Ex-goleiro do Atlético Paranaense (onde começou a carreira), São Paulo, Cruzeiro e Flamengo, Raul Guilherme Plassmann ficou conhecido também como comentarista esportivo quando trabalhava na TV Globo.
O curioso é que ele saiu do São Paulo, em 1965, como contra-peso da vinda de Fábio para o Tricolor. Foram apenas nove jogos na meta do time do Morumbi, obtendo cinco vitórias, um empate e três derrotas.
No Cruzeiro, Raul, usando as famosas camisas amarelas, brilhou e se transferiu para o Flamengo, onde conquistou vários títulos no começo dos anos 80. Pelo time da Gávea, Raul atuou em 228 jogos (131 vitórias, 58 empates, 39 derrotas).
Em 2003, ele foi convidado para ser auxiliar técnico de Marinho Peres no Juventude e após algumas rodadas tornou-se o treinador com a queda do próprio Marinho. Deixou o clube gaúcho em setembro do mesmo ano. Trabalhou em 2004 como dirigente do Londrina (SP), antes de voltar a ser comentarista esportivo.
Atualmente, ele mora novamente em Curitiba, onde trabalha como comentarista na afiliada da Rede Record de Televisão e como apresentador da Rádio CBN/Curitiba.
Em ouutro de 2014 concorreu ao cargo de deputado federal por Minas Gerais, mas como não atingiu o número necessário de votos, não foi eleito. Abaixo, além de mais informações do querido Raul, veja os gols do inesquecível jogo Cruzeiro 5 x 4 Internacional, pela Libertadores de 1976
Em 1º de janeiro de 2005, Raul Guilherme Plassmann assumiu o cargo de secretário municipal de esportes de Curitiba, convidado pelo prefeito eleito Beto Richa. Deixou a política no dia 8 de outubro de 2007. Em seu lugar, entrou Nevio Beraldin.
Mesmo tendo brilhado tanto tempo e vivido grandes experiências, Raul conta qual sua passagem mais inesquecível. "Foi no avião, quando fui à poltrona do Armando Marques, coincidentemente no mesmo vôo, e resolvi tirar com ele uma dúvida que me encasquetava há mais de 20 anos. Nós dois aposentados há anos. Quis saber do Armando por que ele não deu um pênalti escandaloso que cometi no César Maluco, num Palmeiras e Cruzeiro, com muita chuva, em São Paulo. Lembrei-lhe que agarrei a perna do César na pequena área, ele, Armando estava muito perto, viu tudo e nada marcou. César, então livre, ia fazer o gol após superar o Piazza. Então perguntei o por quê ! Aí, ele respondeu que eu era um tolinho e explicou que não marcou porque o César era muito feio, barbudo, chato, cabeludo, reclamão e eu, Raul, sob a chuva, de camisa amarela molhada, cabelos loiros e o corpo maravilhoso torneado com tecido a moldá-lo parecendo um Deus grego. Ouvi calado e pensativo, agradeci muito e voltei para minha poltrona. A aeromoça veio com o carrinho de bebidas e dispensei. Estava pensando no César", conta Raul.
COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA DE 1976: Cruzeiro 5 x 4 Internacional Data: 07/03/1976 Local: Mineirão Público: 65.463 pagantes Árbitro: Luís Pestarino (Argentina) INTERNACIONAL: Manga; Cláudio Duarte (Valdir), Figueroa, Hermínio e Vacaria; Caçapava e Falcão; Valdomiro, Flávio (Ramón), Escurinho e Lula Técnico: Rubens Minelli CRUZEIRO: Raul; Nelinho, Moraes, Darci Menezes e Vanderlei; Zé Carlos e Eduardo; Roberto Batata (Isidoro), Jairzinho, Palhinha e Joãozinho Técnico: Zezé Moreira
Veja abaixo os nove gols do maior jogo de futebol do qual o goleiro Raul participou.
ABAIXO, RAUL CONTRACENTA COM O PERSONAGEM COALHADA, DE CHICO ANYSIO, EM 1984
Raul teve rápida passagem pelo São Paulo Futebol Clube em 1965. Pelo Tricolor paulista foram apenas nove partidas (5 vitórias, um empate e três derrotas). Duas das derrotas foram em jogos pelo Torneio Rio-São Paulo e por goleadas por 5 a 0 (contra o Botafogo, no dia 15 de maio, e contra o Palmeiras, no dia 19 de maio). Números do "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa.
Pelo Flamengo:
Já pelo Flamengo, Raul teve uma longa trajetória. Foram 228 partidas (131 vitórias, 58 empates e 39 derrotas), segundo o "Almanaque do Flamengo", de Clóvis Martins e Roberto Assaf.
Pela Seleção Brasileira:
As boas exibições no Flamengo e também no Cruzeiro fizeram com que o goleiro tivesse algumas oportunidades de defender a seleção brasileira entre 1975 e 1980. Ao todo, foram 11 partidas pelo Brasil (nove vitórias e duas derrotas) e sete gols sofridos, como mostra o livro "Seleção Brasileira 90 anos", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.