Jody Scheckter

Campeão Mundial de F1 em 1979
por Marcos Júnior Micheletti
 
Jody David Scheckter, ou simplesmente Jody Scheckter, campeão mundial de Fórmula 1 em 1979 pela Ferrari, após passagens pela McLaren, Tyrrell e Wolf, atualmente reside em sua fazenda na cidade de Overton, Hampshire, distante 64 quilômetros de Londres. É casado com Claire Scheckter, com quem tem quatro filhos. Na fazenda, Scheckter cria gado leiteiro e produz alimentos orgânicos.
 
Aliás, além do gado e das plantações, o ex-piloto guarda em um galpão os 12 arros com os quais competiu na F1, e também alguns que utilizou antes de chegar à categoria máxima do automobilismo
 
Scheckter nasceu na cidade de East London, na África do Sul, em 29 de janeiro de 1950, iniciando no automobilismo local competindo com carros de turismo, no caso um Renault 8 Gordini.
 
Arrojado, ganhou o apelido de "Baby Bear" (Bebê Urso), por sua forma agressiva de pilotar, incluindo alguns acidentes que provocou no começo de carreira, que na Fórmula 1 começou no Grande Prêmio dos Estados Unidos de 1972, disputado no circuito de Watikins Glen, com um McLaren M19A.
 
A prova foi boa para o sul-africano, que largou em oitavo lugar e terminou em nono, após ter chegado ao terceiro lugar, mas uma rodada o fez perder posições.
 
Mesmo assim, a impressão causada foi das melhores e, no ano seguinte, em 1973, Scheckter fez outras cinco provas pela McLaren, mas sem conquistar pontos, paralelamente à disputa da Fórmula 5000.
 
Ao término do ano, Ken Tyrrell contratou Scheckter para correr em sua equipe, formando dupla com o francês Patrick Depailler.

Foi um ano fantástico para Jody Scheckter, que fechou a temporada em terceiro lugar, atrás apenas do campeão Emerson Fittipaldi (55 pontos) e do suíço Clay Regazzoni (52 pontos), o vice. Ele conquistou duas vitórias neste ano, a primeira de sua carreira (em Anderstop, na Suécia) e a segunda na Inglaterra, em Brands Hatch, terminando o campeonato com 45 pontos e "pulverizando" seu companheiro de equipe Depailler, que marcou apenas 14 pontos.
 
Em 1975, embora não tenha tido um resultado tão bom no campeonato (foi o sétimo colocado), conquistou uma vitória especial, a terceira de sua carreira, em seu país, no Grande Prêmio da África do Sul, disputado no traçado de Kyalami.
 
Para 1976, a Tyrrell projetou um carro único na história da Fórmula 1: o P34, de seis rodas, sendo quatro na dianteira e duas na traseira, equipado com motor Ford Cosworth de oito cilindros.
 
Com este carro, Scheckter terminou a temporada na terceira colocação, pontuando em 12 das 16 etapas, com uma vitória, novamente em Anderstop, na Suécia. Foi o ano do único título do inglês James Hunt, com o austríaco Niki Lauda terminando em segundo lugar.
 
Com uma carreira já sedimentada na Fórmula 1, Scheckter apostou em uma transferência para uma equipe recém criada, a Wolf, do canadense Walter Wolf.

A surpresa aconteceu logo na prova de estreia da equipe. Scheckter largou em 11º lugar e venceu o Grande Prêmio da Argentina, com mais de 40 segundos de vantagem sobre o segundo colocado, o brasileiro José Carlos Pace, com Brabham-Alfa Romeo.
 
Ele ainda venceu mais duas corridas em 1977, em Mônaco e no Canadá (no circuito de Mosport Park), o que lhe rendeu o vice-campeonato, com 55 pontos, 17 a menos que o campeão Niki Lauda (Ferrari).
 
Scheckter continuou na Wolf em 1978, mas o time canadense não repetiu o desempenho de seu ano de estreia. Foram apenas dois pódios (terceiros lugares em Mônaco e nos Estados Unidos) e a sétima colocação no campeonato, com apenas 24 pontos.
 
O melhor estava reservado para 1979, quando Jody Scheckter assinou contrato com a Ferrari, à época equipada com um motor de 12 cilindros. Foram três vitórias (Bélgica, Mônaco e Itália) e o título da temporada, com 51 pontos, quatro a mais que o vice, seu companheiro de equipe, o canadense Gilles Villeneuve.
 
O último ano de Scheckter nas pistas foi em 1980, uma péssima temporada para a Ferrari. O sul-africano marcou apenas dois pontos (quinto lugar no GP dos Estados Unidos, em Long Beach). Villeneuve também não conseguiu nada além de seis pontos no ano.
 
Após deixar as pistas, Scheckter criou uma empresa de simuladores para treinamentos militares, que depois foi vendida e o ex-piloto ganhou muito dinheiro com a negociação, passando em seguida a gerenciar a carreira de seu filho, Tomas Scheckter, que até 2011 competiu pela Fórmula Indy.

Jody Scheckter também tem um irmão que pilotou na Fórmula 1: Ian Scheckter, que participou de 20 provas, entre 1974 e 1977 pelas equipes Lotus, Hesketh, Tyrrell, March e Williams), mas não marcou nenhum ponto.
 
ABAIXO, ENTREVISTA COM JODY SCHEKTER EM SUA FAZENDA, NA CIDADE INGLESA DE OVERTON.

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Na Fórmula 1:

Disputou 111 provas, com dez vitórias (quatro pela Tyrrell, três pela Wolf e três pela Ferrari). Conquistou três pole-positions e um campeonato mundial, em 1979 pela Ferrari

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