Demétrio Coelho Filho, o Demétrio, nasceu no Rio de Janeiro em 28 de novembro de 1963. Começou a jogar no Campo Grande, clube da zona Oeste da cidade, aos 9 anos de idade. Com 15, já defendia o time profissional do campusca. O volante passou por diversas seleções de base do Brasil, e teve a glória de conquistar um título mundial de juniores com a camisa amarela. Defendeu também Botafogo-RJ, América-RJ, Operário-MS, Sobradinho, Cestal (Espanha), América de Rio Preto, Mogi Mirim, Botafogo (Ribeirão Preto), Santa Cruz e Noroeste de Bauru, onde parou em 1993 aos 30 anos. Casado e pai de dois filhos, é proprietário, junto com o pai, de uma empresa de reciclagem no Rio de Janeiro.
Nos finais de semana, ainda bate a sua bola no time de veteranos do Botafogo carioca. "Jogador não pode viver de ilusão. Ainda bem que mudei de ramo na hora certa. Sou muito feliz com o que faço e fico triste quando vejo antigos companheiros esquecidos".
Demétrio faz uma pausa para falar do passado. Recorda o ano de 1983, em que despontou para a mídia na seleção brasileira de juniores, que conquistou dois títulos importantes: o sul-americano da Bolívia, em que foi titular, e o Mundial do México, em que amargou a reserva de Dunga logo após a estréia. Não guarda mágoa de nada, muito menos de alguém. Mas faz uma consideração ao ser questionado por que não explodiu como tantos outros que estavam naquele time, como o próprio Dunga, o meia Geovani, e os atacantes Mauricinho e Bebeto.
"Ao contrário de gente que tinha empresário forte, quem cuidava da minha carreira e da renovação dos contratos era o meu pai. Talvez por isso, mesmo jogando bem, permaneci no Botafogo por muito tempo, embora tenha sido emprestado algumas vezes pelo clube. Não foram raras as vezes em que vi jogadores ligados a empresários fortes chegando e, mesmo sem tanta capacidade, entrando no time imediatamante".
A vida de Demétrio mudou quando se transferiu para o Cestal, de Bilbao, time espanhol que defendeu por duas temporadas. "Alcancei a estabilidade financeira que buscava". A retornar ao Brasil, seguiu com a bola em clubes médios e pequenos até parar definitivamente. "Cansei daquele mesmisse de assinar contratos curtos, com seis meses de duração no máximo. Como já tinha um certo suporte, resolvi investir na fábrica do meu pai e seguir outro rumo".
Mesmo assim, no fundo do baú ainda é possível encontrar casos que só o futebol é capaz de proporcionar. Um deles aconteceu após a vitória brasileira por 1 a 0 sobre a Argentina, na decisão do Mundial de Juniores de 83. "Quando chegamos ao hotel após a partida, estávamos tão felizes que não medimos alguns de nossos atos. Da janela do quarto, eu e o Geovani começamos a atirar várias peças do uniforme da seleção, agasalhos, camisas e shorts. O povo, na calçada, delirava. No entanto, de repente o Geovani se lembrou que dentro de uma das calças lançadas para baixo estava guardado um cordão de ouro. Mas aí, já era tarde".
Por Marcelo Rozenberg
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