por Marcos Júnior Micheletti
Gaúcho do município de Osório, onde nasceu em 25 de agosto de 1954, João Carlos Grizza Beretta, sempre conhecido apenas como Beretta, mudou-se com apenas dois anos de idade com sua família para Gravataí, e atualmente trabalha como administrador no ramo imobiliário e integra o Rotary Club de Gravataí, cidade em que reside.
Pai de dois filhos (do seu primeiro casamento), Filipe Schmitz Beretta e Diego Schmitz Beretta, está casado com Selma Fraga, junto dos dois filhos dela, Thiago de Fraga Linck e Dhiego de Fraga Linck.
Lateral, tanto direito quanto esquerdo, excelente marcador, também zagueiro e volante, Beretta começou pelo Arco-Íris de Gravataí, equipe de futebol amador em meados dos anos 60, e depois pelo Vila Branca de Gravataí (também amador), este em 1969, onde permaneceu até 1972, para no ano seguinte ingressar nas categorias de base do Internacional. Seu primeiro treino pelo Inter foi no Estádio dos Eucaliptos, a primeira casa colorada, que ainda era utilizada pelo clube para seus jovens jogadores, enquanto os profissionais treinavam no Beira-Rio.
Em 1975, iniciou o curso de Administração na Faculdade São Judas Tadeu, em Porto Alegre, mas a rotina de treinos e principalmente as viagens impediram que ele concluísse o curso.
Profissionalizou-se pelo Inter em 1975, permanecendo no Colorado até o final de sua carreira, em 1984, caso raro no futebol, por ter defendido apenas um clube, defendendo as cores do Inter em 143 jogos.
Sempre pelo Internacional, Beretta conquistou diversos títulos entre os anos 70 e 80, o primeiro deles em 1974, ainda como juvenil a Taça São Paulo de Juniores.
Depois, profissional, foram sete títulos do Campeonato Gaúcho (1975, 1976, 1978, 1981, 1982, 1983 e 1984) e esteve presente nas campanhas dos três títulos brasileiros, em 1975, 1976 e 1979.
Ainda foi supervisor do departamento amador do Inter após encerrar sua carreira nos gramados.
Mesmo mantendo boa forma física, o querido Beretta costuma praticar outros dois esportes que não o futebol: tênis e pádel.
GRANDE MOMENTO, PARANDO MARADONA
Beretta viveu um grande momento na disputa do Troféu Joan Gamper, em Barcelona, em 1982, quando da estreia de Diego Armando Maradona no clube catalão no remodelado Camp Nou, com mais de 100 mil espectadores.
Beretta foi incumbido pelo técnico Ernesto Guedes de marcar o argentino, que acabou anulado pelo gaúcho de Osório. Em uma das poucas bolas "limpas" que teve à disposição, Maradona acertou a trave do goleiro Benitez. O jogo terminou em 1 a 1 e o Inter venceu nos pênaltis (4 a 1), para depois enfrentar o Manchester City na final e vencer por 3 a 1, trazendo a taça para o Beira-Rio.
TREINADORES
Sobre os treinadores pelos quais foi orientado, Beretta lembra com carinho de todos os que fizeram parte de sua formação.
“O período em que entrei em campo defendendo a camisa do Internacional sempre foi motivo de grande orgulho e também de muita responsabilidade. Conheci muitas pessoas e fiz muitos amigos nessa caminhada: atletas, dirigentes, profissionais da comunicação e torcedores.” Ao fazer essa retrospectiva, Beretta lembra com grande estima dos treinadores que fizeram sua formação: Marco Eugênio, Rubens Minelli, Mário Juliato, Carlos Castilhos, Carlos Gaineti, Zé Duarte, Cláudio Duarte, Otacílio Gonçalves, Sérgio Moacir Torres, Ernesto Guedes, Dino Sani, Ênio Andrade, Daltro Meneses e Abílio Souza Reis", comenta Beretta.
Para mais detalhes da vida pessoal e profissional, acesse por aqui o Blog do Beretta, onde ele mesmo disponibiliza muitas informações sobre sua trajetória.
NO PLAYER ABAIXO, ENTREVISTA DE BERETTA A ERNANI CAMPELO NO "PROGRAMA DO INTER", DA RÁDIO COLORADA, EM JULHO DE 2020
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