por Marcos Júnior Micheletti
O inglês Justin Boyd Wilson, ou simplesmente Justin Wilson, ex-piloto da Fórmula 1 (categoria em que competiu em 2003 por Minardi e Jaguar), foi piloto da Fórmula Indy entre 2004 e 2015.
Ele morreu em 24 de agosto de 2015, aos 37 anos, após um grave acidente sofrido no dia anterior durante as 500 Milhas de Pocono, quando foi atingido na cabeça por um pedaço da asa do carro de Sage Karam, que havia batido à sua frente. Inconsciente, Wilson (piloto da equipe Andretti) bateu forte contra o muro e foi removido de helicóptero para o Hospital Valley Health Network Cedar Crest em Long Pond, na Pensilvânia.
Ele teve uma grave lesão na cabeça, e chegou ao hosptal em estado de coma, com um quadro crítico.
Natural da cidade inglesa de Sheffield, onde nasceu no dia 31 de julho de 1978, Justin começou a correr de kart aos nove anos de idade, em 1987.
Passou pela equipe de Paul Stewart na Fórmula Vauxhall para depois vencer o campeonato inaugural da Fórmula Palmer Audi, com nove vitórias.
Conquistou outro título importante, pela Fórmula 3000 Internacional em 2001.
Sua grande estatura (1,92 m) acabou sendo um entrave para desembarcar na Fórmula 1, mas sua boa capacidade técnica acabou por superar esta dificuldade, e em 2003 estreou como piloto da Minardi no GP da Austrália. Permaneceu na equipe italiana de Faenza até a 11ª etapa da temporada, quando transferiu-se para a Jaguar, na vaga do brasileiro Antonio Pizzonia, obtendo como melhor resultado o oitavo lugar no GP dos Estados Unidos, disputado no traçado misto de Indianápolis.
Estreou pela Champ Car (depois nomeada Indy) em 2004, pela equipe Conquest, A primeira vitória aconteceu na temporada seguinte, no GP de Toronto. Ainda venceu mais uma prova em 2005, no México, fechando a temporada em terceiro lugar.
Voltou a vencer outras cinco corridas: Edmonton (2006); Holanda (2007); Detroit (2008); Watkins Glen (2009) e Texas (2012).
Justin Wilson era casado com Julia desde 29 de dezembro de 2006. O casal teve duas filhas: Jane Louise Wilson e Jessica Lynne Wilson.
ABAIXO, O ACIDENTE EM QUE JUSTIN WILSON FOI ATINGIDO POR UMA PEÇA DO CARRO DE SAGE KARAM, DURANTE AS 500 MILHAS DE POCONO, DISPUTDA EM 23 DE AGOSTO DE 2015
ABAIXO, CRÔNICA ESCRITA PELO JORNALISTA FLAVIO GOMES, PUBLICADA EM SEU BLOG, EM 25 DE AGOSTO DE 2015, UM TEXTO QUE SE COADUNA PERFEITAMENTE A TODOS OS PILOTOS QUE MORRERAM EM DECORRÊNCIA DE ACIDENTES NAS PISTAS
CARTA À MORTE
Dona Morte,
Não te regozijes. No fundo, és uma incompetente, fracassada. Espreita-nos há mais de um século, vestindo este costume ridículo e carregando uma foice burlesca.
A cada volta, tens ganas de nos levar contigo e crês que lograrás sucesso. Esconde-te após as curvas, coloca-te diante de nós nas retas, não nos importamos; passamos por ti como se não existisses, rimos na tua cara, rimos da tua cara. O tempo todo.
Dona Morte, és uma figura parva, tola, quase nula, despida de mínima aptidão para nos tocar.
Às vezes consegues, admitimos. Mas conta: quantos somos? Quantos fomos? Milhares, dezenas de milhares, centenas de milhares, milhões, talvez.
E quantos de nós levaste graças à tua perfídia, à tua existência vulgar e desprezível? Poucos, Dona Morte. Pouquíssimos.
Por isso, não te regozijes por ter arrastado mais um de nós. Saberemos, como sempre fizemos, gargalhar de tua efígie chula na próxima curva, na próxima reta, mesmo sabendo que estarás por perto, e por ti passaremos velozes e indiferentes à tua ceifadeira inútil e picaresca. Desafiamos-te a todo instante, ignorando tua infeliz presença, ainda que penses que inspiras em nós algum temor.
Não nos inquietamos diante de tua inglória missão, antes desprezamo-la, e isso se nota quando, à tua expectativa, aceleramos mais e mais, de modo que, quando nos aproximamos de tua estampa lúgubre, tão rápido estamos que não tens a destreza necessária para interromper-nos, e ficas a brandir teu instrumento no vazio, como se fosses um fantoche apalermado, enquanto seguimos zombando de ti.
Para cada um de nós que, apesar de tua imperícia, carregas ao acaso, uma centena nascerá para troçar de tua inépcia.
Não temos medo de ti. E se morremos, é porque assim decidimos viver.
Subscrevemo-nos,
Todos os Pilotos de Todos os Tempos Passados e Futuros
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