Nascido no dia 22 de julho de 1960, o iatista Torben Schmidt Grael, mundialmente conhecido como Torben Grael, é o velejador com maior número de medalhas olímpicas no mundo e o maior esportista olímpico brasileiro de todos os tempos. O paulista, criado em Niterói, no Rio, conquistou cinco medalhas em olimpíadas, sendo duas de ouro, além de cinco títulos mundiais.
Descendente de dinamarqueses, Torben Grael foi levado para velejar a partir dos cinco anos de idade, pelo avô no barco Aileen, da extinta classe 6m, que foi o barco usado por três velejadores dinamarqueses, na conquista da prata nos Jogos Olímpicos de Verão de 1912, em Estocolmo.
Quando foi morar, ainda pequeno, em Niterói, Ele começou a velejar na baía da Guanabara com seu irmão, Lars Grael, também medalhista olímpico.
Logo cedo, demonstrou talento e vontade de seguir a saga da família materna, os Schmidt, oriundos da Dinamarca, cujo patriarca Preben foi um dos pioneiros da vela brasileira. Incentivado pelo pai, um militar do Exército, e principalmente pela mãe, Torben e seu irmão mais novo, Lars, seguiram os passos dos tios maternos Axel e Erik, primeiros grandes campeões de vela.
Em 1983, em dupla, conquistaram seu primeiro campeonato mundial, na classe Snipe, no Porto, em Portugal. Isso seria apenas o começo que o levou ao mais alto do desporto mundial.
Foram mais de 30 títulos brasileiros em diversas classes e tipos de barcos a vela: 6 títulos mundiais, 5 medalhas olímpicas, uma final de America?s Cup, a regata mais antiga e prestigiada da Vela mundial, e a consagradora vitória na regata de volta ao mundo em 2009.
Em outubro de 2007, Torben anunciou que não competiria nos jogos de Pequim, dedicando-se apenas à vela oceânica.
Grael é considerado o velejador mais completo de todo o globo, já que brilhou nos três principais tipos de competição de vela: a olímpica, a oceânica e em match race, uma competição entre apenas duas velas.
Sua filha, a também velejadora Martine Grael, nascida em 12 de fevereiro de 1991 conquistou duas medalhas de ouro pela classe 49er FX, nos Jogos Olímpicos de 2016 (no Rio de Janeiro) e de 2020 (realizado em 2021, em Tóquio).