Flávio Costa

Ex-meia e treinador
por Marcelo Rozenberg

Flávio Costa nasceu em Carangola, Minas Gerais, em 14 de setembro de 1906, e faleceu no Rio de Janeiro em 22 de novembro de 1999.

Foi um grande profissional do banco de reservas, estrategista e conhecido pelo estilo disciplinador. Teve passagens marcantes e repletas de títulos por Vasco e Flamengo. Segundo o Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins, dirigiu o rubro-negro de 1938 a 1945 em 273 jogos com 158 vitórias, 50 empates e 65 derrotas. Pelo Vasco, conquistou o título sul-americano de 1948 no Chile. Passou também pelo São Paulo entre 1960 e 1961 com 64 jogos, 22 vitórias, 17 empates e 25 derrotas segundo o Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa.

Flávio ficou estigmatizado por treinar a equipe que provavelmente tenha provocado a maior tristeza da história no nosso futebol: a Seleção Brasileira que perdeu a decisão da Copa do Mundo de 1950 para o Uruguai por 2 a 1 no dia 16 de julho. O resultado calou uma multidão de 200 mil pessoas, extra-oficialmente o maior público do Maracanã em todos os tempos.

O que poucos sabem é que começou a vida esportiva como jogador. Foi um esforçado médio do Flamengo, onde jogou entre 1926 e 1936. Disputou 136 jogos com 64 vitórias, 27 empates, 45 derrotas e 16 gols marcados. Ganhou o apelido de alicate por usar as pernas para apertar os adversários em carrinhos temerários.

MAIS SOBRE FLÁVIO COSTA (colaboração do leitor e internauta José Eustáquio)
Nome completo: Flávio Rodrigues Costa
Carreira como jogador: começou no Flamengo, em 1925, com o apelido de Flávio Alicate, devido à curvatura de suas pernas. Jogou pelo time rubro-negro até 31 de agosto de 1934. Sendo que entre 1925 e 1933 o Flamengo era amador.
Posição: médio.
Carreira como treinador
Formado pela primeira turma da Escola de Educação Física, em 1939, Flávio trabalhou nos seguintes times: Flamengo (iniciada em 31 de agosto de 1934), Portuguesa Carioca (1937), Santos (1938), Flamengo (1939), Vasco da Gama (1946), Flamengo (1951), Vasco da Gama (1953), Futebol Clube do Porto (1956), Portuguesa de Desportos, Colo Colo (Chile), São Paulo, Flamengo (1962 a 1965) e Futebol Clube do Porto, mais uma vez.
Após Portugal
Quando retornou do futebol português, Flávio Costa passou a ser supervisor técnico do Flamengo de 1966 a 1968. Depois, ele trabalhou no América do Rio de 1968 a 1969, no Bangu em 1970, no Cruzeiro em 1971 e no Volta Redonda em 1976.
Curiosidades
Flávio Costa foi treinador da Seleção Carioca várias vezes. E dirigiu a seleção brasileira por mais de 100 jogos.
Títulos como treinador
Campeão carioca pelo Flamengo (1942, 1943, 1944 e 1963) e pelo Vasco da Gama (1947, 1949 e 1950);
Campeão brasileiro de seleções (pela Seleção Carioca em 1935, 1939, 1942, 1945, 1948 e 1950);
Campeão de Clubes Campeões pelo Vasco da Gama, em 1948;
Campeão Sul-Americano pela Seleção Brasileira, em 1949;
Vice-campeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1950.
Características
Flávio Costa era um treinador duro, exigente, polêmico, disciplinador e não aceitava interferência de dirigentes em seu trabalho, assim como não aceitava preparador físico. Ele mesmo se incumbia do preparo físico. Somente em 1960, no São Paulo, é que trabalhou com um preparador físico.
Durante sua carreira teve muitos atritos com dirigentes e jogadores por causa de seus posicionamentos decididos e duros. Por ordem dele foram afastados do Flamengo dois grandes craques: Gérson (vendido ao Botafogo), por desobediência tática, e Dida (vendido à Portuguesa de Desportos), por ter simulado uma contusão para não ir a Belo Horizonte participar de um amistoso do Flamengo com o Atlético Mineiro. Anteriormente, já havia afastado do Vasco o polêmico Heleno de Freitas, contratado sem que o mesmo fosse consultado.
Flávio Costa era um profundo conhecedor do futebol e, sem sombra de dúvidas, foi um dos treinadores mais vitoriosos do nosso futebol, apesar de ter carregado por muitos anos o estigma da derrota para o Uruguai, em 1950.
A final da Copa de 50, segundo Flávio Costa
"Os uruguaios tinham um bom ataque e uma defesa de veteranos. Ela não podia aguentar o nosso ataque. Fizemos o primeiro gol e achamos que era fácil. Houve os lenços brancos e os uruguaios se encheram de brios, e nós, achando que era fácil. Quando o Uruguai fez seu primeiro gol, aconteceu um silêncio mortal no Maracanã. Nossos jogadores se assustaram com aquilo. Se acovardaram. No lance do segundo gol, Bigode não teve cobertura. Quem devia estar cobrindo o setor era Juvenal. Depois, partimos para uma reação desordenada e o Máspoli defendeu tudo. O resto todo mundo sabe. Depois de 50, as gerações de lá para cá passaram a me odiar", contou Flávio Costa, que era flamenguista de coração.
NO FLAMENGO

Foi um esforçado médio do Flamengo, onde jogou entre 1926 e 1936. Disputou 136 jogos com 64 vitórias, 27 empates, 45 derrotas e 16 gols marcados. Ganhou o apelido de alicate por usar as pernas para apertar os adversários em carrinhos temerários.

Segundo o Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins, dirigiu o rubro-negro de 1938 a 1945 em 273 jogos com 158 vitórias, 50 empates e 65 derrotas. Pelo Vasco, conquistou o título sul-americano de 1948 no Chile.

NO SÃO PAULO

Passou também pelo São Paulo entre 1960 e 1961 com 64 jogos, 22 vitórias, 17 empates e 25 derrotas segundo o Almanaque do São Paulo, de Alexandre da Costa.

Títulos como treinador

Campeão carioca pelo Flamengo (1942, 1943, 1944 e 1963) e pelo Vasco da Gama (1947, 1949 e 1950);

Campeão brasileiro de seleções (pela Seleção Carioca em 1935, 1939, 1942, 1945, 1948 e 1950);

Campeão de Clubes Campeões pelo Vasco da Gama, em 1948;

Campeão Sul-Americano pela Seleção Brasileira, em 1949;

Vice-campeão mundial pela Seleção Brasileira, em 1950.

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