Muñoz

Ex-atacante do Palmeiras

por Marcos Júnior Micheletti

O baixinho Léon Dario Muñoz, ou simplesmente Muñoz, ficou conhecido do público brasileiro ao integrar o elenco palmeirense entre 2000 e 2005, clube pelo qual conquistou o título da Série B do Campeonato Brasileiro, em 2003.

Atualmente é dono de uma construtora na Colômbia, chamada "Brazil", e os prédios que constrói costumam ser batizados com nomes de cidades e estádios brasileiros, entre eles Pacaembu, Morumbi e Antárctica, alusivo ao estádio de seu ex-clube brasileiro.
Natural de Medellin, na Colômbia, onde nasceu em 21 de fevereiro de 1977, Muñoz começou sua carreira profissional pelo pequeno Envigado, em 1995, passando em seguida por outras duas agremiações colombianas: o Atlético Nacional e o Deportes Quindio, antes de chegar ao Palmeiras, onde atuou em 140 jogos e marcou 32 gols.

No Brasil, em 2006, defendeu o Coritiba, antes de retornar ao futebol colombiano, onde jogou por mais quatro anos, no Atlético Nacional, Milonarios e Deportivo Pereira, clube pelo qual encerrou sua carreira, em 2011.

Praticamente um ponta-direita à moda antiga, seu futebol se caracterizava pelas rápidas arrancadas e bom poder ofensivo, apesar de ter sofrido com excesso de peso e algumas contusões.

Convocado pela seleção colombiana, entre 2003 e 2004, atuou em apenas uma partida por seu país.

Em 14 de outubro de 2013, uma reportagem do UOL, do jornalista Mauricio Duarte, abordou um pouco da carreira de Muñoz e sua atuação no ramo imobiliário.

Abaixo, o texto na íntegra:

Ex-palmeirense Muñoz constrói Pacaembu na Colômbia e lembra soco em Marcos
por Mauricio Duarte

Hoje aposentado, o ex-atacante Muñoz construiu um Pacaembu e um Morumbi em Medellin, na Colômbia. Jogador do Palmeiras entre 2000 e 2005, o colombiano é dono de uma construtora que levanta edifícios com nome de estádios brasileiros. Além desses dois, ele também já fez o Antarctica, referência ao antigo nome do estádio do time alviverde que defendeu no Brasil.

"O nome da empresa é Construtora Brazil [com "z" mesmo]. Fazemos prédios com nomes brasileiros. Além dos nomes de estádios famosos, estamos finalizando um projeto chamado Belo Horizonte. Depois, vai ter também o Porto Alegre", explica em entrevista ao UOL Esporte o ex-atleta que abandonou o futebol em 2011, quando estava jogando pelo Deportivo Pereira, da capital colombiana.
 
O colombiano divide seu tempo entre duas profissões: além do ramo da construção, ele também é agente Fifa e empresaria jogadores jovens. Muñoz usa seus contatos no Brasil para mandar revelações da Colômbia para categorias de base de times daqui. Segundo ele, o São Caetano é um desses times. No entanto, o que ele gostaria mesmo é de ver um de seis atletas no Palmeiras.

"Já indiquei alguns jogadores para eles, mas o clube acabou não prestando muita atenção. Espero um dia poder ajudar e mandar um bom jogador. Os brasileiros são os melhores do mundo, mas nosso país tem bons atletas que estão fazendo sucesso", explica.

Ele não esquece o tempo que passou no clube alviverde. De acordo com ele, foi sua melhor fase na carreira. O ex-jogador disputou a Série B do Campeonato Brasileiro em 2003 e esteve no retorno da equipe à elite nacional. Agora, acompanha de longe o drama que se repetiu. "Eu acompanho o time, é líder do campeonato, está bem. Vai subir e reestruturar. Isso dá uma nova força para o clube. O Brasileirão é muito difícil, qualquer time pode cair", analisa.

Muñoz, inclusive, sobreviveu a um episódio do qual poucos conseguiriam sair vivos do Palmeiras: uma briga com o ex-goleiro Marcos com direito a socos e pontapés. Em abril de 2004, durante um rachão na Academia de Futebol, o time de Marcos e Muñoz perdia por 5 x 0. Nervoso com o desempenho da equipe e descontente com o colombiano, que havia desperdiçado uma jogada, o camisa 1 xingou o companheiro, dando início ao tumulto. Os demais atletas correram e separaram os brigões.

Marcos acertou um chute em Muñoz, que revidou com um soco no nariz do companheiro. Para evitar novos desentendimentos, o atacante esperou o goleiro ir embora para tomar banho. Ele ficou cerca de 30 minutos no gramado, batendo bola. Atualmente, embora a lembrança ainda o incomode um pouco, garante que ri da confusão.

"Briga faz parte do futebol, foi mais um desentendimento. Meu melhor amigo lá sempre foi ele. Depois dávamos risada, para nós não teve muita importância, depois de três dias fizemos as pazes. Nossa amizade até cresceu mais", disse. No entanto, ele confirma que não tem contato com Marcos hoje em dia.
 
Por conta de seu trabalho com jogadores, Muñoz costumam vir muito para o Brasil. De acordo com ele, ao menos duas ou três vezes por ano. Dos tempos de Palmeiras, o melhor amigo que conservou foi Galeano, com quem fala sempre. "Ano que vem vou para assistir aos jogos da Copa do Mundo", garante.
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Pelo Palmeiras:

Atuou em 140 jogos e marcou 32 gols.

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