Marinho Peres

Ex-zagueiro da Portuguesa, Inter, Santos e Palmeiras
por Rogério Micheletti
 
Nascido no dia 19 de março de 1947, o capitão da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1974, Mário Peres Ulibarri, o Marinho Peres, morreu em 18 de setembro de 2023, aos 76 anos, após um mês de internação e uma semana na UTI da Unimed, com pneumonia e complicações cardíaca e renal, e estava intubado.
 
Ele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 20 de julho de 2019, passou por um período de internação em um hospital de Sorocaba, recebeu alta e voltou a ser internado em julho, por conta de uma infecção urinária.
 
Marinho começou a carreira de jogador no São Bento (SP), em 1967. No ano seguinte, ele despertou o interesse da Portuguesa e acabou se transferindo para o clube do Canindé. Na Lusa, Marinho virou Marinho Peres porque já existia um Marinho (lateral-direito também conhecido como Marinho Tonelada).
 
De 1972 a 1974 ele atuou pelo Santos e conquistou o Paulistão de 1973, que foi dividido justamente com sua ex-equipe, a Portuguesa.
 
Após três anos na Espanha defendendo Barcelona, de 1974 a 1976, Marinho Peres voltou ao futebol brasileiro para brilhar na forte equipe do Internacional em 1976.
 
Logo no primeiro ano de Beira-Rio, Marinho Peres, jogando ao lado de Figueroa, Falcão, Batista, Dadá Maravilha, Valdomiro, Lula e companhia, foi campeão brasileiro.
 
Ele atuou pelo Colorado até 1977 e se transferiu para o Palmeiras. No alviverde ficou até 1980, onde fez 72 jogos (35 vitótias, 22 empates, 15 derrotas) e marcou apenas um gol, segundo informações do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.
 
O fluminense Carlos Magno Faturini Abreu nos contou um pouco mais sobre o final da carreira de Marinho. Muito obrigado, Carlos!
 
"Marinho ainda jogou o campeonato carioca e o Brasileirão de 1980 defendendo o América do Rio. Neste mesmo ano, no final da temporada, acumulou a função de jogador/treinador. E foi lá, no América, que iniciou sua carreira de treinador posteriormente. O Mequinha (como é chamado carinhosamente) entrava em campo com a seguinte equipe: Ernani, Uchoa, Marinho Peres, Heraldo e Álvaro; João Luiz, Nedo e Nelson Borges; Serginho, Neca (ex-Grêmio e São Paulo) e Porto Real (ex-juvenil do Flamengo, assim chamado por ter nascido na cidade fluminense de mesmo nome)".
 
DOIS GOLS DE MARINHO EM UM AMISTOSO
 
Jogando pela Portuguesa de Desportos, Marinho Peres teve um dia memorável em um amistoso internacional diante da equipe iugoslava do Vojvodina, na vitória da Lusa por 4 a 2, jogo disputado no Pacaembu em 13 de fevereiro de 1971. Marinho marcou o primeiro e o último gol do time do Canindé, o segundo deles, um golaço. CLIQUE AQUI E VEJA
 
VÍDEO EMOCIONANTE

Em 1973, na visita que fizeram ao Egito, para o amistoso diante do Ah-Ahly (o Peixe venceu por 5 a 0), os craques santistas deram uma pausa nos treinamentos e conheceram a Planície de Gizé, nos arredores do Cairo.

Abaixo, veja o emocionante vídeo garimpado pelo historiador Wesley Miranda, que mostra Willians de Jesus, Cláudio Mauriz, Carlos AlbertoTorres, Brecha, Eusébio, Emerson Marçal, Pitico, Marinho Peres, Hermes, o empresário Carlos Sexton, Sérgio Orefice (diretor santista), seu filho Silvio Luiz Orefice, o roupeiro Sabu e o Dr. Daló Salerno se divertindo em um dos principais cartões postais do país:
 

ABAIXO, COM LOCUÇÃO DE MILTON NEVES NO "GOL, O GRANDE MOMENTO DO FUTEBOL", DA BAND, OS GOLS DE PORTUGUESA 3 X 3 INTERNACIONAL. MARINHO PERES MARCOU UM DOS GOLS DA LUSA

CLIQUE AQUI E VEJA A MATÉRIA COMPLETA SOBRE O JOGO ENTRE PORTUGUESA X INTER EM 1968, ESCRITA POR MARCOS JÚNIOR MICHELETTI NO PORTAL TERCEIRO TEMPO.

No dia 14 de julho de 2019, a esposa de Marinho Peres, Maria José, conversou com o apresentador Milton Neves sobre o estado de saúde do ex-jogador. Ouça a íntegra da entrevista:

EM 19 DE MARÇO DE 2021, COMEMORANDO SEUS 74 ANOS

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Pelo Palmeiras:

Atuou em 72 jogos, sendo 35 vitórias, 22 empates e 15 derrotas. Marcou um gol.
Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti

Pela Seleção Brasileira:

Atuou em 15 jogos, sendo oito vitórias, quatro empates e três derrotas. Marcou um gol.

Fonte: Seleção Brasileira - 90 Anos, de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf

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