Germano

Ex-ponta-esquerda do Flamengo e Palmeiras
por Raphael Cavaco
 
Nascido em março de 1942, José Germano de Sales, o Germano, foi ponteiro-esquerdo do Flamengo (de 58 a 62), do Milan (62 a 64) e do Palmeiras (em 65 e 66). Muito gordo, morreu de infarto aos 55 anos, em 1º de outubro de 1997, em sua cidade natal, Conselheiro Pena, no interior mineiro, onde era fazendeiro. Lá vivia com a esposa do segundo casamento, dona Bernardina Ilida Ferreira, e mais dois filhos.
 
Irmão de Fio Maravilha (hoje entregador de pizza em São Francisco, Califórnia, EUA) e de Michila, todos ex-Flamengo, Germano jogou muito com a camisa 11 do Mengão. Era rápido, tinha drible fácil e chutava forte.

Aos 16 anos, começou no juvenil do time da Gávea, ao lado do meio-campo Gérson, o "Canhotinha de Ouro?, e tão logo subiu para o profissional como titular da ponta-esquerda.
 
Em sua passagem pelo Flamengo, de 1959 a 1962, foram 85 jogos (48 vitórias, 19 empates, 18 derrotas) 16 gols marcados, segundo números do "Almanaque do Flamengo", de Clóvis Martins e Roberto Assaf.
 
Pelas boas atuações, chegou a fazer parte da lista prévia de convocação da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1962, no Chile, e sagrou-se bicampeã mundial na ocasião. Treinou ao lado de Garrincha, Pelé e disputou posição com Zagallo e Pepe, mas acabou dispensado da equipe canarinho. Jogou 11 partidas no total pelo Brasil.
 
Após fazer sucesso no Rubro-Negro, Germano foi vendido para o Milan, numa das maiores transações da época. Nos gramados da Itália, o ponta ganhou bastante notoriedade não pela habilidade com a bola, mas pelo seu primeiro casamento com a condessa Giovana Augusta, herdeira de uma poderosa e tradicional família daquele país. Ela nunca tinha visto um negro antes.
 
O enlace ganhou destaque da imprensa internacional e se deu a contragosto dos parentes da noiva. O motivo, dizem as más línguas, foi por puro racismo.
 
O casal, no entanto, teve uma filha, que se chama Giovana Clara Maria Germano (Lulu) e reside atualmente em Los Angeles, Estados Unidos.
Por pressão dos influentes familiares da condessa, Germano deixou o clube milanês e foi emprestado na marra para o Palmeiras, em 65 e 66, conforme atestam as fotos.
 
No Palestra, Germano ganhou o Rio-São Paulo e integrou o célebre Palmeiras CBD, que, no dia 7 de setembro de 1965, goleou a Seleção do Uruguai por 3 a 0, no Mineirão. Ele fez um dos três gols do timaço da Academia de Filpo Nuñez.
 
No Palmeiras, Germano atuou em 38 partidas (21 vitórias, 9 empates, 8 derrotas) e marcou apenas seis gols (números do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).
 
Depois, voltou à Europa para defender o Standard de Liêge, da Bélgica, de 66 a 70. Lá, encerrou a carreira e o casamento com seu "amor impossível?.
 
Foi campeão da Copa dos Campeões (63) pelo Milan, e da Bélgica duas vezes (66/67) pelo Standard.
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