, foi reserva de Gilmar. Além da Ferroviária, jogou no Palmeiras, Prudentina, Comercial de Ribeirão Preto e América do Rio de Janeiro. Reside atualmente em Avanhandava, interior do Estado de São Paulo.
 
Rosan foi, sem dúvida, um dos maiores atletas que já atuaram pela AFE e ficou para sempre em minha memória como o goleiro que não tomava gols
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Pelo Palmeiras:

Atuou em 37 jogos, entre 1961 e 1962. Foram 25 vitórias, quatro empates e oito derrotas). Sofreu 47 gols.

Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

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