Jenson Button

Campeão Mundial de F1
por Marcos Júnior Micheletti
 
O britânico Jenson Button, campeão mundial de Fórmula 1 em 2009 pela Brawn GP-Mercedes, aposentou-se da F1 ao término da temporada de 2016, ano em que competiu pela McLaren-Honda. Desde 2021 ele é dono de uma equipe na categoria Extreme E, de rali elétrico, a JBXE, e também pilota pelo time de sua propriedade.
 
Em 2024 anunciou sua participação nas 24 Horas de Le Mans, pela classe mais veloz, dos Hipercarros, com um Porsche 963 da equipe Hertz Team JOTA.
 
Ele começou no automobilismo aos oito anos de idade, incentivado por seu pai, John Button, ex-piloto de rally-cross, que acompanha o filho em toda a sua carreira.
 
Button nasceu no dia 19 de janeiro de 1980, e seu primeiro título foi conseguido aos 11 anos de idade, ocasião em que venceu o British Cadet Kart Championship.
 
Depois, já em carros de competição, em 1998, foi campeão da Fórmula Ford Britânica, passando à Fórmula 3 Britânica no ano seguinte, fechando a temporada em terceiro lugar.
 
Mesmo sem o título, suas duas vitórias e outras ótimas atuações, renderam o convite para disputar uma vaga pela equipe Williams-BMW com o brasileiro Bruno Junqueira.
 
Button foi o escolhido de Frank Williams e formou dupla com o alemão Ralph Schumacher na equipe inglesa de Grove para a temporada de 2000, terminando o ano na oitava colocação, pontuando logo em seu segundo GP, o do Brasil, em Interlagos.
 
Assinou contrato com a Benetton para a temporada de 2001, ano em que o time chefiado por Flávio Briatore estava em fase decadente, fato evidenciado pelo desempenho de Button, que conseguiu apenas dois pontos, com o quinto lugar no GP da Alemanha (apenas os seis primeiros pontuavam).
 
Ao final de 2001 a Benetton foi vendida para a Renault, fornecedora de motores da equipe, e Jenson permaneceu no time para o ano seguinte, onde os resultados foram melhores, levando o inglês ao sétimo lugar no campeonato, mas, ainda assim, sem conseguir subir pela primeira vez ao pódio na F1.
 
Em seguida, entre 2003 e 2005, foram três anos consecutivos pela extinta BAR, fazendo em 2004 sua melhor temporada até então, quando terminou o campeonato em terceiro lugar, atrás do campeão Schumacher e do vice Barrichello. Foram nove pódios em 16 corridas, sendo o primeiro deles no GP da Malásia (terceiro colocado) e não pontuou em apenas quatro corridas.
 
Assim como aconteceu com a Benetton, que foi comprada pela fornecedora de motores Renault, a BAR também foi vendida para a Honda, que igualmente impulsionava a equipe patrocinada pelos cigarros Lucky Strike.
 
Com isso, Button permaneceu na estrutura a qual estava acostumado, na agora equipe Honda, onde finalmente alcançou sua primeira vitória, no dia 6 de agosto de 2006, no GP da Hungria, no travado circuito de Hungaroring.
 
Permaneceu na equipe japonesa nos dois anos seguintes (2007 e 2008), sem conseguir repetir o mesmo desempenho (foi 15º e 18º colocado, respectivamente).
 
Nos três anos de atividade da Honda na F1, entre 2006 e 2008, Button teve Rubens Barrichello como companheiro de equipe, por sinal, o mesmo que dividiu com ele as atenções da vitoriosa equipe Brawn GP Mercedes em 2009, seu melhor ano na Fórmula 1.
 
Button, curiosamente, viveu a mesma situação na Honda que havia passado na Benetton e BAR, pois a escuderia japonesa decidiu encerrar suas atividades na Fórmula 1.
Mas Ross Brawn, chefe da Honda na ocasião, já estava com o carro praticamente pronto para a temporada de 2009 e fez uma oferta para comprar a equipe para disputar o Mundial daquele ano.
 
