Paulinho Carioca

Ex-ponta-esquerda do Fluminense
por Rogério Micheletti
 
Durante alguns anos da década de 80, uma das grandes dúvidas dos treinadores do Fluminense estava na hora de escalar o ponta-esquerda: Paulinho Carioca ou Tato? A partir de 2010, na Arábia Saudita, Paulinho começou a atuar como auxiliar-técnico de Ernesto Paulo, na seleção sub-20 da Arábia.
 
Ele encerrou a carreira em 99, foi dono do restaurante Zastrás (no Bairro da Tijuca), trabalhou como auxiliar técnico no Rio Branco (ES) e foi dono da escolinha de futebol "Futshow", que fica em Nova Iguaçu (RJ).
 
Também trabalhou por anos na prefeitura de Nilópolis com projetos sociais, treinando equipes de base e foi auxiliar técnico no Vila. Agora, Paulinho quer ser treinador, por isso já fez curso de treinador na Universidade Gama Filho.
 
Paulinho Carioca foi casado com Rita Lima e eles são os pais do Diego, que chegou a ser junior do Fluminense em Xerém-RJ, mas encerrou a carreira para ingressar no mundo da música.
 
Paulo Roberto Ferreira Primo, o Paulinho Carioca, começou a carreira nos juvenis do Fluminense no final dos anos 70, fez parte da seleção brasileira campeã mundial de juniores em 1983 (tinha como companheiros de ataque o ponta-direita Mauricinho e o centroavante Marinho Rã) e foi autor do gol do título carioca de 1985. O Flu bateu o Bangu, na final, por 2 a 1. Paulinho, em cobrança perfeita de falta, marcou o segundo gol tricolor.
 
Ele permaneceu no time das Laranjeiras até o começo de 1988, quando foi negociado com o Corinthians. Na época, o Fluminense recebeu os pontas Jorginho (também atuava na meia e foi ídolo no Palmeiras) e Cacau (ex-ponta-direita do Goiás) para liberá-lo.
 
Sob o comando de Jair Pereira no Timão, o habilidoso Paulinho Carioca, que sempre teve a fama de pé-quente, conquistou mais um título. Ele foi titular da equipe corintiana que ganhou o Paulistão de 1988. O time-base do Corinthians naquele estadual era: Ronaldo; Édson Boaro, Marcelo, Denílson e Dida; Márcio, Biro-Biro, Éverton e João Paulo; Viola e Paulinho Carioca. "Todos falavam que eu teria mais um concorrente na ponta-esquerda, o João Paulo. Mas ele foi colocado na meia. O João, além de ótimo jogador, foi um grande amigo que fiz no Corinthians", conta Paulinho Carioca.
 
No ano seguinte, ele foi defender o Palmeiras, trocado pelo ponta-esquerda Mauro. No time de Parque Antártica, Paulinho não conseguiu render o mesmo futebol que jogou no Corinthians e, principalmente, nas épocas gloriosas de Fluminense. Aliás, vale lembrar que no Tricolor das Laranjeiras Paulinho foi tricampeão carioca (83/84 e 85) e campeão brasileiro em 84.
 
Depois do Verdão, ele teve passagens rápidas pelo Flamengo, América do Rio, Volta Redonda, União da Ilha da Madeira (Portugal) e Rio Verde (GO). O ponta ainda guarda na memória com carinho o gol que fez na final do campeonato carioca de 1985. "Era muito jovem e ficou marcado, principalmente porque foi o gol que deu o título ao Fluminense", lembra o ponta. A vítima daquele jogo foi o goleiro do Bangu, Gilmar (ex-Palmeiras).
 
FICHA DO CRAQUE:
Nome completo: Paulo Roberto Ferreira Primo Apelido: Paulinho Carioca Data de nascimento: 24 de abril de 1964 Quando encerrou a carreira: 1995 Clubes em que jogou: Fluminense, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Puebla (México), América do Rio de Janeiro, União da Ilha da Mandeira (Portugal), Volta Redonda (RJ) e Rio Verde (GO). Filhos: Paulinho Carioca é pai de Monique, que em 2006 começou a cursar o 3º ano de Direito, e de Diego, que pretende seguir a carreira do pai. O filho do ponta-esquerda quer atuar no futebol paulista, mas o Fluminense ainda não liberou a sua documentação.
 
Bate-bola com ex-jogadores:
Paulinho Carioca defendeu o Fluminense ao lado de jogadores como Alexandre Torres, Marcelo Sander, Lira e Aílton no campeonato de Showbol. O Corinthians foi o campeão da primeira edição.

ver mais notícias

Pelo Corinthians:

Atuou em 48 jogos e marcou dois gols.
Fonte: Almanaque do Corinthians, de Celso Unzelte

Pelo Palmeiras:


Atuou em 52 jogos e marcou três gols.
Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

Selecione a letra para o filtro

ÚLTIMOS CRAQUES