por Rogério Micheletti
Um dos heróis da Internacional de Limeira na conquista do título paulista de 86 e do São Paulo na vitoriosa campanha do estadual do ano seguinte, Ronaldo Francisco Lucato, o Lê, encerrou a carreira com apenas 32 anos e sente saudades dos gramados.
"Gostaria de ter a oportunidade de ser técnico", fala o ex-atacante. Mas ele acabou virando dirigente. Em 2008, tornou-se diretor de futebol do Ituano. No ano seguinte, assumiu a mesma função na Inter de Limeira.
Casado com Fabíola e pai de Vitor, Lê tem residência fixa em Limeira (SP), onde nasceu no dia 1º de setembro de 1964. Ele trabalhou como comentarista esportivo da TV Mix.
Além disso, Lê tem empresa de marketing esportivo, um sítio em Limeira e dois postos de gasolina em Piracicaba (SP). "Procurei aplicar o dinheiro dos tempos de jogador. Por isso, eu também achei melhor encerrar a carreira", conta Lê, que costuma frequentar as festas para ex-craques promovidas pelo São Paulo.
Lê começou a se destacar jogando na Internacional de Limeira. Ao lado de Tato e Kita, ele formou o ataque do Leão campeão paulista de 1986. O adversário da final foi o Palmeiras. Os dois jogos contra o alviverde foram disputados no estádio do Morumbi, mas a Internacional não tomou conhecimento da torcida palmeirense, em maior número nas arquibancadas.
A equipe comandada por Pepe, o ex-ponta-esquerda do Santos Futebol Clube, empatou a primeira partida por 0 a 0 e venceu o segundo jogo por 2 a 1 (gols de Kita e Tato para a Inter e do zagueiro Amarildo para o Palmeiras). Era a primeira vez que um time do interior paulista conquistava um título estadual. A Inter tinha como equipe-base: Silas; João Luis, Juarez, Bolivar e Pecos; Manguinha (ex-Guarani), Gilberto Costa e João Batista (ex-Lusa); Tato, Kita e Lê.
Depois de brilhar na Inter de Limeira, Lê foi defender o São Paulo. Ele chegou ao Tricolor do Morumbi para ser uma opção no banco de reservas, mas com a saída de Careca, vendido para o Napoli, da Itália, o baixinho atacante ganhou a chance de vestir a camisa 9 são-paulina.
Lê não decepcinou. Embora não fosse goleador como Careca ou Serginho Chulapa, o então jovem atacante fez gols importantes, entre eles no primeiro jogo decisivo do Paulistão de 87. Lê, com menos de 1m70 de altura, fez de cabeça um dos gols do Tricolor na vitória sobre o Corinthians, 2 a 1, no Morumbi. O detalhe é que a zaga corintiana era considerada muita alta: Mauro e Edevaldo (ex-XV de Jáu).
Em 1988, em transação polêmica, Lê deixou o São Paulo para defender a Portuguesa de Desportos. Chegou a fazer bons jogos ao lado de Jorginho (ponta-direita) e Toninho (meia, irmão mais velho de Sony Anderson), mas não foi o mesmo dos tempos de São Paulo e Internacional de Limeira.
Em 1990, transferiu-se mais uma vez. Foi contratado pelo Internacional de Porto Alegre. Até hoje alguns dirigentes da Lusa reclamam que o time gaúcho demorou muito para pagar o passe do atacante, que depois jogaria também pelo Atlético Mineiro, Ituano (SP) e em equipes do futebol japonês.
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Brasileiro, então na Williams, durante o GP de Abu Dhabi. Foto: Williams RacingParabéns, Bobô, 62 anos. O craque que ganhou homenagem em música de Caetano Veloso
O ídolo do Bahia e o cantor e compositor no Estádio de Pituaçu. Foto: DivulgaçãoPelo São Paulo Futebol Clube, Lê disputou 103 partidas (45 vitórias, 36 empates e 22 derrotas), entre 1987 e 1988, e marcou 24 gols (números do "Almanaque do São Paulo" - Alexandre da Costa).
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