por Rogério Micheletti
Elvio, o Elvio Donizete Ezequiel, volante do São Paulo, Internacional de Limeira, Coritiba, Santa Cruz e outras equipes nos anos 70 e 80, hoje mora em São Carlos (SP), sua cidade natal, onde é comerciante (proprietário do "Armazém da Cachaça") e dá aulas de futebol para garotos do Country Club de São Carlos.
"Tenho um comércio de bebidas (Armazém da Cachaça). Cheguei a ser técnico do Palmeirinha de Porto Ferreira, mas fiquei um pouco decepcionado porque o time perdeu o patrocinador. Também recebi convites para dirigir o Araçatuba. Achei melhor ficar em São Carlos", conta Elvio, que é casado, pai de três filhas e avô de um neto.
Nascido no dia 28 de março de 1956, Elvio começou a carreira de jogador no Grêmio Sãocarlense. "Tinha acabado de servir o tiro de guerra quando fui lançado no time profissional pelo técnico Adésio de Almeida", lembra o ex-meio-campista. Em 1978, ele deixou São Carlos para defender o Jaboticabal, do técnico Pinho. "Fomos campeões da Segunda Divisão", destaca.
No ano seguinte, o volante se transferiu para o Rio Claro Futebol Clube. Atuando no time da Cidade Azul, Elvio teve a oportunidade de aparecer para os dirigentes da Internacional de Limeira. O Rio Claro participou de um quadrangular com equipes da região e o meio-campista foi um dos destaques de sua equipe.
"Era o chamado Torneio da Fome, já que os clubes buscavam receitas. Participaram da competição o XV de Piracicaba, o Rio Claro, o Velo Clube Rioclarense e a Internacional de Limeira", recorda. As boas exibições contra a Inter, inclusive o fato de ter marcado um gol contra a equipe alvinegra, foram importantes para a sua transferência. "O XV também queria a minha contratação, mas acabei acertando com a Inter que comprou o meu passe", revela Elvio.
O clube de Limeira não decepcionou no Paulistão de 1980. Com Elvio, Toinzinho e Elói no meio de campo, a Inter fez boa campanha. Elvio se destacou em partidas contra o São Paulo, o que lhe facilitou o caminho para defender o time do Morumbi. "Fiz gols contra o São Paulo e o Carlos Alberto Silva (então técnico do São Paulo) pediu a minha contratação", diz o ex-volante.
Em 1981, fez parte do elenco são-paulino campeão paulista e vice-campeão brasileiro. Elvio enfrentou como concorrentes diretos ao posto de titular jogadores como Almir e Márcio Araújo. "O Carlos Alberto Silva queria que eu fosse o reserva imediato do Renato, que era meia. Mas não me adaptei à função. Isso causou um atrito com o técnico", conta Elvio, que no ano seguinte foi para o Santa Cruz. "O Poy era o treinador do Santa. Fomos campeões de Pernambuco. O time tinha o Chiquito (ex-São Paulo), Hamilton Rocha (ex-Palmeiras), Caxias, Aloísio Guerreiro (ex-Santos), entre outros", lembra.
Com passe preso ao São Paulo, Elvio foi emprestado outras vezes. Em 1983 defendeu o Botafogo de Ribeirão de Preto no Campeonato Brasileiro. "O técnico era o Lori Sandri e tinha jogadores como o Maxwell, Joãozinho Paulista e o Celso Cajuru", comenta.
Ainda em 1983 foi contratado, também por empréstimo, pelo Coritiba. Ficou no Coxa Branca, jogando improvisado na quarta-zaga, até 1984. "Fui campeão paranaense em 1984. E só não continuei lá em 1985 (ano do título do Brasileirão) porque o São Paulo não aceitou um novo empréstimo", lamenta Elvio, que em 1985 retornou para a Internacional de Limeira.
Ficou na Inter até 1986, jogando inclusive no Paulistão daquele ano. "Deixei o clube durante o primeiro turno do estadual. O Gilberto Costa chegou e eu fui para o Uberaba. No final, a Internacional conquistou o título estadual", lembra.
Elvio também defendeu o Grêmio Sãocarlense, em 1988, a Platinense (PR), em 1989, o Londrina (PR), em 1989, o Operário de Ponta Grossa (PR), em 1990 e o Araçatuba (SP), onde encerrou a carreira em 1991. "Meu último técnico foi o saudoso Afrânio Riul. Estava com 35 anos e achei melhor pendurar as chuteiras", explica.
Elvio na seleção paulista
Ainda quando estava na Internacional de Limeira, em 1980, Elvio foi convocado para defender a seleção paulista. "O Carlos Alberto Silva era o técnico. Formei o meio de campo com o Sócrates e Pita em amistoso contra a União Soviética. A partida terminou empatada por 2 a 2. O Pita diz até hoje que o gol mais bonito de sua carreira aconteceu naquele jogo. O outro gol da seleção paulista foi marcado pelo Edmar, que estava começando a carreira. Ele entrou no lugar do Serginho Chulapa", lembra Elvio.
O Mestre
Elvio diz que aprendeu muito com vários treinadores, mas dois se destacaram: Sérgio Clérice e Telê Santana. "Eu não tive oportunidade de jogar quando Telê era técnico do São Paulo. Fiquei apenas três meses com ele. Mas foi uma honra. Ele merecia mesmo o apelido de Mestre", conta emocionado.
Jogos pelo São Paulo
Com a camisa Tricolor, conforme mostra o "Almanaque do São Paulo" de Alexandre da Costa, Elvio fez 40 partidas (12 vitórias, 15 empates e 13 derrotas) e marcou 13 gols.
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