por Marcelo Rozenberg
O dia 2 de dezembro de 1984 teria que ser diferente para Carlos Alberto Suzigan, o Humberto.
Afinal, depois de quatro vice-campeonatos, a camisa do Santos poderia lhe proporcionar a conquista do Paulistão contra o Corinthians. Ainda na concentração, ouviu do goleiro e companheiro de quarto Rodolfo Rodriguez uma frase que ficaria marcada para sempre. "Ele falou para eu ficar tranqüilo que atrás não passaria nada. Como jogávamos pelo empate, se Rodolfo realmente estivesse certo em sua previsão, ganharíamos o título".
A vitória do peixe por 1 a 0 garantiu a volta olímpica a Humberto, volante e meia nascido em 03 de agosto de 1956 em Mogi Guaçu, no interior paulista, onde reside atualmente. Casado, quatro filhas, é proprietário da escolinha de futebol Chuteira de Ouro, onde também faz questão de dar aulas. "Quando comecei, não tinha ninguém para me orientar. Hoje, qualquer criança de 10 anos tem noção dos fundamentos".
Levado pelo cunhado, Humberto iniciou na Ponte Preta aos 14 anos. Tempos difíceis, em que pegava a enxada de manhã para ajudar o pai na extração de areia no rio Mogi Guaçu. No entanto, quatro anos depois a bola já se mostrava a opção mais acertada. Começava efetivamente uma carreira que teria passagens por alguns dos maiores clubes do país (além de Ponte e Santos, São Paulo, Portuguesa, Vasco e Bahia) e outros de menor investimento, como Operário do Mato Grosso, Mogi Mirim, União São João, Inter de Limeira, Independente de Limeira, Paulista de Jundiaí, Santo André e Guaçuano, onde parou em 1992.
Meses depois, tentou trabalhar no futebol profissional fora de campo, mas não obteve êxito. "O futebol, infelizmente, é uma máfia. Muita gente faz de tudo para impedir que novas cabeças e idéias tenham espaço".
Humberto prefere falar de sua ligação com a religião. Em 2004, ajudou a criar a Igreja Apostólica Eclésia, em Mogi Guaçu, onde participa de reuniões. A formação de um time de futebol composto por atletas de Cristo faz parte de seus planos futuros.
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Carreira que passou por alguns dos maiores clubes do país (além de Ponte e Santos, São Paulo, Portuguesa, Vasco e Bahia) e outros de menor investimento, como Operário do Mato Grosso, Mogi Mirim, União São João, Inter de Limeira, Independente de Limeira, Paulista de Jundiaí, Santo André e Guaçuano, onde parou em 1992.
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