O norte-irlandês Martin Donnelly, nascido em 26 de março de 1964, sobreviveu a um terrível acidente durante os treinos livres para o GP da Espanha de 1990, em Jerez de la Frontera, quando sua Lotus-Lamborghini bateu em um dos trechos mais rápidos do circuito andaluz, a cerca de 270 quilômetros por hora.
A imagem do acidente naquela sexta-feira, 28 de setembro de 1990, foi impressionante. O choque contra o guard-rail não foi mostrado, mas quando a câmera focaliza a cena, o piloto está no asfalto, preso ao banco, inconsciente e com as pernas retorcidas.
Ele teve traumatismo craniano e fraturas complexas nas pernas, mas conseguiu recuperar-se a ponto de voltar a testar um carro de Fórmula 1 em 1993, da equipe Jordan, a mesma pela qual havia competido em 1988 e 1989, pela Fórmula 3000. Porém, Donnelly, nascido Hugh Peter Martin Donnelly, não voltou a guiar monopostos após o treino com a Jordan-Hart em Silverstone.
Ainda assim, recuperado dos traumas físicos e psicológicos do seríssimo acidente, retomou sua carreira como piloto em carros de turismo, primeiro em 2004, com um Mazda RX-8 em Silverstone, terminando em 27º lugar.
Três anos depois teve uma bela participação em uma prova disputada com outros 35 carros no circuito inglês de Donington Park, vencendo pelo Troféu Elise a segunda corrida da rodada, com um Lotus Elise.
Após este período de tempo, Donnelly continuou-se a envolver na competição, primeiro construindo a sua equipa de competição, a MDR Racing, que começou na Formula Vauxhall, e depois na Formula 3 britânica no final da década de 90, tendo nas suas fileiras pilotos como Mario Haberfeld, Enrique Bernoldi e Jenson Button. Esta durou até ao final de 1998.
Abandonou definitivamente a carreira de piloto mas continuou ligado ao automobilismo. Primeiro com sua própria equipe na Fórmula Vauxhall, a MDR Racing, depois na Fórmula 3 Britânica, por onde competiram alguns pilotos conhecidos, como o campeão de F1 em 2009, Jenson Button, e os brasileiros Enrique Bernoldi e Mario Haberfeld.
Atualmente trabalha junto à equipe Comtec, que compete pela Wolrd Serries by Renalt e Fórmula Renault 2.0 e eventualmente trabalha na função de comissário da FIA em GPs de Fórmula 1, como foi no Canadá, em 2013.
Em 2011, a bordo de uma Lotus-Lamborghini, idêntica àquela em que se acidentou em 1991, participou de uma exibição no tradicional Festival de Goodwood, na Inglaterra.
Sua carreira na Fórmula 1 acabou, por conta do acidente, restringindo-se a 15 GPs (sendo 13 largadas, pois não se classificou em dois deles). Estreou pela Arrows-Ford em 1989, no GP da França, sua única prova naquela temporada, terminando em 12º lugar.
Pela Lotus-Lamborghini, em 1990, disputou outras 11 corridas, a melhor delas o GP da Hungria, em Hungaroring, ocasião em que terminou em sétimo lugar, após largar em 17º.
ABAIXO, IMAGENS DO ACIDENTE SOFRIDO POR MARTIN DONNELLY DURANTE TREINOS DO GP DA ESPANHA, EM 28 DE SETEMBRO DE 1990
ABAIXO, MARTIN DONNELLY DE VOLTA AO COCKPIT DA LOTUS-LAMBORGHINI, DURANTE EXIBIÇÃO NO FESTIVAL DE GOODWOOD, NA INGLATERRA, EM 2011
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Ele também atuou por Cruzeiro, Galo e Timão, entre outrosPela Fórmula 3000:
Disputou os campeonatos de 1988 e 1989, ambos pela equipe Jordan.
Em 1988 venceu dois GPs (Brands Hatch e Dijon Prenois), terminando o certame em terceiro lugar.
Em 1989 venceu uma corrida, novamente em Brands Hatch, e foi o oitavo colocado no campeonato.
Pela Fórmula 1:
Disputou uma prova em 1988, pela Arrows-Ford, o GP da França, terminando em 12º lugar.
Em 1989, pela Lotus-Lamborghini, participou de 14 finais de semana de GPs, mas não se classificou em dois deles: Brasil e Espanha, este aquele em que se acidentou.
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