O técnico de futebol considerado o guru de Luiz Felipe Scolari (foi seu treinador no Caxias), morreu em 21 de agosto de 2002, aos 82 anos. Ele estava internado no Hospital da Ulbra de Tramandaí, no litoral norte gaúcho, e sofreu uma parada cardíaca. Ele convivia há anos com problemas crônicos no coração.
Carlos Benevenuto Froner nasceu em São Borja-RS, em 19 de novembro de 1919 e tinha o apelido de "Capitão", por ter feito carreira militar.
Ainda sobre Carlos Froner, o internauta Carlos Lÿff nos enviou o seguinte e-mail no dia 28 de setembro de 2005:
"Essa emblemática figura do nosso futebol se projetou como técnico no Aimoré dos anos 50. Seus melhores momentos, porém, aconteceram no Grêmio do decênio seguinte. No histórico hepta gaúcho (1962/68), ele foi um dos três únicos treinadores que participaram daquele feito (os outros, Aparício Viana e Silva - ex-árbitro - e Sérgio Moacir Torres Nunes).
Teve uma passagem meteórica pelo Internacional em 1962, ficando cerca de um mês no comando colorado.
Nos anos 70, retornou duas vezes ao Olímpico (1970 e 1973), mas sem o êxito das vezes anteriores, pois era novamente colorada a hegemonia local.
Em 1975, montou aquele grande time do Santa Cruz que chegou às semi-finais do Nacional. Quando isto aconteceu, ele já estava no Flamengo, pois havia mudado de clube em meio à competição. Ironicamente, acabaria eliminado pelo próprio Santa Cruz.
Permaneceu na Gávea até meados de 1976, ao ser substituído por outro Capitão do Exército, Cláudio Coutinho. Aqui, permito-me uma retificação: constava no "Que Fim Levou?? que Carlos Froner foi o primeiro treinador a colocar Zico como titular. Na realidade, o ex-meia-atacante fora lançado em 1971 e já estava no time principal desde 1973, dois anos antes da chegada de Froner. O fato marcante desse ciclo rubro-negro foi ter passado Júnior da lateral-direita para a esquerda, onde o jogador acabou se consagrando.
Em 1978, o Froner viveu mais um grande momento. Comandou o Caxias no Nacional e no Gauchão daquele ano e não perdeu um único jogo no Centenário, além da boa participação nos dois certames. O outro clube caxiense, o Juventude, ele também treinou, mas sem muito brilho.
Retornou para o Rio de Janeiro em 1979, quando foi treinar o Vasco. Ficou pouco tempo e saiu naquele mesmo ano, quando ainda teve passagens vitoriosas pelo futebol baiano. Lá, além de conquistas estaduais, atingiu no Bahia uma invencibilidade de mais de 60 jogos (1982). Para muitos, é a maior do futebol brasileiro.
Em 1984, realizou seu último trabalho no Grêmio. Chegou às semifinais do Nacional e foi vice da Libertadores (contra o Independiente) .No Estadual, não foi bem. Após o Gre-Nal do primeiro turno (Inter 2 x 0, Olímpico) deixou o clube.
Trabalhou também no futebol de Santa Catarina, onde conseguiu títulos com o Chapecoense e o Joinville. Em meio a todas essa etapas da sua carreira, retornou diversas vezes ao seu querido Aimoré.
Carlos Benevenutto Froner nasceu em 1919. Há uma incerteza quanto ao local de nascimento: para uns foi São Leopoldo; para outros, em São Borja. Este me parece o mais provável.
Em uma próxima incursão, vou falar-te sobre grandes futebolistas que se projetaram nessa histórica cidade da nossa fronteira com a Argentina. Entre outros, Cassiá, o argentino Villalba e os irmãos Ivo e Olinto Diogo (aquele goleiro que atuou no Corinthians dos anos 60).
Até breve
Carlos Lÿff
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