Paulo Affonso Galati Murat

Advogado e ex-diretor administrativo do Santos

Texto:  Família Murat

Paulo Affonso Galati Murat, advogado, falecido no dia 24 de maio de 2011, era santista, nascido aos 08 de Outubro de 1933, filho mais novo de Carolina Galati Murat e Julio Cesar de Toledo Murat. Teve 6 irmãos.

Era casado com Daisy Freitas Murat, professora, seu grande amor, desde maio de 1955 (56 anos de uma feliz união), tendo 3 filhos: Sandra, fonoaudióloga, casada com Celso, economista; Paulo Filho, advogado e terapeuta ocupacional, casado com Désirée, professora, e Luís Fernando, supervisor de fiscalização do Banco Central, casado com Gisela, atriz. Teve também dois netos: Celso Paiva Jr.,jornalista esportivo e Israel, estudante de engenharia e nadador pela Unisanta e FC Porto (Portugal).

Quando jovem, estudou nos Colégios Santista e Canadá, e, já maduro, ingressou na Faculdade Católica de Direito, a famosa Casa Amarela, onde concluiu o curso em 1965, passando a exercer a profissão de Advogado, o que fez de maneira brilhante ao longo de toda a vida, tornando-se respeitado entre seus pares.

Durante o último ano do curso de Direito, em 1964, foi convidado para compor, como Chefe de Gabinete, a gestão da prefeitura municipal de Santos, em regime de intervenção à época. Na mesma gestão, acumulou por breve período o cargo de Secretário Municipal de Educação.  
 
Especializou-se no trato das lides relacionadas ao Direito Marítimo. Por essa paixão, ainda no tempo de faculdade, foi chamado a auxiliar seu então professor Dr. Aluysio Alvares Cruz, na cadeira de Direito Comercial, tendo ministrado várias aulas e recebido, por tal "atrevimento", uma menção de agradecimento da qual tinha muito orgulho.

Magnífico orador, possuía também, dentre suas várias qualidades, a incrível capacidade de produção de textos.

Apaixonado pelo Santos Futebol Clube, do qual era sócio desde 1965, tornou-se Conselheiro em 1986, sendo respeitado por seus companheiros de Conselho como um grande conciliador, e visto como uma figura muito emblemática. Quando se dirigia à tribuna, era muito respeitado e sempre muito ouvido. Ocupava atualmente o cargo de Diretor de Administração e Finanças do Clube, convidado que foi por seu grandes amigos Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro e Odílio Rodrigues Filho, respectivamente presidente e vice-presidente do clube. Durante o tempo em que exerceu o cargo, conquistou o respeito e a amizade de todos os que o cercavam.

Outra de suas grandes paixões era o Clube "Vasquinho", que frequentava semanalmente, reunindo-se com vários grandes amigos, praticamente desde sua fundação.

Foi também vice presidente do Clube Atlético Santista, durante a gestão do Presidente Gonçalo Peres Gil.

Era um homem de hábitos simples, pai extremado e companheiro, esposo apaixonado, carinhoso e dedicado, grande contador de "causos" e, principalmente, um excepcional cultivador de amigos. Talvez tenha sido este seu maior legado: uma legião infindável de amigos, pelos quais ia até as últimas consequências.

Adorava escutar e contar piadas. Gostava de casa cheia, mesa farta, boa comida, boa música. Gostava de dançar com sua amada esposa e arriscava exercitar seus dotes culinários nos almoços de domingo. Durante muito tempo, deliciava-se ao piano, que aprendeu a tocar somente "de ouvido". E como tocava...

De todos os papéis que desempenhou nessa passagem terrena, com certeza o que melhor lhe cabia era o de chefe da família, a quem todos recorriam nas aflições, de quem todos recebiam o conforto, e por quem todos se apaixonavam. A presença dele trasmitia enorme segurança.

Foi, sem a menor sombra de dúvidas, um cidadão raro, preocupado com as coisas da sua terra e um exemplo de homem de bem.

Em 25 de maio de 2011, pelas semifinais da Libertadores da América, o Santos Futebol Clube jogou contra o Cerro Porteño, equipe paraguaia, no estádio do Pacaembu, na cidade de São Paulo.

Neste confronto, em homenagem póstuma ao seu ex-diretor, todos os jogadores da equipe do litoral paulista jogaram com uma tarja preta em seus uniformes, além do tradicional - "Um minuto de silêncio".

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