Edson di Fonzo

Jornalista e chef de cozinha

Por Roberto Gozzi

Edson di Fonzo, famoso jornalista e chef de cozinha, morreu no dia 5 de outubro de 2015, aos 67 anos de idade, em decorrência de um infarto fulminante. O jornalista era casado com Vera di Fonzo e pai de Alexandre, Juliana e Maria Isabel.

O comunicador nasceu no dia 23 de maio de 1948, no bairro do Jabaquara, na Zona Sul da cidade de São Paulo. 

Jornalista profissional desde 1968, Edson iniciou suas atividades como tradutor de espanhol e inglês na agência de noticias The Associated Press, onde em 1969 passou a repórter.

Edson também foi repórter da Folha da Tarde,  Diário do Grande ABC, A Gazeta e Cidade de Santos e criou a revista Duas Rodas da qual foi editor-chefe e de onde saiu um ano depois para montar o “Moto Jornal”.

Em 1978, ingressou na Rádio Jovem Pan onde permaneceu até 1985 atuando nas áreas de economia e política. Nesse período também atuou em jornais como DCI, Jornal do Brasil e revistas Veja e Visão.

Edson também foi correspondente, em São Paulo, da Rádio Jornal do Brasil

No ano de 1985, o comunicador deixou a Jovem Pan transferindo-se para o Rio de Janeiro assumindo a Direção de Jornalismo da Rádio Jornal do Brasil, onde permaneceu dois anos.

Em 1986, Edson retornou para a Rádio Jovem Pan, na posição de repórter especial de economia. Ainda nesse mesmo ano começou a escrever para o Jornal da Tarde na editoria de Economia & Negócios.

No ano de 1989, o comunicador deixou a Jovem Pan para iniciar as atividades da Di Fonzo Comunicação, tendo como clientes: Grupo Carrefour, Citromatão, CTM Citrus, Shopping Butantã, Gradiente, Jaguar, Citroën, Grupo Ticket, Metagal, Amsterdam Sauer, Porto de Le Havre, Oxypar, ABIA, Hedging-Griffo entre outros.

Edson di Fonzo Chef de cozinha

Edson di Fonzo era amante da gastronomia. Em seu currículo soma cursos de culinária mediterrânea no Brasil e exterior. Inquieto, já estagiou em restaurantes de países do Mediterrâneo com chefs de grandes e pequenas cidades européias que abrigam renomadas casas.

Assimilou as técnicas regionais de pequenas cidades da França, Marrocos, Espanha e da Itália, reconhecidas pela qualidade de sua culinária.

Em 1995, resolveu dedicar-se à sua paixão e abriu o restaurante Querubim, em São Sebastião. 

Durante os últimos dez anos também esteve à frente dos Restaurantes La Marie, no bairro de Pinheiros (São Paulo) e Lua de Tomate, em São Sebastião.  Intitulava-se cozinheiro e não chef, pois acreditava que este nome só fazia bem ao ego.

Inaugurado em 2004, o La Marie foi o primeiro restaurante com gastronomia exclusivamente mediterrânea aberto em São Paulo.

À frente das cozinhas de suas casas, sempre buscou satisfazer o paladar dos clientes e não a si. Prova disto são as mudanças que fez em suas receitas de acordo com o que o comensal desejar.

O adeus a Edson Di Fonzo

Morreu em São Paulo no último dia 5/9, aos 67 anos, Edson Di Fonzo, que foi por muitos anos da Jovem Pan, mantinha uma agência de comunicação que levava seu nome e em paralelo atuava na área de gastronomia. Ele sofreu um infarto fulminante em casa e nem chegou a ser socorrido. Formado na consagrada escola francesa Le Cordon Bleu, teve diversos restaurantes, entre eles um em Pinheiros, Le Marie, e há cerca de um ano assumiu o Beer Bar, em Moema, a que agregou o título de Bistrô, destaque na Vejinha de 26 de agosto passado. Deixa a esposa, Vera, os filhos Alexandre, Juliana e Maria Isabel, além de netos. O corpo foi enterrado no Cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes.

Sobre ele, escreveu no facebook o amigo Eleno Mendonça:

“Há muito tempo eu não via o Edson Di Fonzo. Quando eu entrei no jornalismo, em 1982, totalmente foca, ele já era um jornalista experiente. Naquele tempo era dos poucos a usar terno e gravata, o que depois acabou sendo traje obrigatório da profissão. Ele estava sempre correndo, fazendo quatro ou cinco pautas para a rádio Jovem Pan e outras para o dia a dia e especiais para o Jornal da Tarde. Dupla jornada de trabalho, dois locais, uma maratona. Com seu jeitão italiano, falava alto e sempre passava muita segurança na forma de atuar na profissão. Era entre outros nomes, como Nilton Flora, Serginho Leopoldo Rodrigues, Marilu Cabañas, Pedro Luiz Ronco, as vozes do rádio. Durante anos convivemos na rua cobrindo greves, pacotes econômicos, manifestações, coletivas. Era um tempo muito profissional e havia uma amizade sincera entre a maioria dos repórteres. Por isso não era incomum uns ajudarem os outros, passar matéria, dar dicas, não deixar o colega na mão. Depois de muitos anos Di Fonzo deixou o dia a dia, abriu uma empresa de comunicação e seguiu na consultoria com muito sucesso. Lembro que seu primeiro cliente foi o Carrefour. Vejam que pegar um cliente desse porte logo de cara era para poucos. Nossos caminhos e de tantos outros companheiros se perderam com o tempo, como é comum na vida. Cada qual segue seu destino, eu sei, mas acho que nunca devemos pôr de lado nossas origens. Hoje soube que ele morreu. Fiquei triste. Lembrei daquele cara com voz forte, barba cerrada e que me chamava de garoto pela precocidade. Um repórter correndo feito louco para ganhar a vida. Quantas matérias não deve ter feito? Enfim, espero que a família encontre o conforto e que ele siga o destino com muita luz.”

Texto publicado em http://www.portaldosjornalistas.com.br 

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