Jacques Joseph Charles Villeneuve, ou simplesmente Jacques Villeneuve, é um dos três pilotos que conquistou aquela que se pode considerar uma tríplice coroa do automobilismo mundial, ou seja, foi campeão da Fórmula 1, da Indy e também venceu as 500 Milhas de Indianápolis.
Além dele, apenas o norte-americano Mário Andretti e o brasileiro Emerson Fittipaldi conquistaram este feito.
Quando seu pai morreu, sua mãe, Joanne, o matriculou em um colégio interno na Suíça, onde tomou gosto pelo esqui, mas dois anos depois, aos 13, pediu para a mãe para andar de kart no kartódromo de Imola, em San Marino.
Os responsáveis pelo kartódromo ficaram tão impressionados com a habilidade do jovem que carregava um nome de peso na história do automobilismo, que, ao término do dia o colocaram dentro de um carro de Fórmula 4, bem mais potente.
Com o apadrinhamento de seu tio, irmão de Gilles, também chamado Jacques (que havia sido piloto também) entrou para a renomada escola de pilotagem de Jim Russell.
Mas sua primeira prova só aconteceu quando estava com 17 anos, em uma prova monomarca da Alfa, e a princípio não teve um desempenho dos mais destacados, inclusive na Fórmula 3 Italiana, em 1989.
Mudou os rumos de sua carreira, saindo da Europa em 1992 e participando do campeonato de Fórmula 3 no Japão, onde foi vice-campeão, com três vitórias.
Voltou à América no mesmo ano para participar de uma prova da Fórmula Atlantic, levado por Craig Pollack, que acabou gerenciando praticamente toda a sua carreira.
Conquistando títulos na Fórmula Atlantic, chamou a atenção da Fórmula Indy, onde acabou estreando em 1994 pela equipe Forsythe.
Naquele ano, o domínio era dos carros da Penske, mas conseguiu um feito impressionante: o segundo lugar nas 500 Milhas de Indianápolis.
Terminou o campeonato na sexta colocação,o que lhe deu o título de melhor estreante de 1994. Começou a temporada de 1995 com o pé direito, vencendo a prova de Miami (traçado de rua) e mais outras três: Road América, Cleveland e seu maior triunfo, as 500 Milhas de Indianápolis, feitos que lhe garantiram o título daquele ano.
Sua meteórica ascensão despertou o interesse da Fórmula 1, onde desembarcou no ano seguinte, na Williams, vencendo quatro provas e chegando ao vice-campeonato.
Em 1997 fez um campeonato extraordinário, conquistando sete vitórias e arrebatando o título, também guiando um carro da Williams, equipe onde permaneceu até o ano seguinte, fechando a temporada em quinto lugar.
Apostou no projeto da BAR-Honda a partir de 1998, onde ficou até 2003, mas sem conseguir nenhuma vitória durante este período, e suas melhores classificações em campeonatos foram em 2000 e 2001, ambos concluídos na sétima colocação.
Aliás, Jacques nunca mais venceu na Fórmula 1. Após a discreta passagem pela BAR-Honda, guiou para a Renault, Sauber e BMW-Sauber, sem conseguir repetir os mesmos feitos dos tempos de Williams.
Em 2007 começou a competir nos carros de turismo norte-americanos da Nascar, categoria onde ficou até 2008, mas sem resultados expressivos.
Em 2011 foi convidado pela organização da Stock Car brasileira para participar da Corrida do Milhão, disputada no circuito de Interlagos, no dia 7 de agosto. Villeneuve fez um bom treino-extra na quinta-feira (dia 4) fechando o dia na sexta colocação, mas não repetiu o mesmo desempenho no treino oficial, largando em 27º na prova e terminando em 18º.
Em 20 de dezembro de 2011, Jacques Villeneuve, Jean Alesi e Heinz-Harald Frentzen, entre outros pilotos, foram anunciados para o campeonato asiático !1 Supercar, a ser disputado entre 21 de janeiro e 11 de março de 2012.
Em 8 de maio de 2012 participou de uma homenagem da Ferrari em Fiorano, data que marcou os 30 anos da morte de seu pai, Jacques Villeneuve. Em 29 de janeiro de 2013, em entrevista ao jornal italiano "Gazzeta delo Sport", Jacques disse que seria comentarista da Sky Itália em todas as provas da temporada de 2013 da Fórmula 1.
É pai de três filhos, Jules e Jonas, de seu primeiro casamento, com Johana Martinez e Benjamin, de sua união com a brasileira Camila Lopes.
Em maio de 2014, aos 42 anos, classificou-se em 27º lugar para as 500 Milhas de Indianápolis, com um dos carros da Schmidt Peterson.
Em 6 de fevereiro de 2015 foi anunciado para participar da etapa de abertura da temporada da Stock Car, em Goiânia, na corrida de duplas, dividindo o carro da equipe Shell Racing com seu ex-companheiro na equipe BAR da F1, o paranaense Ricardo Zonta. A dupla terminou a prova em 21º lugar.
Disputou as três primeiras provas da temporada 2015/2016 da F-E, pela equipe Venturi. Não pontuou na China e na Malásia e não disputou a prova uruguaia após um acidente nos treinos, que danificou seu carro. Em acordo mútuo com a equipe, Jacques deixou o time e foi substituído pelo inglês Mike Conway.
Participou de 163 GPs, conquistou 11 vitórias e 13 poles. Foi campeão mundial em 1997, pela Williams-Renault. Também foi vice em 1996, seu ano de estreia na categoria.