Rinaldo

Ex-lateral-esquerdo do Botafogo de Ribeirão Preto
Sobre, Rinaldo, ex-lateral do Pantera de Ribeirão Preto-SP, recebemos no dia 24 de maio de 2006, do internauta André Marcos Pacheco, de São Simão (SP), o seguinte e-mail:

"Professor da antiga "turma dos sem rumo", olha eu aqui de novo. Lembra-se do Rinaldo do Botafogo de Ribeirão, que era meia esquerda, mas era sacrificado como lateral esquerdo no Pantera" Pois é, ele também está aqui em São Simão.

Rinaldo Bertolezzi, o "Rinaldo", hoje vive em São Simão,  40 anos de idade (em 2006) é casado e pai de dois filhos, trabalha atualmente com "bicos", ora é vendedor geral, ora faz expedientes em presas, como entregador de água e gás, está pesando mais de 90 quilos e anda inchado de tanta cerveja que toma nos finais de semana por aqui.

Rinaldo foi levado por "olheiros" do Botafogo em 1980, quando já tinha 15 anos de idade. Era meia-esquerda de origem e jogava um baita futebol que lembrava o antigo Marco Aurélio da Ponte Preta. Tanto é, que muitos o chamavam de "O motorzinho", mesmo apelido do antigo craque da macaca campineira.

Mas, em Ribeirão, cismaram que ele poderia atuar de lateral esquerdo. Ele foi testado logo que chegou em alguns jogos em 81, 83, 83 e 84. Sempre na posição que odiava jogar. Só que tinha que engolir sapo porque se abrisse a boca o "Macalé", que foi treinador na ocasião e puxa saco dos cartolas, ameaçava queimá-lo. Com isso, Rinaldo foi levando o futebol em "Banho Maria", até conseguir ser emprestado para times de segunda divisão, na esperança de que dias melhores viessem.

Até que em 1987 resolveram repatriá-lo de volta à Santa Cruz, mas salário digno que era bom mesmo, nada. Sempre morando em alojamento debaixo das arquibancadas e não tendo dinheiro nem para pegar a "jardineira" ou o "bate-latas" da empresa "Rápido D"Oeste", para pelo menos ir ver a família em São Simão e àquelas alturas já engordando feito um doido, a grande promessa, acabou realmente ficando só na "promessa" mesmo.

E Rinaldo voltou para São Simão, arrumou uma namorada, se casou e hoje vive só de recordações. Para os simonenses, foi uma grande frustração, porque o cara jogava uma baita de uma bola. Judiação. É, meu amigo Milton Neves, o futebol também tem dessas ingratidões. Todos dizem por aqui até hoje, que o futebol foi "Padrasto" para ele. Um abraço e até breve".
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