Puskás

Hungria e Real Madrid
por Gustavo Grohmann
 
Ferenc Puskás, o maior jogador da história da Hungria, morreu no dia 17 de novembro de 2006, em Budapeste, aos 79 anos, em decorrência do Mal de Alzheimer.

De acordo com informações da imprensa local, o estado de saúde do ex-jogador se agravou ainda mais em conseqüência de problemas respiratórios e cardiovasculares.

Ele estava internado desde setembro de 2006 no Hospital Kütvolgyi, na capital da Hungria.

Puskás era o maior nome da seleção húngara que encantou o mundo nos anos 50, quando ganhou os Jogos Olímpicos de 1952, em Helsinki, na Finlândia e provocou a primeira derrota da história da Inglaterra no Estádio de Wembley, em Londres (6 a 3, em 1953).

Após tais feitos, em 1954, na Copa da Suíça, a Hungria despontou como favorita, principalmente após a goleada por 8 a 3 sobre a Alemanha Ocidental, logo na primeira fase. A final foi contra a seleção alemã, que dessa vez levou a melhor vencendo por 3 a 2. Assim como a seleção brasileira de 1982, a Hungria de 54 também faz parte de uma dessas "injustiças do futebol".

Nascido no dia 2 de abril de 1927, Ferenc Puskás defendeu a seleção húngara em 84 oportunidades e marcou 83 gols, adquirindo a excelente média de aproximadamente 0,99 gols por jogo.

Nos clubes, o sucesso maior veio no Real Madrid, onde jogou de 1958 a 66, e ao lado de Di Stéfano fez parte um dos melhores times que o clube espanhol já formou em sua história, conseguindo seis títulos espanhóis (1958, 1961/62/63/64/65), duas Taças da Europa (atual Liga dos Campeões ? 1959/60), um Mundial de Clubes (1960) e uma Copa da Espanha (1962).

Por suas excelentes apresentações no time merengue, Puskás foi convocado para defender a seleção espanhola na Copa de 1962, no Chile (à época, a legislação da Fifa permitia tal situação). Fez apenas quatro jogos pela Fúria naquele mundial e não marcou nenhum gol.

Como curiosidade, vale lembrar que o brasileiro Evaristo de Macedo (hoje técnico de futebol) atuou ao lado de Puskás entre 1963 e 1965, quando fez parte da inesquecível equipe do Real Marid descrita acima (Evaristo, que foi tricampeão carioca pelo Flamengo, foi para a Espanha em 1957, jogar pelo Barcelona. Em 63, chegou ao Real Madrid e conseguiu a mesma façanha que o português Luis Figo: ser ídolo nos dois rivais espanhóis).
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