Marão

Ex-técnico do Cruzeiro e do Atlético-MG
por Thiago Tufano Silva
Mário Celso de Abreu, o Marão, treinador considerado como um dos principais personagens do futebol mineiro nas décadas de 50 e 60, morreu no dia 28 de setembro de 2013, aos 90 anos, em Belo Horizonte-MG, por complicações de uma infecção.
Nascido na capital mineira no ano de 1923, Marão até tentou se tornar jogador de futebol, mas teve que interromper precocemente a sua carreira em função de problemas cardíacos. Formou-se logo em seguida em educação física e fez cursos para se tornar técnico e árbitro de futebol.
Marão ganhou destaque nacional ao ser campeão brasileiro com a seleção mineira, que venceu na final de 1963 a equipe do Rio de Janeiro. Os clubes comandados pelo treinador durante a sua carreira foram o Cruzeiro, o Atlético-MG, o Democrata, o Renascença, o Sete de Setembro, o Sport Recife, o Usipa, o Valério, a Portuguesa, o Náutico e o Villa Nova.
No clube celeste, inclusive, Mário Celso de Abreu foi o responsável por lançar o "trio de ouro?, formado por Wilson Piazza, Tostão e Dirceu Lopes. Em 1968, foi o técnico da seleção brasileira nas olimpíadas do México, quando o time canarinho não conseguiu passar da primeira fase.
Abaixo, o texto publicado pelo jornal Folha de S.Paulo após a morte do ex-treinador
Mário Celso de Abreu (1923-2013) - Técnico, descobriu o `trio de ouro´ do Cruzeiro
STEFANIE SILVEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mário Celso de Abreu, o técnico Marão, vivia para o futebol e tinha pelos times em que passava uma dedicação capaz até de colocá-lo em risco.
Numa das provas de devoção às equipes que treinava, Marão invadiu o campo durante um jogo entre Atlético-MG e Cruzeiro. Acusando o juiz de prejudicar os atleticanos, agrediu o árbitro e teve que ser contido pela polícia.
Mineiro de Belo Horizonte, começou a carreira como jogador, mas teve que interrompê-la ao receber o diagnóstico de problemas cardíacos. A partir daí, formou-se em educação física, fez curso para ser técnico e até mesmo para árbitro. Como treinador, foi o responsável por lançar o "trio de ouro" do Cruzeiro: Wilson Piazza, Tostão e Dirceu Lopes.
Além dos principais times mineiros, passou por Portuguesa, Náutico e Sport. Quando ainda havia campeonato com seleções estaduais, Marão foi campeão com a equipe mineira. Em 1968, foi técnico da seleção brasileira na Olimpíada do México.
Costumava cuidar pessoalmente dos jogadores. Conhecia a família, ia até suas casas e dava conselhos. No vestiário, atuava como pai e psicólogo. Era um incentivador do futebol arte e do desempenho com raça.
Combinava ao mesmo tempo a fama de retranqueiro e de salvador da pátria. Tirou da zona de rebaixamento e levou ao topo das disputas muitos times que treinava.
Desde 1955, morava no bairro Floresta, em BH. Morreu no sábado (28), por complicações de uma infecção, aos 90. Deixa a viúva, Zenaide, com quem era casado havia 58 anos, duas filhas e um neto.
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