Serginho Boneca

Ex-goleiro da Portuguesa
por Rogério Micheletti

Bom goleiro da Portuguesa nos anos 80, Serginho, o Sérgio Roberto da Silva, vive em São Paulo e trabalha como técnico de futebol.
 
Em fevereiro de 2015 Serginho assumiu o comando técnico da Portuguesa Santista-SP, time da segunda divisão do futebol paulista.

Casado com dona Vanda, pai de dois filhos (Serginho e Camila), o ex-goleiro mora no bairro de Vila Emir, perto de Santo Amaro, zona sul de São Paulo.

Depois de ter sido dono de fábrica de brinquedos Cortex, que tinha como forte a produção de bonecas, Serginho voltou ao futebol em 1997. "O Milton Neves sempre brincava comigo por causa da fábrica. Ele me chamava de Serginho Boneca", lembra o ex-goleiro. "Quando você trabalha com futebol é difícil ter tempo para outra atividade, por isso vendi a fábrica", emenda.

Após ser preparador de goleiros do time feminino da Portuguesa e das categorias de base da Lusa, , Serginho, que é paulistano e nasceu no dia 29 de junho de 1957, assumiu o comando técnico da equipe sub-15 do Pão de Açucar, no ano de 2006. "O Pão de Açucar vai ter futuramente um time profissional, mas por enquanto só tem equipes amadoras", fala.

Serginho defendeu várias equipes, mas foi na Portuguesa que teve maior destaque. Ele era o camisa 1 do time luso vice-campeão paulista de 1985. À época, a Portuguesa tinha como técnico Jair Picerni. Alguns dos companheiros do goleiro era Toninho (irmão de Sony Anderson), Edu Marangon, Luís Muller, Esquerdinha, Luís Pereira, Célio, entre outros.
 
"Eu tinha sido eleito o melhor goleiro do interior paulista, jogando pela Internacional de Limeira, por dois anos. Fui contratado pelo presidente Oswaldo Teixeira Duarte que também investiu em outros jogadores que tinham se destacado em equipes do interior, entre eles o Toninho e o Célio (XV de Jaú) e o ponta Esquerdinha (Santo André). Ao todo, 13 jogadores foram contratados pela Portuguesa", lembra o goleiro, que ficou no Canindé até 1989.

O início no São Paulo e outros times

Serginho começou a carreira nas categorias de base do São Paulo Futebol Clube em 1971. Nunca teve a oportunidade de defender o time profissional do Tricolor paulista. "Só fiquei duas vezes na reserva do Pascoalim, em 1975. Meu primeiro contrato foi feito com o Rio Verde (GO), em 1977", fala o ex-goleiro, que ficou com passe preso ao São Paulo até 1980.

Serginho, também por empréstimo, defendeu ainda o Botafogo da Paraíba (1977) e o Vila Nova (1978 a 1980). "Fiz parte da equipe do Vila Nova tetracampeão goiano", conta.
Em 1981, ele foi para a Internacional de Limeira, clube que adquiriu seu passe. Lá, Serginho atuou com Elói, Tato, Bolivar, Camargo (ex-Santos), Lela e Lê. Depois de boas temporadas pela Inter, Serginho foi para a Portuguesa em 1985.
Ganhou passe livre da Lusa em 1989 e foi para o Goiás. Depois jogou ainda pelo São Bento (1990), Araçatuba (1990), Portuguesa Santista (1991) e encerrou a carreira no São Caetano com o título da Segunda Divisão de 1991.

Ídolo e técnicos

Um dos goleiros que Serginho procurava se espelhar nos tempos de jogador era Sérgio Valentim, ex-São Paulo. "Era realmente fã do Sérgio, que treinava com a gente no São Paulo", revela.
 
Alguns treinadores também marcaram positivamente a carreira do goleiro. "Tenho boas lembranças principalmente do Geninho, do Jair Picerni e do Pepe", conta.
 
Provocação

Além de ter feito uma grande partida contra o Santos no empate por 0 a 0, no Pacaembu, em 1985, Serginho tem um motivo especial para considerar o clássico marcante na sua carreira. "Provoquei o Nunes (ex-centroavante do Flamengo) que estava no Santos durante a semana da partida. Eu disse que não conhecia nenhum Nunes. Fiquei repetindo isso. Quando nós entramos em campo, eu disse a ele que era uma brincadeira. Ele estava bravo. Fiz uma grande partida, fui eleito até o Goleiro do Fantástico naquele dia. E pedi desculpas ao Nunes no final. Era claro que conhecia o Nunes, né?", diz.
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