Ótimo volante do Fluminense, campeão carioca em 1964, 1969, 1971 e 1973, e da Taça de Prata de 1970, pelo Fluminense, Denílson, o Denílson Custódio Machado, que também esteve na Seleção Brasileira na Copa de 1966 na Inglaterra, morreu na noite de 1º de outubro de 2024, aos 81 anos.
Carioca de Campos dos Goytacazes, hoje aposentado, Denilson nasceu em 28 de março de 1943, e residia no Rio de Janeiro.
O saudoso Nélson Rodrigues, ao lado de Jorge Cury e Waldir Amaral, apelidaram o ex-volante do Tricolor Carioca de "Rei Zulu".
Defendeu o Tricolor Carioca entre 1964 e 1973, após ter começado sua carreira pelo Madureira, onde jogou entre 1961 e 1963).
Depois do Flu atuou pelo Rio Negro de Manaus e Vitória-BA, seu último clube, onde jogou até 1975 e pelo qual foi trenador, entre 1976 e 1977.
Denílson foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.
Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 1966, na Inglaterra, foram: Fábio - São Paulo, Gylmar - Santos, Manga - Botafogo, Ubirajara Mota - Bangu e Valdir - Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres - Santos, Djalma Santos - Palmeiras, Fidélis - Bangu, Murilo - Flamengo, Édson Cegonha - Corinthians, Paulo Henrique - Flamengo e Rildo - Botafogo (laterais); Altair - Fluminense, Bellini - São Paulo, Brito - Vasco, Ditão - Flamengo, Djalma Dias - Palmeiras, Fontana - Vasco, Leônidas - América/RJ, Orlando Peçanha - Santos e Roberto Dias - São Paulo (zagueiros); Denílson - Fluminense, Dino Sani - Corinthians, Dudu - Palmeiras, Edu - Santos, Fefeu - São Paulo, Gérson - Botafogo, Lima - Santos, Oldair - Vasco e Zito - Santos (apoiadores); Alcindo - Grêmio, Amarildo - Milan, Célio - Vasco, Flávio - Corinthians, Garrincha - Corinthians, Ivair - Portuguesa de Desportos, Jair da Costa - Inter de Milão, Jairzinho - Botafogo, Nado - Náutico, Parada - Botafogo, Paraná - São Paulo, Paulo Borges - Bangu, Pelé - Santos, Servílio - Palmeiras, Rinaldo - Palmeiras, Silva - Flamengo e Tostão - Cruzeiro (atacantes).
Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gylmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes). Ainda sobre o jogador Denílson, o internauta Fernando Zappa enviou o seguinte e-mail: De: Fernando Zappa [mailto:maculeba@hotmail.com] Enviada em: sábado, 12 de julho de 2008 04:17 Assunto: miltonneves@terceirotempo.com.br Assunto: Arranca Denilson, o Rei Zulu, o Cacique de Ramos! Milton, em seu irrepreensível acervo, no espaço Denilson (ex-Fluminense) fizestes uma referência muito interessante ao citar como era chamado o fantástico médio volante que no futebol de hoje estaria milionário como "Rei Zulu" e logo lembrei-me, que o negão por ser integrante de um bloco carnavalesco intitulado Cacique de Ramos, inspirou o saudoso narrador Waldir Amaral (tem peixe na rede!) que durante às transmissões além de Rei Zulu, também o chamasse de Cacique de Ramos, referindo o jogador a agremiação e foi o mesmo criativo Waldir, quem inseriu ao nome do atacante vascaino Roberto, o adendo "Dinamite" como é conhecido até hoje. Rei Zulu foi uma criação só do Nelson e não da dupla, mas coube ao saudoso Jorge Cury, a denominação de "Cobra Classe A" para o genial Dirceu Lopes e "Imperador" para Jairzinho; já a expressão "Furacão da Copa" é de autoria unicamente do Waldir. Milton, dei uma olhada na lista de convocados de 1966 e fiquei extasiado com tantas feras conjuntadas em um só grupo. O pior dos 47 relacionados na absurda lista seria titular hoje em qualquer time do mundo. Ali brincando, era possível formar três ou até quatro seleções e disputar o título com qualquer uma delas e mesmo assim perdemos a Copa... O curioso irmão, é que os mesmos jogadores, quatro anos depois formariam um time inesquecível e seriam campeões do Mundo. Coisas do sobrenatural de Almeida...
Atuou em 12 jogos, sendo dez vitórias e duas derrotas. Marcou três gols. Fonte: "Seleção Brasileira - 90 Anos -1914 - 2004", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.