Cabeção

Ex-goleiro do Corinthians e Portuguesa
Cabeção, o Luiz Morais, célebre goleiro do Corinthians e Portuguesa, morreu em 6 de janeiro de 2020, aos 89 anos. Ele residia em São Paulo, era casado e teve dois filhos.

Um deles foi assassinado na rua Santa Virgínia, no bairro do Tatuapé, em São Paulo, no ano de 1990. Essa é uma das maiores tristezas do ex-grande goleiro.
 
Travou renhidas "batalhas" com Gylmar, nos anos 50, pela camisa 1 do Timão.
Nascido no dia 23 de agosto de 1930, Cabeção jogou no Parque São Jorge de 1949 a 1966.

Começou no clube ainda como infantil, em 1938, e, ao longo da carreira saiu várias vezes, vendido ou por empréstimo, para a Portuguesa, o Bangu, e o Comercial de Ribeirão Preto. Mas sempre retornou ao Parque São Jorge.

Dizia-se que nos jogos noturnos Cabeção não apresentava a mesma eficiência dos diurnos. Mesmo assim, foi campeão paulista em 1951, como titular absoluto, e em 1954, atuando em alguns poucos jogos.

Na campanha do bicampeonato, em 1952, era banco de Gylmar (sua grande sombra dentro do Parque São Jorge) e não chegou a entrar em campo nenhuma vez.

Esteve na Copa do Mundo da Suiça, em 1954, como reserva de Castilho.
 
Antes de abandonar a carreira, em 1967, passou também pela Portuguesa Santista.

Carta de Cabeção

Abaixo, carta enviada por Cabeção ao apresentador Milton Neves.
"De início, quero agradecer pela lembrança do meu nome nos seus programas, o que me deixa muioto feliz. Feliz, porque com o passar dos anos os ex-atletas são esquecidos. Quero deixar claro que apesar do amigo insistir que eu tenha nascido em Muzambinho, o que muito me orgulharia, eu nasci no parque São Jorge. Estou tomando a liberdade de enviar-lhe algumas informações, para que seu site fique completo para a posteridade.
Como atleta, eu iniciei nas categorias de base do Sport Club Corinthians Paulista, tnedo sido campeão infantil, juniores (1947), bicampeão brasileiro juniores (1947 a 1948), campeão sul-americano juniores no Chile (1949). Como profissional, além das conquistas já citadas no site, eu fui campeão de aspirantes, campeão da Taça do Mundo - Venezuela (1953), campeão sul-americano pela seleção brasileira (1951, no Chile), campeão brasileiro de seleções, bicampeão do Rio-São Paulo pelo Corinthians (1953 a 1954) e campeão do Rio-São Paulo pela Portuguesa (1955). Atuei ainda como profissional no Juventus (1967 a 1968) e na Portuguesa Santista (1969).
Fui treinador das categorias de base do Sport Club Corinthians Paulista por 18 anos, sendo campeão Dente-de-Leite, Dentão e Juniores. Jogadores revealdos neste período. Goleiros: Rafael, Alexandre, Sollito, Sollitinho, Décio e Ronaldo. Zagueiros: Darcy, Zé Eduardo, Mauro e Marcelo e Wladimir. Meio-campistas: Eli, Vicente e Nobre. Atacantes: Pitta, Casagrande, Paulo Sérgio, Carlinhos, Genildo, Ataliba, Pitta e Amauri.
Fui treinador profissional ainda nos times do Osvaldo Cruz, Cruzeiro (Vale do Paraíba), Ponta Grossa (PR), Pinhalense, Matonense e Guaratinguetá. Dirigiu uma única vez o time principal do Timão. Foi em 8 de agosto de 1976 contra o São Paulo. Vencemos por 1 a 0, gol de Ivan. O time jogou com: Sérgio; Zé Maria, Darcy, Zé Eduardo e Wladimir; Ruço, Tião, e Adilson; Ivan, Genildo e Cláudio Marques.

Curiosidades

- Sou sócio desde 1942 do Sport Club Corinthians Paulista (número 2.051);
- Fui o primeiro goleiro que trocou a cor da camisa (preta por cinza);
- Primeiro goleiro no Brasil que introduziu luvas, em 1957 (Gylmar foi o primeiro a descartar joelheiras, em 1958);
Quero enviar um forte abraço ao Doutor Osmar de Oliveira, que iniciou a carreira na medicina esportiva quando eu treinava o Dente-de-Leite, em 1970.
Obs: com relação a altura dos goleiros, vou lembrar que eu, Aimoré, Jurandir, Barbosa, Castilho, Veludo, Gylmar e Valdir Joaquim de Moraes, todos com altura entre 1m75 e 1m80, todos com excelentes atuações, todos com passagem pela seleção brasileira e que não tinha treinadores de goleiros. O que acontece hoje é que os treinadores de goleiros são preparadores físicos, treinam muito, mas não sabem corrigir os erros. Despeço-me desejando-lhe sucesso, Luiz Moraes, o Cabeção, dia 1º de agosto de 2006."

ABAIXO, O VÍDEO, GRAVADO NO PARQUE SÃO JORGE NA DÉCADA DE 80. JCABEÇÃO APARECE NAS IMAGENS

 
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Atuou em 330 jogos, sofreu 419 gols e um gol contra. Cabeção era o goleiro da boa fornada de aspirantes que subiu ao time principal a partir de 1949, junto com Idário, Roberto e Luizinho.

Fonte: Almanaque do Timão, de Celso Unzelte

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