O narrador Jota Júnior, voz marcante do esporte brasileiro por mais de meio século, anunciou oficialmente sua aposentadoria no dia 7 de agosto de 2025, aos 76 anos. Longe das transmissões há 30 meses, ele decidiu encerrar de vez a carreira e curtir a vida fora das cabines em Americana-SP, sua cidade natal.
Em uma publicação nas redes sociais, Jota explicou que a decisão se deve ao avanço da idade, à queda natural de convites no meio esportivo e à consciência de que já não tem mais a mesma saúde e agilidade mental para narrar em alto nível. “Não é só abrir o microfone e falar. Temos que ter responsabilidade e respeito a quem nos oferece sua audiência. Passou. Foi bom enquanto a mente e o físico correspondiam”, resumiu.
José Francischangelis Júnior, que nasceu em 7 de dezembro de 1948, começou a carreira em 1969, na Rádio Clube de Americana. Passou pela Rádio Brasil de Campinas, Rádio Gazeta de São Paulo e Rádio Bandeirantes, onde fez parte de uma equipe histórica e narrou quatro Copas do Mundo: 1986 (México), 1990 (Itália), 1994 (EUA) e 1998 (França).
Chegou ao Grupo Globo em 1999, permanecendo por 24 anos no SporTV e Premiere. Por lá, narrou amistosos da seleção brasileira, as Copas de 2010 e 2014 e até partidas de vôlei da seleção feminina no Mundial da Itália em 2014.
Abaixo, leia a carta publicada por Jota Júnior em 7 de agosto de 2025, anunciando a sua aposentadoria do microfone:
Quando me perguntam por que não volto a narrar, são 30 meses já, reitero que é muito importante saber a hora de parar. Primeiramente que os convites quase desaparecem por causa do etarismo e da filosofia correta de renovar o quadro de narradores, depois vem a autoavaliação e o reconhecer que a garganta não é mais a mesma, o fôlego, a rapidez no raciocínio, pique para as maratonas de viagens e tudo mais.
E aí vem a conclusão de que chegou a hora.
Não tenho assistido, mas recebo comentários sobre as narrações de Galvão Bueno no streaming com críticas, sejam por antipatia de alguns ou mesmo por falhas cometidas na troca de nomes e etc.
A dinâmica numa transmissão é incrível. Exige muito da cabeça. Transmitir ao vivo não tem script. Puro e total improviso. Atenção extrema.
Confesso que hoje não estaria apto a desenvolver um trabalho com a quase perfeição que se exige.
Em resumo, passaria vergonha, comprometeria a jornada e burlaria a expectativa do telespectador.
Além do nosso ego que seria violentamente agredido.
Não é só abrir o microfone e falar. Temos que ter responsabilidade e respeito a quem nos defere com sua audiência.
Passou. Foi bom enquanto a mente e o físico correspondiam.
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