Oswaldo de Oliveira

Técnico de futebol

por Marcelo Rozenberg

Carioca nascido no dia 5 de dezembro de 1950, contestado por muitos, admirado por outros, Oswaldo de Oliveira Filho, o treinador e preparador físico Oswaldo de Oliveira, é formado em Educação Física. No dia 20 de agosto de 2019, assumiu novamente o comando técnico do Fluminense, clube que tinha acabado de demitir Fernando Diniz. Foi demitido pouco mais de um mês depois, em 27 de setembro, após discutir com o meia Paulo Henrique Ganso durante o empate em 1 a 1 contra o Santos, pelo Brasileirão daquele ano. 

Começou a se destacar no futebol sob as asas de Vanderlei Luxemburgo, de quem foi auxiliar técnico no Santos e Corinthians. Em 1999, com o estilo sereno que marca a sua personalidade, assumiu o comando do Timão conquistando o Campeonato Paulista e o Brasileirão. No ano seguinte, levantou o polêmico Mundial da Fifa, no Rio.

Rompido com Luxa, trabalhou depois no Vasco (campeão da Copa João Havelange e da Copa Mercosul de 2000, embora tenha deixado o clube dias antes das duas decisões), Fluminense (2001/2002 e 2006), São Paulo (2002/2003), Flamengo (2004), Vitória (2004), Santos (2005), Al-Ahli (2005/2006) e Cruzeiro (2007), antes de chegar ao Kashima Antlers, do Japão.

Ele foi bicampeão da J-League em 2007/08.

Em dezembro de 2011, Oswaldo aceitou o convite do Botafogo para assumir o comando técnico do clube, encerrando assim sua marcante passagem de cinco anos pelo futebol japonês.

Conquistou no Botafogo, a Taça Guanabara (primeiro turno do Carioca) em 10 de março de 2013 e a Taça Rio (segundo turno do Carioca) em 5 de maio do mesmo ano, sagrando-se campeão carioca, ao eliminar a possibilidade de uma eventual final. No entanto, em 9 de dezembro, o clube entrou em consenso com Oswaldo e não renovou o seu contrato para 2014.

Mas o comandante não ficou desempregado por muito tempo. O Santos o anunciou como seu novo técnico no dia 12 de dezembro de 2013, no qual permaneceu no cargo até 2 de setembro de 2014, quando foi demitido após reunião do Comitê de Gestão do clube. O treinador foi comunicado da dispensa pelo presidente alvinegro, Odílio Rodrigues.

Em 2014, pelo Santos, comandou a equipe por 44 jogos, com 25 vitórias, nove empates e dez derrotas, a última delas dois dias antes de seu desligamento do clube, para o Botafogo, por 1 a 0, no Maracanã.

No dia 13 de dezembro de 2014 Oswaldo firmou acordo com o Palmeiras. O técnico assumiu o Verdão com a missão de reformular o time, onde permaneceu até o dia 9 de junho de 2015, quando foi demitido pela diretoria. Pelo Alviverde foi vice-campeão paulista de 2015, ao perder o título para o Santos.

Em 20 de agosto de 2015 foi anunciado como novo técnico do Flamengo, em substituição a Cristóvão Borges, demitido após a derrota do rubro-negro na Copa do Brasil por 1 a 0 para o Vasco, no dia anterior. No dia 28 de novembro de 2015, Oswaldo foi demitido do cargo de treinador do Fla.

Acabou sendo anunciado como treinador do Sport Recife na noite de 26 de abril de 2016, para ocupar a vaga deixada por Falcão, demitido duas semanas antes. Mais tarde, em 14 de outubro, Oswaldo voltou ao Corinthians e não conseguiu repetir o sucesso das vezes que esteve no Timão e foi demitido no dia 15 de dezembro.

Foi então que surgiu uma proposta em 11 de janeiro de 2017, do Al-Arabi Sports Club, do Catar, o que levou Oswaldo a retornar ao país após 12 anos. Deixou o cargo após três meses e retornou ao Brasil.

No dia 26 de setembro de 2017, assumiu o comando do Atlético-MG, após a demissão de Rogério Micale, onde permaneceu até o dia 9 de fevereiro de 2018, dia em que foi demitido, dois dias depois de ter discutido com o repórter Léo Gomide (Rádio Inconfidência de Belo Horizonte), após em pate contra o Atlético do Acre por 1 a 1, jogo válido pela Copa do Brasil.

Em 19 de abril de 2018 anunciou que estava indo para o Japão treinar o Urawa Red Diamonds. Foi demitido pela equipe asiática em 28 de maio de 2019. 

Oswaldo quase assumiu a seleção

No começo de 2003, o São Paulo tinha um timaço, que contava com Kaká, Ricardinho, Reinaldo e Luís Fabiano, entre outros. O grande futebol apresentado pelo Tricolor, dirigido por Oswaldo, fez a CBF pensar no nome dele para assumir a seleção.

Na última hora, quando alguns jornais já bancavam a contratação do ex-auxiliar de Luxemburgo, foi anunciado o retorno de Carlos Alberto Parreira ao time nacional.

No Tricolor paulista, a saída foi conturbada

Em 2003, em meio às críticas públicas de integrantes da diretoria são-paulina, Oswaldonão aceitou a interferência do então presidente Marcelo Portugal Gouvêa.

Em um sábado, o cartolaordenou que o zagueiro Lugano, contratado sem a anuência do treinador, se concentrasse para enfrentar o Figueirense, no dia seguinte. Oswaldo não aceitou e "pediu o boné". Anos depois, o uruguaio se tornaria um dos maiores ídolos da história do clube.

Irmão

O irmão mais novo de Oswaldo, Waldemar Lemos, também é técnico de futebol e já dirigiu, entre outros clubes, Flamengo, Figueirense, Paulista e Náutico.

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Antes de se tornar treinador, Oswaldo de Oliveira fez carreira como preparador-físico. Foi o responsável pela preparação de equipes brasileiras e estrangeiras entre 1975 e 1996, quando passou a trabalhar como auxiliar-técnico na seleção da Jamaica e posteriormente ao lado de Luxemburgo no Santos e no Corinthians.

No papel de preparador-físico, ele trabalhou no Bonsucesso-RJ, América-RJ, Botafogo-RJ, seleção do Qatar, Sharjah, dos Emirádos Árabes Unidos, Al-Arabi, do Qatar e seleção brasileira de novos.

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