por Marcos Júnior Micheletti
Um dos maiores expoentes do jornalismo brasileiro, dono de um dos melhores textos da imprensa nacional, Nirlando Beirão morreu aos 71 anos em seu apartamento no bairro de Higienópolis, zona central da capital paulista, na tarde de 30 de abril de 2020, em decorrência de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa que afeta toda a musculatura, diagnosticada em 2016.
Editor-chefe da revista "Carta Capital", Beirão tinha uma filha (Julia) e era casado com a dramaturga Marta Góes. Ele tinha dois enteados, ambos jornalistas: Antônio Prata e Maria Prata.
Mineiro de Belo Horizonte, nascido em 26 de setembro de 1948, Nirlando Beirão começou no jornalismo pelo extinto jornal carioca "Última Hora", em 1967, e teve uma trajetória marcante ao lançar diversas revistas de alcance nacional, casos da Caras, IstoÉ, Senhor, Forbes Brasil e Wish Report. Também trabalhou em outras publicações, como "Veja" (foi editor de política) e Playboy.
Ainda foi colunista no jornal "O Estado de S.Paulo", comentarista do Jornal Record News, colunista da "Carta Capital" e assinou um blog no Portal R7 durante vários anos, deixando este em 2017.
Atleticano quando criança, sua paixão no futebol acabou migrando para o Parque São Jorge quando mudou-se para São Paulo, tornando-se um apaixonado torcedor do Corinthans, a ponto de escrever em parceria com o publicitário e grande amigo Washington Olivetto o livro "Corinthians, É Preto no Branco", lançado em 2012.
Foi autor de outros três livros, "Caminho das Borboletas", a partir de depoimentos de Adriane Galisteu (sobre o relacionamento desta com o piloto Ayrton Senna), "Original: a História de um Bar" (sobre a história deste bar paulistano e outras casas do gênero) e o último, "Meus Começos e Meu Fim", lançado em 2019, retratando sua trajetória de vida e a convivência com a doença que o vitimou.
A jornalista Angela Klinke, que trabalhou com Nirlando Beirão na "IstoÉ" e na equipe que fundou a "Caras", postou uma mensagem em sua homenagem no Facebook, no dia em que ele morreu, que segue abaixo, na íntegra:
"Nirlando Beirão se foi e a gente se sente tão pequenininho. Sinto muito pela família e pelo jornalismo que perde um profissional brilhante, generoso, que inspirou toda uma geração. Dói muito, ainda mais agora em que precisamos dos bons, dos dignos, dos críticos, dos inspirados e dos aguerridos. Boa viagem, Nirlando."
ABAIXO, MATÉRIA FEITA PELO JORNALISTA JULIANO DIP SOBRE NIRLANDO BEIRÃO, VEICULADA NO JORNAL DA BAND, EM MAIO DE 2019, OCASIÃO DO LANÇAMENTO DO ÚLTIMO LIVRO DE NIRLANDO, "MEUS COMEÇOS E MEU FIM".
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