Mas Ross Brawn tinha um grande problema, pois a Honda não continuaria fornecendo motores para a F1, o que levou Ross a buscar uma parceria com a Mercedes, que acabou mostrando-se a melhor escolha para a então recém-nascida equipe Brawn GP.
 
Button tinha contrato com a Honda por mais um ano, o que levou Ross Brawn a sequer cogitar um nome para seu lugar. A outra vaga, então de Barrichello, que não tinha mais vínculo com a equipe, acabou sendo definida após o negócio ser fechado entre a Honda e Ross Brawn.
 
Vale lembrar que a Honda havia feito alguns testes entre os brasileiros Bruno Senna e Lucas di Grassi pela vaga, antes de decidir sua saída da F1. Mas assim que o carro da Brawn foi lançado, a opção foi por Rubens Barrichello, que, logo em suas primeiras voltas com o novo carro (treinos na Catalunya) percebeu que teria nas mãos um carro em condições de lutar pelo título, assim como Button.
 
Logo na estreia, Button e Barrichello partiram da primeira fila e fizeram a dobradinha na corrida. A Brawn GP foi a campeã entre os construtores, com duas vitórias de Barrichello e seis de Button, que foi o campeão da temporada. Vettel foi o vice e Barrichello terminou em terceiro.
 
O principal trunfo do carro foi o difusor traseiro, contestado por diversas equipes mas devidamente aprovado pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
 
Mais uma vez, ao final de 2009, a equipe pela qual Button competia foi vendida, mas dessa vez o inglês não permaneceu no time adquirido pela Mercedes, que além de fornecedora de motores passou a ter seus próprios carros.
 
Jenson assinou contrato com a McLaren para a temporada de 2010, onde permanece até hoje. Desde então, Button venceu oito corridas pela McLaren (duas em 2010, três em 2011 e três em 2012, incluindo a prova que encerrou a temporada, no Brasil, em Interlagos).
 
Pela McLaren, onde Lewis Hamilton foi seu companheiro de equipe entre 2010 e 2012, teve seu melhor ano em 2011, quando foi vice-campeão.
 
Em 2013, com a saída de Hamilton para a Mercedes, o mexicano Sergio Pérez foi o companheiro de Button na McLaren.
 
Em 11 de dezembro de 2014, após especulações de que poderia deixar a F1, Button foi confirmado para formar a dupla da McLaren-Honda em 2015 com o espanhol Fernando Alonso, de saída da Ferrari. A dupla foi mantida pela McLaren para a temporada de 2016.
 
Em 3 de setembro de 2016 anunciou que não disputaria o Mundial de 2017.
 
Em 12 de abril de 2017 foi anunciado como substituto de Fernando Alonso para disputar o GP de Mônaco, em 28 de maio do mesmo ano, uma vez que o espanhol firmou compromisso para correr as 500 Milhas de Indianápolis no mesmo dia que a prova no Principado.
 
Em 3 de dezembro de 2017 anunciou que disputaria em 2018 a temporada da Super GT Series no Japão, pela equipe Honda.
 
Em 27 de abril de 2018 foi confirmado para disputar o WEC (Campeonato Mundial de Endurance) pela equipe russa SMP, na categoria principal do certame, a LMP1.
 
Reconhecidamente um piloto entre os mais técnicos, sua tocada suave sempre foi sua principal característica, fator determinante para economizar mais pneus que seus principais oponentes.
 
É casado com a modelo e atriz japonesa Jessica Michibata desde 2014.
 
Em julho de 2019 guiou o BGP 001, carro da Brawn-GP com o qual conquistou seu único título na Fórmula 1, em 2008. Ele deu algumas voltas no circuito de Silverstone, acompanhado de Ross Brawn, seu chefe de equipe em 2008 e proprietário do carro.
 
VEJA COMO FOI BUTTON A BORDO DA BRAWN-GP MERCEDES EM 2019, EM SILVERSTONE

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Na Fórmula 1:

Venceu 15 GPs, sendo um pela Honda, seis pela Brawn GP-Mercedes e oito pela McLaren Mercedes.

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