O britânico Ross Brawn é um dos homens mais respeitados no circo da Fórmula 1 desde que assumiu a direção técnica da extinta equipe Benetton, em 1996, passando depois por Ferrari, Brawn-GP (sua própria equipe) e Mercedes.
Após deixar a F1 em 2013, quando ocupava cargo de chefia na Mercedes, Ross Brawn passou três anos distante da categoria para voltar como diretor-geral e esportivo da F1, a convite do grupo Liberty Media, que tirou Bernie Ecclestone do poder. O anúncio oficial foi feito em 23 de janeiro de 2017.
Nascido em 23 de novembro de 1954 na cidade inglesa de Manchester, Brawn começou na Fórmula 1 como mecânico da equipe Williams em 1976, passando pela March no ano seguinte e retornando à Williams ainda como mecânico e depois passou a chefe de aerodinâmica, permanecendo na equipe até 1984, período em que a equipe conquistou dois títulos de pilotos (com Alan Jones em 1980 e Keke Rosberg em 1982).
Antes de chegar à Benetton, Brawn passou pelas equipes Beatrice, Arrows e TWR, mas com resultados limitados pela estrutura deficiente que encontrou. Na Benetton, chefiada por Flávio Briatore, assumiu a direção técnica da equipe entre 1991 e 1996, em uma parceria vitoriosa que contou com Michael Schumacher, vencedor dos títulos de 1994 e 1995.
Foi contratado pela Ferrari a partir de 1996, permanecendo em Maranello até 2006, período em que a equipe viveu um período extremamente fértil, arrebatando cinco títulos mundiais de pilotos (2000 a 2004 com Schumacher). Resolve deixar a categoria ao término de 2006 e fica fora da Fórmula 1 em 2007, retornando pela Honda na temporada de 2008, mas o carro teve um projeto mal formulado e seus pilotos (Jenson Button e Rubens Barrichello) amargaram péssimos resultados.
A Honda, então, no final de 2008, anunciou sua saída da categoria máxima do automobilismo, mas Ross Brawn já havia coordenado todos os trabalhos na construção do novo carro e fez uma proposta à montadora japonesa que aceitou sua oferta e negociou a parte de Fórmula 1. Com um carro muito bem construído, dotado de um sistema revolucionário dos extratores, Brawn conseguiu o fornecimento dos motores da Mercedes, e o sucesso foi imediato.
Brawn manteve a dupla da Honda (Button e Barrichello) e na pré-temporada os resultados foram espetaculares, com os pilotos liderando os testes. Assim que a temporada começou, ficou claro que a Brawn GP-Mercedes era a força principal na temporada de 2009, o que foi comprovado com seis viórias de Button e duas de Barrichello, que garantiram o título de pilotos a Button (Barrichello foi o terceiro colocado) e o título no Mundial de Construtores.
Animada com o desempenho da equipe, a Mercedes, que também fornecia motores para a McLaren e a Force India, adquiriu a Brawn-GP e voltou a formar uma equipe na Fórmula 1 para a temporada de 2010, mantendo Ross Brawn como chefe da equipe, mas a nova escuderia não manteve o domínio do ano anterior, com a dupla Nico Rosberg e Michael Schumacher, que voltou a pilotar após ter abandonado a F1 em 2006.
Em 2010 e 2011 a Mercedes terminou na quarta colocação e em 2012, ainda com Rosberg e Schumacher foi a quinta colocada entre os construtores.
Para a temporada de 2013, a equipe comandada por Ross Brawn trouxe Lewis Hamilton para o lugar de Michael Schumacher. A Mercedes, então, fechou o ano como vice-campeão de construtores, com três vitórias (duas de Rosberg e uma de Hamilton).
Ao término de 2013 anunciou sua saída da Mercedes. Seu nome, então, foi especulado para integrar pelo menos três equipes: Williams, McLaren e Ferrari, mas Ross Brawn anunciou sua aposentadoria da categoria em 1º de fevereiro de 2014, em entrevista ao jornal britânico "The Telegraph", durante um evento de pesca, em Aberdeenshire, na Escócia.
Brawn disse que dedicaria um ano para pescar e não tinha outros planos para o futuro próximo.
Em julho de 2019 guiou o piloto Jenson Button guiou o BGP 001, carro da Brawn-GP com o qual ele conquistou seu único título na Fórmula 1, em 2008. Ele deu algumas voltas no circuito de Silverstone, acompanhado de Ross Brawn, seu chefe de equipe em 2008 e proprietário do carro.
VEJA COMO FOI BUTTON A BORDO DA BRAWN-GP MERCEDES EM 2019, EM SILVERSTONE, ACOMPANHADO POR ROSS BRAWN