Um dos principais nomes da história do jornalismo brasileiro, Newton Carlos morreu no dia 30 de setembro de 2019, aos 91 anos de idade, no Rio de Janeiro, vítima de pneumonia. Ele era casado com Eliana e deixou três filhas: Claudia, Marcia e Janaína.
Uma referência na informação
Newton Carlos de Figueiredo nasceu em 19 de novembro de 1927, em Macaé, no norte do Estado do Rio de Janeiro, quando a cidade ainda não havia se tornado uma potência regional na exploração de petróleo. Iniciou sua carreira durante a década de 1950, no jornal carioca Correio da Manhã, já extinto.
Durante cerca de seis décadas, Newton se tornou um dos maiores especialistas na cobertura internacional de sua época, e ajudou a projetar o olhar da imprensa brasileira sobre o mundo.
O repórter
Como repórter, cobriu alguns dos principais acontecimentos da política internacional. Golpes de estado e revoltas na América Latina, guerras na Ásia, movimentos de independência na África, a projeção dos Estados Unidos durante o período da Guerra Fria e o ressurgimento da China como potência mundial foram temas de reportagens, colunas e também de seus livros. Newton Carlos escreveu obras como “A Conspiração - De Kennedy ao Vietnam” (1966), “América Latina - Dois pontos” (1978), “Bush e a Doutrina das Guerras sem Fim” (2003) e “De Olho no Mundo” (2010), entre outros.
Teve passagem por alguns dos principais jornais e TVs do país. Foi colunista de política internacional do jornal Folha de S.Paulo por 25 anos, editor e articulista do Jornal do Brasil, e dos jornais Zero Hora e Tribuna da Imprensa, além de sua passagem pela revista Manchete.
Newton na televisão
Newton Carlos foi redator da TV Globo e comentarista da Rede Bandeirantes por quase 30 anos. Esteve na TV Excelsior, onde participou do “Jornal de Vanguarda”. E atuou com muita força e personalidade na TV Globo por muitos anos. Redigia o “Jornal da Globo”, precursor do “Jornal Nacional”. Esteve também na TV Rio.
E ainda teve passagens pela TV Tupi do Rio de Janeiro e pela TV Bandeirantes (Rio de Janeiro). Pela Band cobriu todas as eleições americanas no período de 1972 a 2018 e se especializou em assuntos latino-americanos.
Jornalismo internacional
Também escreveu para veículos internacionais em países como Itália, Argentina, Peru e México.
O jornalista foi o precursor do colunismo em assuntos internacionais na mídia brasileira, uma referência no jornalismo brasileiro.
Livros publicados
Bush e a Doutrina das Guerras Sem Fim. Editora Revan, 2003
Camelot, uma Guerra Americana. Editora Objetiva, 1991
América Latina dois pontos, Editora Codecri, 1978
Chile com Allende: para onde vai? Editora GERNASA, 1970
25 Anos Depois: De Hitler à III Guerra Mundial. Editora José Álvaro, 1964
No vídeo abaixo, você confere a matéria da TV Bandeirantes sobre a morte do jornalista Newton Carlos:
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